MANOEL FILÓ
O Brasil é uma rima, essa particularidade estampada nas mais remotas manifestações e nos traços culturais de cada cidadão que, de uma forma ou de outra, se sintoniza apesar da diversidade da nação tupiniquim. Na literatura, na música, no cinema, na poesia. Então vejamos: na literatura, Graciliano Ramos, alagoano de Quebrangulo, portanto, nordestino, e reputado como o maior romancista modernista do país. Na musica, por questões obvias, Luiz Gonzaga dispensa comentário. Glauber Rocha, baiano de Vitória da Conquista, ganhou o mundo como cineasta e diretor de cinema, cujo filme – Deus e o Diabo na Terra do Sol, deu-lhe ampla notoriedade. Um filme que tem como mote a Literatura de Cordel ou folheto de feira, mais precisamente. Na poesia, João Cabral de Melo Neto, pernambucano do Recife, escreveu – Morte e Vida Severina, cujo texto todo rimado representava um auto de natal em sua origem, desenvolvido no bairro de Casa Amarela no século XIX.
Não precisaríamos de mais detalhes para nos certificarmos da presença vital do Nordeste no cenário artístico e literário brasileiro. O detalhe fica por conta de já falarmos metrificado, cantando, além de sermos dramáticos em nossa essência. Esses valores, juntos, formam um arcabouço rico, de fonte inspiradora e inesgotável.
É o caso de Manoel Filomeno de Menezes - Manoel Filó, um sertanejo do Pajeú pernambucano, Fazenda Tabuado, Afogados da Ingazeira. É muito difícil uma definição exata do que viria a ser Filó dentro dos padrões normais:
poeta, criador, pesquisador natural, in locum, filósofo, no dizer de Alcides, um padre italiano, conselheiro da família, reserva moral, boêmio?
Poeta seria a forma mais condensada e aproximada de chamá-lo, pelo seu poder de aglutinação. Justifica-se pelo fato de Manoel ser um patrimônio da cultura nordestina, legitimado pelo povo admirador do repente e do poder da palavra improvisada. Motista de primeira categoria, não só pela imagem, mas pelo poder de síntese:
-CHORA O CEDRO NA GRUTA DA FLORESTA
ESCUTANDO O MACHADO A TRABALHAR.
-UMA GOTA DE PRANTO MOLHA O RISO
QUANDO O PRESO RECEBE A LIBERDADE.
Estar com Filó, além de ser um aprendizado, um conforto, é não pressentir a fuga do tempo e nem a diferença de idade.
Um jovem de 18 anos, por exemplo, conversa com ele de 73, de igual para igual, indo e voltando. Filó não se faz de rogado caso seja convidado a participar de uma roda de jogadores de pião, com boi, fincão, mucica e deita.
Podemos afirmar com segurança que Manoel está dentro do contexto da história feita por personalidades que ofertaram suas vidas em prol da cultura popular nordestina.
O Brasil é uma rima, essa particularidade estampada nas mais remotas manifestações e nos traços culturais de cada cidadão que, de uma forma ou de outra, se sintoniza apesar da diversidade da nação tupiniquim. Na literatura, na música, no cinema, na poesia. Então vejamos: na literatura, Graciliano Ramos, alagoano de Quebrangulo, portanto, nordestino, e reputado como o maior romancista modernista do país. Na musica, por questões obvias, Luiz Gonzaga dispensa comentário. Glauber Rocha, baiano de Vitória da Conquista, ganhou o mundo como cineasta e diretor de cinema, cujo filme – Deus e o Diabo na Terra do Sol, deu-lhe ampla notoriedade. Um filme que tem como mote a Literatura de Cordel ou folheto de feira, mais precisamente. Na poesia, João Cabral de Melo Neto, pernambucano do Recife, escreveu – Morte e Vida Severina, cujo texto todo rimado representava um auto de natal em sua origem, desenvolvido no bairro de Casa Amarela no século XIX.
Não precisaríamos de mais detalhes para nos certificarmos da presença vital do Nordeste no cenário artístico e literário brasileiro. O detalhe fica por conta de já falarmos metrificado, cantando, além de sermos dramáticos em nossa essência. Esses valores, juntos, formam um arcabouço rico, de fonte inspiradora e inesgotável.
É o caso de Manoel Filomeno de Menezes - Manoel Filó, um sertanejo do Pajeú pernambucano, Fazenda Tabuado, Afogados da Ingazeira. É muito difícil uma definição exata do que viria a ser Filó dentro dos padrões normais:
poeta, criador, pesquisador natural, in locum, filósofo, no dizer de Alcides, um padre italiano, conselheiro da família, reserva moral, boêmio?
Poeta seria a forma mais condensada e aproximada de chamá-lo, pelo seu poder de aglutinação. Justifica-se pelo fato de Manoel ser um patrimônio da cultura nordestina, legitimado pelo povo admirador do repente e do poder da palavra improvisada. Motista de primeira categoria, não só pela imagem, mas pelo poder de síntese:
-CHORA O CEDRO NA GRUTA DA FLORESTA
ESCUTANDO O MACHADO A TRABALHAR.
-UMA GOTA DE PRANTO MOLHA O RISO
QUANDO O PRESO RECEBE A LIBERDADE.
Estar com Filó, além de ser um aprendizado, um conforto, é não pressentir a fuga do tempo e nem a diferença de idade.
Um jovem de 18 anos, por exemplo, conversa com ele de 73, de igual para igual, indo e voltando. Filó não se faz de rogado caso seja convidado a participar de uma roda de jogadores de pião, com boi, fincão, mucica e deita.
Podemos afirmar com segurança que Manoel está dentro do contexto da história feita por personalidades que ofertaram suas vidas em prol da cultura popular nordestina.
Ésio Rafael, Recife, 14/09/2003
2 comentários:
oi
fico sem jeito de falar
mas me entereço muito saber q seu sobre nome é igual ao da minha familia.
O meu é Laura Filó Carvalho erdei o nome Filó de minha mãe q erdou do pai dela e assim por diante.
Estou a procura da origem de minha familia q aqui onde eu moro é bem grande e bem antiga na cidade.
Qualquer informação seria de grande ajuda.
qualquer coisa envie para mim
lindinha_s2_lfc@hotmail.com
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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