terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mestres da poesia

Lourival Batista Patriota, um gênio que se percebia logo de cara, e não falo apenas de sua verve poética, falo do gênio no seu dia-a-dia, no trato com as pessoas, a família, os amigos, os loucos, os humildes, as crianças. Um gênio anarquista, sem falso moralismo, sem preconceitos, dono de uma sensibilidade impar. Como poeta, bom, deixo que tirem suas próprias conclusões.


Baralho tem quatro ases
Quatro duques, quatro três
Quatro quatros, quatro cincos
Quatro oitos, quatro seis
Quatro noves, quatro setes
Quatro dez, quatro valetes
Quatro damas, quatro reis.

Este é, sem duvida, um dos maiores improvisos do mestre Louro do Pajeú, o Rei dos Trocadilhos. Colocar, dentro das mais rígidas regras da métrica, na velocidade do improviso, todas as cartas de um baralho, é algo inimaginável para simples mortais.

O “V” faz vitoriosos
Valores, vates e vultos
Versando versos ocultos
Nos vendavais valorosos
Entre a viola e o vate
Trava-se eterno combate
Que ficará nos arquivos
A terra o imortalizando
Vates, violas, voando
Velozes voltando vivos.

Esta estrofe foi improvisada sobre tema dos irmãos Miguel Marcondes e Luis Homero, da banda Vates e Violas. Em meio a efervescência de um festival de musica em São José do Egito, Louro, ao ouvir os Vates defendo sua musica, lhes presenteia com esta perola.

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Obs. Foto Paulo Carvalho
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