
Jorge Renato de Menezes, poeta conhecido artisticamente por Jorge Filó, nasceu em Recife em 1969. Viveu a infância entre as cidades de Recife, Tuparetama, São José do Egito e Arcoverde. Nesta última, viveu da adolescência à fase adulta, exercitando a produção cultural, quando se mudou para o Recife em 1998, onde reside até hoje.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Ói Chico ai de novo!

Na próxima quarta, dia 03 de outubro, o poeta vai estar na loja de Cds Passa Disco, o melhor lugar, em Recife, pra quem gosta de musica boa, lançando seu mais novo CD “Raízes do chão caboclo” com poemas inéditos. Chico, a bem pouco tempo, lançou sua antologia poética num livro chamado “Sertão caboclo”, editado pela Bagaço.
Com certeza este CD deve ser mais uma peça indispensável para quem gosta de poesia, essencialmente, pura e de rara beleza.
Serviço
O quê? Lançamento CD “Raízes do chão caboclo”
Chico Pedrosa
Onde? Passa Disco (Shopping Sitio da Trindade)
Quando? Quarta-feira, dia 03 de outubro
Que horas? A partir da 19h
Com certeza vai juntar um mói de gente boa!
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Sonetos de Daniel Fiuza
Daniel Fiúza Pequeno, ou simplesmente, poeta Daniel Fiúza, é natural de Caucáia-CE, e reside em São Paulo a mais de trinta anos. É poeta, cordelista e artista plástico, e autor dessas obras primas que aqui transcrevo. São cinco sonetos sem cada uma das vogais, soneto sem “A”, sem “E”, e assim por diante, e mais um soneto sem verbo. Verdadeiras obras primas da criatividade e da amplitude do fazer poético.
Eis os alvitres.
Soneto sem “A”
O grito mudo
Pensei como crédulo o oficio
Nesse firme propósito selei
Os meus tolos versos no comício
O retorno foi sonho que sonhei.
Vergonhoso gesto estrupício
No mister vivido que serei
Bebendo veneno é meu vicio
Mudez do destino sofrerei.
Num escuro tenebroso grito
Por onde o eco se perde inócuo
Ser um ser feliz sonoro imito.
Vendo velhos deuses que invoco
O meu próprio viver irrito
No dolo desespero que enfoco.
Soneto sem “E”
Sorumbático
Clamo por paz na vida ao divino
Por não mais suportar o ardor da dor
Afligindo o corpo só arruíno
Intranqüilo sigo parvo amador.
Faca afiada corta o sonho fino
No ridículo ato frio faz impor
Na vida atribuindo o próprio tino
Da rubra rosa tira toda à cor.
O ódio incrustado no vil motim
No ritual danoso ali sofria
Chorando sua dúvida via o fim.
Sorumbático, mais nada valia!
Nunca confiava no mundo assim
No infortúnio chora o dia-a-dia.
Soneto sem “I”
Emoção
Desejo o meu amor leal e seguro
Agregado nas lavas dum vulcão
Magno sabor lança o corpo puro
Transbordando de afagos e emoção.
Fartando toda a sede, eu aventuro!
Com rosas perfumando o coração
A sensação avança meu futuro
Para o prazer fazendo a sedução.
Somente vejo o pouco que espero
Raras vezes que o presente seduz
São perguntas, sensações que quero.
É tanto amor no espaço que reluz
Nessa verdade, arguto me esmero!
Arrebatado ao âmago me conduz.
Soneto sem “O”
Mulher amada e amante
Ter uma mulher para amar na vida
E padecer para tê-la amante
Sentir na pele à pétala querida
A sua pedra rara mais galante.
Prazeres de abelha em margarida
Néctar na minha língua arfante
Fêmea amada, paladar sentida!
Eterniza-se em mim tal diamante.
E se deuses querem ajudar
Esse casal feliz fecha algemas
Na sua sensualidade a desejar.
Lascívia peregrina seus temas
A linda fêmea ávida, quer seu par!
Para Brilhar em si aquelas Gemas.
Soneto sem “U”
Real valor
Ter real valor na efêmera vida
Diante das coisas passageiras
O pior da rosa fica escondida
Sangra nos espinhos das roseiras.
Nessa indiferença abre à ferida
Jorrando lágrimas carpideiras
Choro nessa perda indefinida,
Manchando falas derradeiras.
Ainda acredito na vida e no amor
E na dedicação entre as pessoas,
Mesmo sem paz e sentindo amargor.
Desesperançado das coisas boas
Afeiçoando-me com essa dor
Vivendo tristemente faço loas
Soneto sem verbo
Corpo de néon
Os néons, cores fosforescentes
Corpos lindos nas folhas de prata
Ouros pragmáticos aparentes
Futuro da vida, à verde mata.
Pesos apocalípticos conscientes
Cabeça inoxidável e grata
Nos grandes amores dissidentes
Na mulher à graça duma gata.
Tantas madrugadas famintas
Na cabeça lindos pensamentos
Olhos do homem, setas sucintas.
Em todas carências congênitas
Do amor, em simplórios sofrimentos!
Esperanças das fomes finitas.
Eis os alvitres.
Soneto sem “A”
O grito mudo
Pensei como crédulo o oficio
Nesse firme propósito selei
Os meus tolos versos no comício
O retorno foi sonho que sonhei.
Vergonhoso gesto estrupício
No mister vivido que serei
Bebendo veneno é meu vicio
Mudez do destino sofrerei.
Num escuro tenebroso grito
Por onde o eco se perde inócuo
Ser um ser feliz sonoro imito.
Vendo velhos deuses que invoco
O meu próprio viver irrito
No dolo desespero que enfoco.
Soneto sem “E”
Sorumbático
Clamo por paz na vida ao divino
Por não mais suportar o ardor da dor
Afligindo o corpo só arruíno
Intranqüilo sigo parvo amador.
Faca afiada corta o sonho fino
No ridículo ato frio faz impor
Na vida atribuindo o próprio tino
Da rubra rosa tira toda à cor.
O ódio incrustado no vil motim
No ritual danoso ali sofria
Chorando sua dúvida via o fim.
Sorumbático, mais nada valia!
Nunca confiava no mundo assim
No infortúnio chora o dia-a-dia.
Soneto sem “I”
Emoção
Desejo o meu amor leal e seguro
Agregado nas lavas dum vulcão
Magno sabor lança o corpo puro
Transbordando de afagos e emoção.
Fartando toda a sede, eu aventuro!
Com rosas perfumando o coração
A sensação avança meu futuro
Para o prazer fazendo a sedução.
Somente vejo o pouco que espero
Raras vezes que o presente seduz
São perguntas, sensações que quero.
É tanto amor no espaço que reluz
Nessa verdade, arguto me esmero!
Arrebatado ao âmago me conduz.
Soneto sem “O”
Mulher amada e amante
Ter uma mulher para amar na vida
E padecer para tê-la amante
Sentir na pele à pétala querida
A sua pedra rara mais galante.
Prazeres de abelha em margarida
Néctar na minha língua arfante
Fêmea amada, paladar sentida!
Eterniza-se em mim tal diamante.
E se deuses querem ajudar
Esse casal feliz fecha algemas
Na sua sensualidade a desejar.
Lascívia peregrina seus temas
A linda fêmea ávida, quer seu par!
Para Brilhar em si aquelas Gemas.
Soneto sem “U”
Real valor
Ter real valor na efêmera vida
Diante das coisas passageiras
O pior da rosa fica escondida
Sangra nos espinhos das roseiras.
Nessa indiferença abre à ferida
Jorrando lágrimas carpideiras
Choro nessa perda indefinida,
Manchando falas derradeiras.
Ainda acredito na vida e no amor
E na dedicação entre as pessoas,
Mesmo sem paz e sentindo amargor.
Desesperançado das coisas boas
Afeiçoando-me com essa dor
Vivendo tristemente faço loas
Soneto sem verbo
Corpo de néon
Os néons, cores fosforescentes
Corpos lindos nas folhas de prata
Ouros pragmáticos aparentes
Futuro da vida, à verde mata.
Pesos apocalípticos conscientes
Cabeça inoxidável e grata
Nos grandes amores dissidentes
Na mulher à graça duma gata.
Tantas madrugadas famintas
Na cabeça lindos pensamentos
Olhos do homem, setas sucintas.
Em todas carências congênitas
Do amor, em simplórios sofrimentos!
Esperanças das fomes finitas.
domingo, 23 de setembro de 2007
Do livro "As curvas do meu caminho"
Passando pela ponte Princesa Isabel em Recife, em um veículo, dirigido por Manoel, Jó Patriota avista uma bela jovem que por ali caminhava e disse:
Mulher do rosto comprido
Trajada em seda amarela
E Manoel deu esse desfecho:
Dá mais beleza ao vestido
Do que o vestido a ela.
Mulher do rosto comprido
Trajada em seda amarela
E Manoel deu esse desfecho:
Dá mais beleza ao vestido
Do que o vestido a ela.
Mais uma de Esio

O poeta Ésio Rafael, grande pesquisador da cultura do repente, publica no site Interpoética (você pode acessar o site na barra ao lado em Meus favoritos), dos amigos Cida e Sennor, uma belíssima matéria sobre o poeta do lirismo Jó Patriota. No caso de Jó, não trata-se apenas de pesquisa, e sim, de vivencia, Ésio e Jó, foram grandes amigos de rodas de glosa e farras homéricas, tanto em São Jose do Egito – terra de Jó – quanto em Recife, quando vinha, periodicamente, visitar os amigos. Não deixe de passar no Interpoética para deliciar-se com mais este belo texto do poeta Ésio Rafael.
A foto é de Assis Lima
Um poema exuberante
DRAMA DE ANGÉLICA
(Alvarenga, M. G. Barreto e Arlequim)
Ouvi meu cântico
Quase sem ritmo
Que a voz de um tísico
Magro esquelético.
Poesia épica,
Em forma esdrúxula
Feita sem métrica,
Com rima rápida.
Amei Angélica,
Mulher anêmica
De cores pálidas
E gestos tímidos
Era maligna
E tinha ímpetos
De fazer cócegas
No meu esôfago.
Em noite frígida,
Fomos ao Lírico
Ouvir o músico
Pianista célebre.
Soprava o zéfiro,
Ventinho úmido
Então Angélica
Ficou asmática.
Fomos ao médico
De muita clínica
Com muita prática
E preço módico
Depois do inquérito,
Descobre o clínico
O mal atávico,
Mal sifilítico.
Mandou-me célere,
Comprar noz vômica
E ácido cítrico
Para o seu fígado.
O farmacêutico ,
Mocinho estúpido,
Errou na fórmula,
Fez de propósito.
Não tendo escrúpulo,
Deu-me sem rótulo
Ácido fênico
E ácido prússico.
Corri mui lépido,
Mais de um quilômetro
Num bonde elétrico
De força múltipla.
O dia cálido
Deixou-me tépido.
Achei Angélica
Já toda trêmula
A terapêutica,
Dose alopática,
Lhe dei em xícara
De ferro ágata.
Tomou de um fôlego,
Triste e bucólica,
Esta estrambólica,
Droga fatídica.
Caiu no esôfago
Deixou-a lívida,
Dando-lhe cólica
E morte-trágica.
O pai de Angélica
Chefe do tráfego,
Homem carnívoro,
Ficou perplexo.
Por ser estrábico
Usava óculos:
Um vidro côncavo,
Outro convexo.
Morreu Angélica
De um modo lúgubre..
Moléstia crônica
Levou-a ao túmulo.
Foi feita a autópsia
Todos os médicos
Foram unânimes
No diagnóstico.
Fiz-lhe um sarcófago,
Assaz artístico
Toso de mármore,
Da cor do ébano.
E sobre o túmulo
Uma estatística,
Coisa metódica
Como Os Lusíadas.
E numa lápide,
Paralelepípedo,
Pus esse dístico
Terno e simbólico:
"Cá jas Angélica,
moça hiperbólica
beleza helênica,
morreu de cólica!"
(Alvarenga, M. G. Barreto e Arlequim)
Ouvi meu cântico
Quase sem ritmo
Que a voz de um tísico
Magro esquelético.
Poesia épica,
Em forma esdrúxula
Feita sem métrica,
Com rima rápida.
Amei Angélica,
Mulher anêmica
De cores pálidas
E gestos tímidos
Era maligna
E tinha ímpetos
De fazer cócegas
No meu esôfago.
Em noite frígida,
Fomos ao Lírico
Ouvir o músico
Pianista célebre.
Soprava o zéfiro,
Ventinho úmido
Então Angélica
Ficou asmática.
Fomos ao médico
De muita clínica
Com muita prática
E preço módico
Depois do inquérito,
Descobre o clínico
O mal atávico,
Mal sifilítico.
Mandou-me célere,
Comprar noz vômica
E ácido cítrico
Para o seu fígado.
O farmacêutico ,
Mocinho estúpido,
Errou na fórmula,
Fez de propósito.
Não tendo escrúpulo,
Deu-me sem rótulo
Ácido fênico
E ácido prússico.
Corri mui lépido,
Mais de um quilômetro
Num bonde elétrico
De força múltipla.
O dia cálido
Deixou-me tépido.
Achei Angélica
Já toda trêmula
A terapêutica,
Dose alopática,
Lhe dei em xícara
De ferro ágata.
Tomou de um fôlego,
Triste e bucólica,
Esta estrambólica,
Droga fatídica.
Caiu no esôfago
Deixou-a lívida,
Dando-lhe cólica
E morte-trágica.
O pai de Angélica
Chefe do tráfego,
Homem carnívoro,
Ficou perplexo.
Por ser estrábico
Usava óculos:
Um vidro côncavo,
Outro convexo.
Morreu Angélica
De um modo lúgubre..
Moléstia crônica
Levou-a ao túmulo.
Foi feita a autópsia
Todos os médicos
Foram unânimes
No diagnóstico.
Fiz-lhe um sarcófago,
Assaz artístico
Toso de mármore,
Da cor do ébano.
E sobre o túmulo
Uma estatística,
Coisa metódica
Como Os Lusíadas.
E numa lápide,
Paralelepípedo,
Pus esse dístico
Terno e simbólico:
"Cá jas Angélica,
moça hiperbólica
beleza helênica,
morreu de cólica!"
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Do livro "As curvas do meu caminho"
Cantando com Jó Patriota na cidade de Paulo Afonso no ano de 1977. Jó termina uma estrofe com a seguinte deixa:
Quem aceita humildade
No seu canto é mais feliz.
Manoel Filó:
Eu fui ao sul do país
Não tive acesso à fartura
Voltei como um sabiá
Que sua fome só cura
Achando um pé de pimenta
Que a safra esteja madura.
Quem aceita humildade
No seu canto é mais feliz.
Manoel Filó:
Eu fui ao sul do país
Não tive acesso à fartura
Voltei como um sabiá
Que sua fome só cura
Achando um pé de pimenta
Que a safra esteja madura.
Banda Vates e Violas

Já com seus dez anos de existência, seu três trabalhos gravados, o méis recente “Tudo qué bom, presta!”, aclamado pela critica, e uma historia musical e poética, de origem sertaneja e agora cosmopolita, a banda Vates e Violas prepara-se para seu quarto trabalho gravado, o CD “Quem não viaja, fica!”. Com lançamento previsto para breve!
A banda tem, basicamente, a mesma formação, oito músicos, de quando deu seus primeiros passos. A frente da banda estão os irmãos poetas e músicos, Miguel Marcondes e Luis Homero.
Filhos do Cariri paraibano, mas radicados no Recife, Miguel e Luis, são donos de uma poética toda própria, singular. Suas musicas passeiam por vários gêneros da nossa música. São xotes, regaes, baiões, baladas, melodias, assimetricamente aliadas, a uma poesia de encher os ouvidos dos mais exigentes ouvintes da boa musica.
A banda ao vivo é um show a parte. No palco temos; bateria, percussão, acordeom, baixo, zabumba de barro e violas dissonantes, temos ai, um caldo completo de encher olhos e ouvidos.
A Banda
Miguel Marcondes – Violas e voz
Luis Homero – Zabumba de barro e voz
Xexéu Passarim – Violão e vocais
Afonso Marques – Baixo e vocais
Nido – Acordeom
Cissi – Bateria
Tony Boy – Percussão
André Pernambuco – Percussão
Contatos
Jorge Filó 81 9975-2645 / 81 3338-3117
E-mail vateseviolas@bol.com.br
Site www.vateseviolas.com.br em breve
Box Sertanejo aos sabados

Por diferentes abrigos
Contrariado ando eu
Explorando meus amigos
Vendendo o que Deus me deu.
Como podem ver, tenho uma estreita ligação com o ambiente, uma convivência saudável e enriquecedora. O box Sertanejo, das irmãs Neurides e Nelcita Ferraz, é sem duvida, o mais aconchegante refugio dos cabôcos sertanejos que moram na capital. Um ambiente de festa e poesia, muita poesia. Lá, todos os sábados, a partir do meio-dia, acontece, já a um bom tempo, um despretensioso encontro de poetas, cantores, declamadores e admiradores da arte do verso.
Venha ser bem recebido
Sábados ao meio-dia
Num ambiente festivo
Banhado de alegria
Vá ao box Sertanejo
E sacie o seu desejo
De escutar poesia.
Todos os sábados sem falta.
Sejam todos bem vindos.
Vale dizer também, que o box Sertanejo fica aberto de terça a domingo, onde se vende desde livros, cordéis, Cds, até farinha de milho, doces, arroz da terra, rapadura, passando por cachaças, licores e vários produtos de bode.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Do livro "As curvas do meu caminho"
Mais uma deixa de Heleno Rafael
O sertanejo com fome
Fica sisudo e maluco.
Manoel Filó
A seca do Pernambuco
Entrou pelo Ceará
Tem gente se alimentando
Com a raiz do quipá
E o céu da boca entupido
Com massa de jatobá.
O sertanejo com fome
Fica sisudo e maluco.
Manoel Filó
A seca do Pernambuco
Entrou pelo Ceará
Tem gente se alimentando
Com a raiz do quipá
E o céu da boca entupido
Com massa de jatobá.
Jessier e Chico, Juntos!
Habemus Papinha [um enunciado de Berto 1º]
Caros e Caras:
João Berto nasceu hoje, dia 11 de setembro, mesmo dia do aniversário da mãe dele.
Nasceu de parto normal às 10 da manhã, saudável, brabo que só uma capota choca, minando alegria em cada poro e já ciente da pesada herança do papado da Igreja Sertaneja.´
É um belo garoto: puxou ao pai.
O cachimbo será servido oportunamente.
Abraços
Papa Berto I
######################
Como nunca existiu
Eu não sei o que dizer
Onde foi que já se viu
Filho de Papa nascer.
Parabéns Santidade!
João Berto nasceu hoje, dia 11 de setembro, mesmo dia do aniversário da mãe dele.
Nasceu de parto normal às 10 da manhã, saudável, brabo que só uma capota choca, minando alegria em cada poro e já ciente da pesada herança do papado da Igreja Sertaneja.´
É um belo garoto: puxou ao pai.
O cachimbo será servido oportunamente.
Abraços
Papa Berto I
######################
Como nunca existiu
Eu não sei o que dizer
Onde foi que já se viu
Filho de Papa nascer.
Parabéns Santidade!
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Do livro "As curvas do meu caminho"
Darei início, a partir de agora, a uma série de intervenções do livro do meu pai, Manoel Filó “As curvas do meu caminho”. Pra começar, alguns improvisos do mestre com os amigos e parceiros de cantoria.
Os textos serão copia fiel do livro!
Em viagens rotineiras com o companheiro Heleno Rafael sempre se travava duelos de improvisos. Quando em um dos vários Heleno termina dizendo:
A seca atinge o cerrado
Tostando a vegetação.
Manoel Filó
Nas terras do meu sertão
Quando seca a açudama
A traíra se acomoda
Três, quatro meses na lama
Vivendo à custa do limo
Que conserva na escama.
Os textos serão copia fiel do livro!
Em viagens rotineiras com o companheiro Heleno Rafael sempre se travava duelos de improvisos. Quando em um dos vários Heleno termina dizendo:
A seca atinge o cerrado
Tostando a vegetação.
Manoel Filó
Nas terras do meu sertão
Quando seca a açudama
A traíra se acomoda
Três, quatro meses na lama
Vivendo à custa do limo
Que conserva na escama.
Chico Pedrosa, merecidamente!!!

É nesta próxima quinta, dia 13 de Setembro, no Pátio de São Pedro, centro do Recife, a grande festa de lançamento do livro “Sertão caboclo - antologia poética”, editora Bagaço, do grande poeta Chico Pedrosa, uma unanimidade entre todos que cultivam o gosto pela poesia. O livro é uma reunião de vários trabalhos já publicados e a nova safra de poemas do mestre Chico, um gênio na contação de causos poéticos.
A festa terá início as 19h, e contará com um time de primeira alternado-se nas apresentações. Presenças confirmadas de; Jessier Quirino, Reinivaldo Pinheiro (o crente), Bia Marinho e filhos (Greg, Antônio e Miguel), Anchieta Dali, Ivan Ferraz, Xico Bizerra e mais uma tuia de gente boa. Num perca nem que dê a gota!!!
Serviço
O quê? Lançamento do livro “Sertão Caboclo”
Autor Chico Pedrosa
Onde? Pátio de São Pedro (centro do Recife)
Quando? Dia 13 de setembro
Que hora? A partir das 19h
ENTRADA DE GRATIS!!!
Como diria o Papa Berto "Um poema da bixiga lixa"
ZÉ MOURA
Diálogo em sonho, com minha irmã Lindalva
após a morte de minha mãe.
Lindalva, mãe acordou?
- Eu nem sei, nem fui olhar.
- Eu também não sei se vou!
Não gosto de incomodar
Que achas, devo acordá-la?
- É melhor ficar na sala
até ela se acordar.
- Será que vai demorar?
- Eu nem sei dizer José,
Sei que lhe servi café
As seis horas da manhã
Com aguardente alemã
Pra controlar a pressão
Pouca coisa ela comeu
Deitou-se e adormeceu
Não fui ao quarto mais não.
Talvez esteja acordada,
Vá lá, e dê uma olhada,
- É melhor mesmo, eu vou ver
Já está ficando tarde
Tenho tanto o que fazer!
Oi mãe, já se acordou?
Dormiu bem? O que sonhou?
- Oi meu filho, que prazer!
Já faz tempo que chegou?
- Mais ou menos uma hora
Não acordei a senhora
Que Lindalva não deixou.
Porque mãe não respondeu
O que eu lhe perguntei?
Será que se esqueceu?
- Não meu filho, estou lembrada
Perguntou se dormi bem
E também o que sonhei
Foi isto? Ou estou errada?
- Não! A senhora está certa
Foi isto que perguntei...
- Não meu filho, eu não sonhei
Não sonho nada porque
Não pertenço mais ao mundo
Estou num sono profundo
Quem está sonhando é você.
Diálogo em sonho, com minha irmã Lindalva
após a morte de minha mãe.
Lindalva, mãe acordou?
- Eu nem sei, nem fui olhar.
- Eu também não sei se vou!
Não gosto de incomodar
Que achas, devo acordá-la?
- É melhor ficar na sala
até ela se acordar.
- Será que vai demorar?
- Eu nem sei dizer José,
Sei que lhe servi café
As seis horas da manhã
Com aguardente alemã
Pra controlar a pressão
Pouca coisa ela comeu
Deitou-se e adormeceu
Não fui ao quarto mais não.
Talvez esteja acordada,
Vá lá, e dê uma olhada,
- É melhor mesmo, eu vou ver
Já está ficando tarde
Tenho tanto o que fazer!
Oi mãe, já se acordou?
Dormiu bem? O que sonhou?
- Oi meu filho, que prazer!
Já faz tempo que chegou?
- Mais ou menos uma hora
Não acordei a senhora
Que Lindalva não deixou.
Porque mãe não respondeu
O que eu lhe perguntei?
Será que se esqueceu?
- Não meu filho, estou lembrada
Perguntou se dormi bem
E também o que sonhei
Foi isto? Ou estou errada?
- Não! A senhora está certa
Foi isto que perguntei...
- Não meu filho, eu não sonhei
Não sonho nada porque
Não pertenço mais ao mundo
Estou num sono profundo
Quem está sonhando é você.
Assinar:
Postagens (Atom)