João Batista
de Siqueira nasceu no dia 12 de maio de 1912, no sítio Queimadas,
município de São José do Egito/PE.Começou sua vida poética na cantoria de
viola, deixando essa prática na década de 1950, para se dedicar com afinco à
poesia escrita. É considerado pelos seus pares o maior poeta do vale do Pajeú.
Pesquisadores de sua obra veem o poeta como sendo uma versão popular dos poetas
românticos do século XIX, a exemplo de Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e
Castro Alves.
Apesar de não ter frequentado o ensino formal das escolas, usava um vasto
vocabulário, incomum para um poeta de sua formação. Há quem afirme que Cancão,
sentimental ao extremo, fazia versos até sonhando e comumente despertava, às
madrugadas, para transportar seus sonhos ao papel da sensibilidade.
O poeta deixou seus versos imortalizados nos livros: Musa Sertaneja(1967), Flores
do Pajeú (1969) e Meu Lugarejo. (1979). Escreveu também os folhetos
de cordel Fenômenos da noite, Mundo das trevas e Só Deus é que
tem poder, hoje, compilados no livro Palavras ao Plenilúnio, organizado
pelo poeta e pesquisador egipciense Lindoaldo Vieira Campos Júnior.
Cancão, o gênio que transcendeu os limites da poesia, a ponto de o
poeta Rogaciano Leite alegar-se incapaz de escrever sobre sua obra.
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