Nesta quinta, dia 05 de Abril, o União dos Cordelistas de Pernambuco (Unicordel-PE), presta uma justa, justíssima, homenagem ao grande mestre da poesia sertaneja Chico Pedrosa. O poeta Chico, que passou por uma cirurgia nesta segunda, dia 26 de março, deverá passar algum tempo fora de atividade, ou seja, declamando, fazendo seus recitais e vendendo seus CDs, de onde tira seu sustento. Na ocasião toda renda – couver, venda de cordéis e mais o material do próprio poeta, é claro – será revertida para o mestre. Na festança, além dos poetas da Unicordel-PE, estarão presentes vários outros artistas, possivelmente o próprio Chico Pedrosa, e o espaço estará aberto a quem quiser participar.
Venha simbora e traga seu povo!!!
Serviço
O quê – Quinta do Cordel (homenagem a Chico Pedrosa)
Onde – Bar Caboclo de Lança
Quando – Dia 05 de abril
Qui hora – a partir das 20h
Quanto – R$ 3,00 por cabeça
Pra quem não conhece Chico vai ai uma palhinha do poeta no Pátio de São Pedro, em Recife-PE, clique aqui. As imagens são do poeta Cícero.
Jorge Renato de Menezes, poeta conhecido artisticamente por Jorge Filó, nasceu em Recife em 1969. Viveu a infância entre as cidades de Recife, Tuparetama, São José do Egito e Arcoverde. Nesta última, viveu da adolescência à fase adulta, exercitando a produção cultural, quando se mudou para o Recife em 1998, onde reside até hoje.
segunda-feira, 26 de março de 2007
sábado, 24 de março de 2007
Um soneto malassonbrado
Ilusão do suicídio
Desta janela de meu quarto triste
Arrebatado de pavor e pena
Eu assisto a tristeza de uma cena
Que pouca gente noutro quarto assiste.
Neste cassino que defronte existe
Onde a flor da virtude se envenena
Uma pobre e cansada Madalena
Bebe nitrato e de viver desiste.
Vejo-lhe as mãos a comprimir-lhe os seios
Ouço gemidos lancinantes feios
Que a dor arranca do seu peito fundo.
Maldizendo o destino e a pouca sorte
Põe termo a vida para ver se a morte
É menos triste do que foi seu mundo.
Rogaciano Leite
Poeta da cidade de Itapetim, sertão do Pajeu, Pernambuco.
Desta janela de meu quarto triste
Arrebatado de pavor e pena
Eu assisto a tristeza de uma cena
Que pouca gente noutro quarto assiste.
Neste cassino que defronte existe
Onde a flor da virtude se envenena
Uma pobre e cansada Madalena
Bebe nitrato e de viver desiste.
Vejo-lhe as mãos a comprimir-lhe os seios
Ouço gemidos lancinantes feios
Que a dor arranca do seu peito fundo.
Maldizendo o destino e a pouca sorte
Põe termo a vida para ver se a morte
É menos triste do que foi seu mundo.
Rogaciano Leite
Poeta da cidade de Itapetim, sertão do Pajeu, Pernambuco.
quinta-feira, 8 de março de 2007
Ao poeta Chico
Intertexto para Espinhara.
Eu quero um Deus complacente
Alheio as imperfeições
Que não fuja as emoções
Que não seja indiferente.
Quero um Deus proeminente
Vibrante nas sensações
Que busque nos corações
Ser soberano e latente.
Que não haja com desprezo
Que não julgue o indefeso
Nem beba do seu suor.
Que não viva em seu ufano
Eu quero um Deus mais humano
Da-me Deus, um Deus melhor.
Jorge Filó
Recife, 08 de Março de 2007.
Homenagem às mulheres
Mulher, animal cruel
Que quando rir para gente
Fica mostrando somente
As presas da cascavel
Este animal infiel
Sorriu para mim um dia
Traiu minha simpatia
Com suas presas fatais
Mordeu e saiu atrás
Só pra ver onde eu caia.
Pinto do Monteiro
Não acredito em mulher
Não tem essa, nem aquela
Seja branca, seja preta
Nem no tempo de donzela
Que eu não creio em fechadura
Que toda chave da nela.
Zé Catota
A mulher por vaidade
Ou por ser a mais esperta
Depois de uma certa idade
Não diz a idade certa.
Anônimo
Que quando rir para gente
Fica mostrando somente
As presas da cascavel
Este animal infiel
Sorriu para mim um dia
Traiu minha simpatia
Com suas presas fatais
Mordeu e saiu atrás
Só pra ver onde eu caia.
Pinto do Monteiro
Não acredito em mulher
Não tem essa, nem aquela
Seja branca, seja preta
Nem no tempo de donzela
Que eu não creio em fechadura
Que toda chave da nela.
Zé Catota
A mulher por vaidade
Ou por ser a mais esperta
Depois de uma certa idade
Não diz a idade certa.
Anônimo
segunda-feira, 5 de março de 2007
Vates e Violas

Os Vates, já preparam o seu 2º CD, Quem não viaja, fica! É esperar pra ver!!!
Ouça a faixa Instante Feliz, clique aqui!
Contatos Vates e Violas
Fones: 3474-9552 / 9976-2645 (Jorge Filó) / 88265863 (Miguel)
Cordel
Comentário-cordel sobre o artigo do médico escritor Ronaldo Correia de Brito no Nº 42 da revista Continente Multicultural na coluna Entremez intitulado Reflexões sobre o nosso tempo 1 – A imagem.
A Medusa moderna
ou A besta fera da televisão
O fascínio da imagem
Permeia a humanidade
Desde os tempos mais remotos
Se sobrejulga verdade
E o duvidoso só crer
Naquilo que ele ver
Pra dar legitimidade.
Uma história antigamente
Fosse escrita ou narrada
Tinha a força da imagem
Sendo ela bem contada
Que quem escutava ou lia
Sua imagem construía
Na própria mente moldada.
Cada mente revelava
Um mundo bem diferente
Pois o abstrato é parte
Indissolúvel da mente
Pertence a cada sujeito
Sem ter forma nem conceito
Idênticos à toda gente.
Porém nada superava
Tão pouco reproduzia
Os deleites da visão
Pois tudo quanto se via
Na sua totalidade
Se creditava a verdade
Diluindo a fantasia.
Os poetas, os pintores
Artistas e criações
Que refaziam imagens
Nas suas divagações
Eram raros pensadores
Que atribuíam valores
A suas próprias visões.
Nos tempos da Grécia antiga
Deuses da mitologia
Habitavam céus e terras
Onde tudo interagia
Numa profusão de crenças
E de vibrações intensas
Pelo poder da magia.
Os grandes feitos dos deuses
E atributos divinais
Foram narrados e escritos
Em versões originais
Que ressaltavam as dores
Regadas pelos amores
Que tiveram com mortais.
Desta insólita união
Entre deuses e humanos
Gerava-se o nascimento
Dos heróis em seus ufanos
Eram os seres dotados
De poderes encantados
E indecifráveis arcanos.
Perseu foi um dos heróis
Que este universo habitou
Em suas longas jornadas
Muitas feras enfrentou
Mais sua maior vitória
Foi quando cheio de glória
A Medusa derrotou.
Górgona era a divindade
Que todos que lhe fitavam
Que em seus olhos olhassem
Em pedras se transformavam
Esta era a punição
E o destino da missão
Daqueles que lhe enfrentavam.
Sua imagem era um imã
Para o olhar atrevido
Mas o nosso herói Perseu
Por Zeus era protegido
Tinha um escudo encantado
Lhe deixando imunizado
Do que era refletido.
Todo poder da Medusa
Estava por fim desfeito
Refletida a sua imagem
Não tinha nenhum efeito
Foi ela então derrotada
Pela imagem refratada
Anulando o seu preceito.
Ver as coisas refletidas
Nos dá outras dimensões
Permitindo recriar
Com novas reflexões
Como na alegoria
Que figuras produzia
Num leque de conclusões.
Porém a humanidade
Durante o século passado
Passou a evoluir
Em ritmo acelerado
Tangida por fortes ventos
De controversos inventos
Com efeito ignorado.
Se inventa, se descobre
Se renova e se recria
Se instala a modernidade
Nova era principia
Nos trazendo antigas feras
Passadas em outras eras
Com nova filosofia.
As feras ressuscitadas
Na força da evolução
Renascem com seus poderes
Numa maior proporção
E o próprio homem que inventa
É também quem alimenta
Seu furor de maldição.
Ressurge então a Medusa
Na sua versão moderna
Como já dizia o sábio
Na passagem da caverna
Usando uma camuflagem
Ocultando a própria imagem
Numa imprecação eterna.
Sucumbindo a humanidade
Numa imensa corrosão
Mantendo fito os olhares
Petrificando a razão
Seu poder destruidor
Hoje é o gerador
Da BESTA televisão.
Poeta Jorge Filó
Recife, 16 de Junho de 2004.
A Medusa moderna
ou A besta fera da televisão
O fascínio da imagem
Permeia a humanidade
Desde os tempos mais remotos
Se sobrejulga verdade
E o duvidoso só crer
Naquilo que ele ver
Pra dar legitimidade.
Uma história antigamente
Fosse escrita ou narrada
Tinha a força da imagem
Sendo ela bem contada
Que quem escutava ou lia
Sua imagem construía
Na própria mente moldada.
Cada mente revelava
Um mundo bem diferente
Pois o abstrato é parte
Indissolúvel da mente
Pertence a cada sujeito
Sem ter forma nem conceito
Idênticos à toda gente.
Porém nada superava
Tão pouco reproduzia
Os deleites da visão
Pois tudo quanto se via
Na sua totalidade
Se creditava a verdade
Diluindo a fantasia.
Os poetas, os pintores
Artistas e criações
Que refaziam imagens
Nas suas divagações
Eram raros pensadores
Que atribuíam valores
A suas próprias visões.
Nos tempos da Grécia antiga
Deuses da mitologia
Habitavam céus e terras
Onde tudo interagia
Numa profusão de crenças
E de vibrações intensas
Pelo poder da magia.
Os grandes feitos dos deuses
E atributos divinais
Foram narrados e escritos
Em versões originais
Que ressaltavam as dores
Regadas pelos amores
Que tiveram com mortais.
Desta insólita união
Entre deuses e humanos
Gerava-se o nascimento
Dos heróis em seus ufanos
Eram os seres dotados
De poderes encantados
E indecifráveis arcanos.
Perseu foi um dos heróis
Que este universo habitou
Em suas longas jornadas
Muitas feras enfrentou
Mais sua maior vitória
Foi quando cheio de glória
A Medusa derrotou.
Górgona era a divindade
Que todos que lhe fitavam
Que em seus olhos olhassem
Em pedras se transformavam
Esta era a punição
E o destino da missão
Daqueles que lhe enfrentavam.
Sua imagem era um imã
Para o olhar atrevido
Mas o nosso herói Perseu
Por Zeus era protegido
Tinha um escudo encantado
Lhe deixando imunizado
Do que era refletido.
Todo poder da Medusa
Estava por fim desfeito
Refletida a sua imagem
Não tinha nenhum efeito
Foi ela então derrotada
Pela imagem refratada
Anulando o seu preceito.
Ver as coisas refletidas
Nos dá outras dimensões
Permitindo recriar
Com novas reflexões
Como na alegoria
Que figuras produzia
Num leque de conclusões.
Porém a humanidade
Durante o século passado
Passou a evoluir
Em ritmo acelerado
Tangida por fortes ventos
De controversos inventos
Com efeito ignorado.
Se inventa, se descobre
Se renova e se recria
Se instala a modernidade
Nova era principia
Nos trazendo antigas feras
Passadas em outras eras
Com nova filosofia.
As feras ressuscitadas
Na força da evolução
Renascem com seus poderes
Numa maior proporção
E o próprio homem que inventa
É também quem alimenta
Seu furor de maldição.
Ressurge então a Medusa
Na sua versão moderna
Como já dizia o sábio
Na passagem da caverna
Usando uma camuflagem
Ocultando a própria imagem
Numa imprecação eterna.
Sucumbindo a humanidade
Numa imensa corrosão
Mantendo fito os olhares
Petrificando a razão
Seu poder destruidor
Hoje é o gerador
Da BESTA televisão.
Poeta Jorge Filó
Recife, 16 de Junho de 2004.
Cantando proezas
Os Manoeis, Filó e Xudú, mostram nestes versos, a genialidade dos poetas do sertão. Num brinque com essas feras não!!!
Xudú
Cantador pra enfrentar Manoel Xudú
É preciso pular como uma bola
Ter a curva do arco da viola
Ter o doce do mel da uruçu
Ter o suco da polpa do caju
O azeite do sumo da castanha
O tecido da teia da aranha
A beleza da pena da arara
O tacape do índio ubirajara
E a destreza da fera da montanha.
Filó
Cantador pra enfrenta Manoel Filó
É preciso comer besouro assado
Dar pancadas com o gume do machado
Num angico que tem um sanharó
Se enrolar com uma cobra de cipó
Dá um chute num cão com hidrofobia
Mastigar na cabeça de uma jia
Se subir num coqueiro catolé
Se montar em Inácio Jacaré*
E viajar três semanas pra Bahia.
Inácio Jacaré era um cabra valente da gota que tinha na Prata, lá na região do Cariri paraibano.
Xudú
Cantador pra enfrentar Manoel Xudú
É preciso pular como uma bola
Ter a curva do arco da viola
Ter o doce do mel da uruçu
Ter o suco da polpa do caju
O azeite do sumo da castanha
O tecido da teia da aranha
A beleza da pena da arara
O tacape do índio ubirajara
E a destreza da fera da montanha.
Filó
Cantador pra enfrenta Manoel Filó
É preciso comer besouro assado
Dar pancadas com o gume do machado
Num angico que tem um sanharó
Se enrolar com uma cobra de cipó
Dá um chute num cão com hidrofobia
Mastigar na cabeça de uma jia
Se subir num coqueiro catolé
Se montar em Inácio Jacaré*
E viajar três semanas pra Bahia.
Inácio Jacaré era um cabra valente da gota que tinha na Prata, lá na região do Cariri paraibano.
Procedência

Este da foto ai, é meu pai, o poeta Manoel Filó. Fiz estes versos especialmente para o livro dele, As curvas do meu caminho, que alem de sua poesia traz um apanhado dos versos de amigos e familiares. Gosto muito deles. O livro foi lançado em 2003 e está a venda no Box Sertanejo.
Genealogia
O poeta já nasce destinado
Desde a hora de sua geração
Cada veia que sai do coração
É um verso a pulsar acelerado
Pela deusa da musa é coroado
Do castelo dos sonhos é o rei
Tudo quanto improvisa vira lei
Quando quer, tudo pode , tudo cria
Trago o gen imortal da poesia
Pela força do sangue que herdei.
Aprendi com meu grande professor
Que o xexéu o piston a tarde emuda
Que no mundo não há quem não se iluda
No caminho de pedras do amor
Aprendi os segredos que há na flor
E que tudo na vida quanto sei
Foi porque minha vida eu debrucei
Pra melhor entender FiloSOFIA
Trago o gen imortal da poesia
Pela força do sangue que herdei.
Genealogia
O poeta já nasce destinado
Desde a hora de sua geração
Cada veia que sai do coração
É um verso a pulsar acelerado
Pela deusa da musa é coroado
Do castelo dos sonhos é o rei
Tudo quanto improvisa vira lei
Quando quer, tudo pode , tudo cria
Trago o gen imortal da poesia
Pela força do sangue que herdei.
Aprendi com meu grande professor
Que o xexéu o piston a tarde emuda
Que no mundo não há quem não se iluda
No caminho de pedras do amor
Aprendi os segredos que há na flor
E que tudo na vida quanto sei
Foi porque minha vida eu debrucei
Pra melhor entender FiloSOFIA
Trago o gen imortal da poesia
Pela força do sangue que herdei.
Box Sertanejo
Neste sábado passado, dia 03 de Março, estive no Box Sertanejo, que fica lá no Mercado da Madalena, aqui em Recife. Na ocasião acontecia o lançamento do livro VersCidades do poeta Leonardo Leão. Pense numa festa boa. Irah Caldeira, Sevy Nascimento e mais uma penca de poetas, fizeram a festa ainda maior. O público lotou as imediações do Bar dos Cornos, de Fernando, e a frente do Box Sertanejo. No próximo sábado estaremos lá de novo, tanto eu quanto os poetas que sempre aportam por lá nos sábados. Quem quiser, é só aparecer e desfrutar de um ambiente especialíssimo e com gente de primeira qualidade, a começar pelas proprietárias do Box Sertanejo, Neurides e Nelcita, duas pajeuzeiras de Serra Talhada, que tratam a todos de forma impecável. Na foto, Bruno Lins, poeta véi da banda Fim de Feira, e eu, tomando uma no balcão.
Dois gênios

Vale dizer, que os versos, de ambos, foram decorados por Zé de Cazuza, conhecido também, como O gravador humano, por conta da facilidade que tem em arquivar no juízo aquilo que lhe desperta o interesse.
Zé de Cazuza
Nesta hora o peregrino
Muda a marcha do andar
Baixa um profundo pesar
Na alma do assassino
Na igreja um velho sino
Saúda a Virgem Maria
Uma mãe na moradia
Beija uma filha que preza
Num casebre um velho reza
Depois da morte do dia
Manoel Filó
Numa cerca de aveloz
Depois do sol amparado
O vaga-lume assustado
Fica testando os faróis
Os pescadores de anzóis
Embocam na água fria
Ficam naquela agonia
Se uma piaba belisca
Termina roubando a isca
Depois da morte do dia
domingo, 4 de março de 2007
Uma quadra de Chico
A saudade é a reserva
Dos sentimentos humanos
E é feliz quem conserva
Saudade através dos anos.
Chico Pedrosa
Poeta e declamador
Dos sentimentos humanos
E é feliz quem conserva
Saudade através dos anos.
Chico Pedrosa
Poeta e declamador
quinta-feira, 1 de março de 2007
Foto histórica

Um mote de Assisão
Quem nunca bebeu cachaça
Dessas de juntar menino
Acordou cagando fino
Encabulado e sem graça
Não sabe que a vida passa
Como passa um vendaval
Então pra que ser normal
Faça como o forrozeiro
NESSA VIDA DE VAQUEIRO
TODO MUNDO É CARNAVAL.
Assim nos disse Assisão
Um profeta sertanejo
Um filósofo andejo
Lá das bandas do sertão
Que em certa ocasião
De maneira natural
Falou para seu igual
Sou um inxu verdadeiro
NESSA VIDA DE VAQUEIRO
TODO MUNDO É CARNAVAL.
Negócio de cumê bosta
Só pra dizer que é maluco
Não é só em Pernambuco
Qui tem um povo que gosta
Eu faço aqui uma aposta
Pra saber o maioral
Se sertão ou capital
quem é que chega primeiro
NESSA VIDA DE VAQUEIRO
TODO MUNDO É CARNAVAL.
Mote do mestre forrozeiro e filósofo de Serra Talhada, Assisão.
Versos, Jorge Filó.
Dessas de juntar menino
Acordou cagando fino
Encabulado e sem graça
Não sabe que a vida passa
Como passa um vendaval
Então pra que ser normal
Faça como o forrozeiro
NESSA VIDA DE VAQUEIRO
TODO MUNDO É CARNAVAL.
Assim nos disse Assisão
Um profeta sertanejo
Um filósofo andejo
Lá das bandas do sertão
Que em certa ocasião
De maneira natural
Falou para seu igual
Sou um inxu verdadeiro
NESSA VIDA DE VAQUEIRO
TODO MUNDO É CARNAVAL.
Negócio de cumê bosta
Só pra dizer que é maluco
Não é só em Pernambuco
Qui tem um povo que gosta
Eu faço aqui uma aposta
Pra saber o maioral
Se sertão ou capital
quem é que chega primeiro
NESSA VIDA DE VAQUEIRO
TODO MUNDO É CARNAVAL.
Mote do mestre forrozeiro e filósofo de Serra Talhada, Assisão.
Versos, Jorge Filó.
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