sexta-feira, 11 de setembro de 2009

No terreiro do São Francisco!

O poeta Dr. Ricardo Moura, o Mestre Zé de Cazuza [de chapéu], o poeta Greg Marinho e eu.


O cabra só sabe o quanto a metrópole é agressiva quando passa, pelo menos, um dia no sertão. Um dia que seja, debaixo de um umbuzeiro, rodeado de verde, pássaros, bodes, é um verdadeiro deleite para alma e para o corpo.

Estive no final de semana passado, dias 06 e 07 de setembro, na casa do Mestre das Artes da Paraíba, José Nunes Filho, nosso mestre Zé de Cazuza, ou como gosta de chamar Zélito, Zé de Piônia. Um gigante no trato da arte do improviso.

O mestre Zé esteve recentemente em reportagem na TV que tratava da memória e foi retratado como O homem gravador, por ser o principal recitador, ou como diz ele, um ressuscitador, de versos dos grandes mestres do repente, como Pinto de Monteiro, Antonio Marinho, Louro do Pajeú e tantos outros do século passado.

O Mestre Zé é capaz de passar horas e horas declamado poesias de grandes mestres do repente além de poetas dos mais variados seguimentos da poesia, e, é claro, seus próprios poemas. Uma característica peculiar do Mestre é declamar os versos improvisados por grandes cantadores na toada especifica de cada um deles, o que torna sua declamação uma viajem a parte.

No seu terreiro, domingo passado [dia 06], estive ao lado de outros grandes nomes da poesia como os poetas João Paraibano, Sebastião Dias, Enoque Ferreira, entre outros. Foi um dia de graça, de poesia e descanso da mente e do corpo. Voltei renovado, rejuvenescido e pronto para o enfrentamento diário com a cidade grande. Valeu demais a visita!

2 comentários:

Roberta disse...

Oi Jorge,

Pense num descanso arretado!!!Essa terra aí é encantada por natureza!!!Estive aí em 2007, viva Zé de Cazuza!!

Beth Brito disse...

A metrópole engana,
armadura de concreto,
carros de bacana...
mas nada se compara
ao verde discreto
da vida interiorana...

Roda de amigos
bom pra prosear,
O tempo passa ligeiro
Palavras voam no ar,
mas num instante se passa
E voltamos para casa,
Pra no concreto pisar!


beijos Jorge.
Beth Brito.