Continuidade
Giuseppe Ghiaroni
Existe um cão que ladra quando eu passo,
como se visse um bêbado, um mendigo.
E, no entanto, esse cão foi meu amigo
como tantos amigos que ainda faço.
como se visse um bêbado, um mendigo.
E, no entanto, esse cão foi meu amigo
como tantos amigos que ainda faço.
À noite, com que alegre estardalhaço
vinha encontrar-me no portão antigo,
enquanto a dona vinha ter comigo
e, sorrindo, apoiava-se ao meu braço.
vinha encontrar-me no portão antigo,
enquanto a dona vinha ter comigo
e, sorrindo, apoiava-se ao meu braço.
Hoje ele faz a outro a mesma festa
e ela o mesmo carinho, tão honesta
como se nem notasse a transição.
e ela o mesmo carinho, tão honesta
como se nem notasse a transição.
Eu rio dessa triste brincadeira.
mas quando uma mulher é traiçoeira
não se pode confiar nem no seu cão!
mas quando uma mulher é traiçoeira
não se pode confiar nem no seu cão!
2 comentários:
Que bom ter encontrado Ghiaroni por aqui! Postei duas de suas poesias que acho lindas: Dia das Mães e Máquina de Escrever. E esta que você postou é linda.
Também estou lhe seguindo.
Um abraço
Tais Luso
Massa Tais!
Ghiarone é supra...
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