Jorge Renato de Menezes, poeta conhecido artisticamente por Jorge Filó, nasceu em Recife em 1969. Viveu a infância entre as cidades de Recife, Tuparetama, São José do Egito e Arcoverde. Nesta última, viveu da adolescência à fase adulta, exercitando a produção cultural, quando se mudou para o Recife em 1998, onde reside até hoje.
Coisas boas que eu acho, Não é fama nem dinheiro... É na sombra do oitizeiro Tomar banho no riacho; Tirar fruta boa no cacho Daquelas bem madurinha; Acordar de manhazinha Escutando a passarada; Abraçar a pessoa amada No aconchego da cozinha
Sentir cheiro de terra molhada, Escutar inverno na biqueira; O barulho da cachoeira Quando chove de madrugada No tempo de trovoada É festa pro sapo e jia Num coral de cantoria Não sei de onde vem tanto Mas é som pra todo canto Até amanhecer o dia
Quando chega a trovoada Meu Sertão tem alegria É tanta cantoria Que faz a passarada Como orquestra bem afinada Canta a Lambu e a Codorniz O Chofreu ou Concriz Galo de campina - Cabeça vermelha Garrinchas em cima da telha Numa algazarra muito feliz
Moro na capital Mas não esqueço do Sertão Deixei meu torrão Que na lembrança é imortal No agreste e litoral Sertanejo não me estranha Minha origem acompanha Aonde quer que eu vá Sinto orgulho ser de lá E uma saudade tamanha
Um comentário:
Isso é bonito Poeta!
Coisas boas que eu acho,
Não é fama nem dinheiro...
É na sombra do oitizeiro
Tomar banho no riacho;
Tirar fruta boa no cacho
Daquelas bem madurinha;
Acordar de manhazinha
Escutando a passarada;
Abraçar a pessoa amada
No aconchego da cozinha
Sentir cheiro de terra molhada,
Escutar inverno na biqueira;
O barulho da cachoeira
Quando chove de madrugada
No tempo de trovoada
É festa pro sapo e jia
Num coral de cantoria
Não sei de onde vem tanto
Mas é som pra todo canto
Até amanhecer o dia
Quando chega a trovoada
Meu Sertão tem alegria
É tanta cantoria
Que faz a passarada
Como orquestra bem afinada
Canta a Lambu e a Codorniz
O Chofreu ou Concriz
Galo de campina - Cabeça vermelha
Garrinchas em cima da telha
Numa algazarra muito feliz
Moro na capital
Mas não esqueço do Sertão
Deixei meu torrão
Que na lembrança é imortal
No agreste e litoral
Sertanejo não me estranha
Minha origem acompanha
Aonde quer que eu vá
Sinto orgulho ser de lá
E uma saudade tamanha
Domício Sá
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