Felizardo Moura, Manoel Filó, Jader Tenório, Lirinha e Luis Homero.
São José do Egito, 19...
Como já é de costume, o site Interpoética, atualizado mensalmente, sempre trás um novo mote para ser glosado no link ‘Corda Virtual’ que pode, e deve, ser acessado e glosado, por todos que queiram participar.
O mote da vez foi extraído do livro “As curvas do meu caminho” de autoria do Mestre Manoel Filó, meu pai, a partir de uma estrofe do poeta Lirinha, em carta ao Mestre, do qual era amigo e admirador – o 3º CD, de sua extinta banda Cordel do Fogo Encantado, abre com um poema dele.
O poema de Lirinha, na íntegra, é este;
Toda minha visão é catingueira
Minha sede é de água de quartinha
Sou fantasma das casas de farinha
Sou pedaço de vida em fim de feira
Ave-bala que tem mira certeira
Um cordel de palavra incandescente
Sou a presa afiada da serpente
Que cochila nos pés do cangaceiro
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente.
A décima acima foi feita de forma livre, sem seguir um mote, mas sua terminação deu a deixa pra Corda Virtual e o mote ficou assim;
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente.
Vários poetas já participaram e continua a chegar décimas de poetas de todas as partes desse brasilzão poetizado. Quem quiser participar, obedecendo as regras da métrica e da rima, é claro, é só enviar sua contribuição para o e-mail do site Interpoética;
Eis a minha contribuição para esta nova Corda;
Quando o manto do luto cobre o dia
E a penumbra de sombra o céu invade
Se instala nos becos da cidade
Um torpor de escárnio e de orgia
O sarau faz vibrar a nostalgia
E o poeta, se arvora um eloqüente
Pra reinar, ganha o verso de presente
Onde o verbo põe fogo em seu braseiro
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente.
E a penumbra de sombra o céu invade
Se instala nos becos da cidade
Um torpor de escárnio e de orgia
O sarau faz vibrar a nostalgia
E o poeta, se arvora um eloqüente
Pra reinar, ganha o verso de presente
Onde o verbo põe fogo em seu braseiro
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente.
Madrugada me traz a inspiração
Decifrando em mim milhões de cismas
E me pego no mundo dos sofismas
Distinguindo a mentira da razão
Quando faço, por vez, a indagação
Do que em tudo concerne diferente
Tudo fica mais claro em minha frente
E o meu verso se torna mensageiro
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente.
Decifrando em mim milhões de cismas
E me pego no mundo dos sofismas
Distinguindo a mentira da razão
Quando faço, por vez, a indagação
Do que em tudo concerne diferente
Tudo fica mais claro em minha frente
E o meu verso se torna mensageiro
Essa noite eu retalho o mundo inteiro
Com a peixeira amolada do repente.
2 comentários:
Poeta esse mote é arretado demais e sua glosa mais ainda, parabéns!!!
Acompanho teu blog faz eh tempo. E também gosto muito das poesias do grande mestre Manoel Filó.
Poeta, quando tu tiver um tempinho passa lá no meu blog. Eu também rabisco a minha poesia com marcas sertanejas.
http://nacacimbadapoesia.blogspot.com/
abraço poeta
inté
Valeu Luciano.
Aproveite e envie sua glosa para o e-mail do site Interpoética.
Um abraço!
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