Ilusão do suicídio
Desta janela de meu quarto triste
Arrebatado de pavor e pena
Eu assisto a tristeza de uma cena
Que pouca gente noutro quarto assiste.
Neste cassino que defronte existe
Onde a flor da virtude se envenena
Uma pobre e cansada Madalena
Bebe nitrato e de viver desiste.
Vejo-lhe as mãos a comprimir-lhe os seios
Ouço gemidos lancinantes feios
Que a dor arranca do seu peito fundo.
Maldizendo o destino e a pouca sorte
Põe termo a vida para ver se a morte
É menos triste do que foi seu mundo.
Rogaciano Leite
Poeta da cidade de Itapetim, sertão do Pajeu, Pernambuco.
Um comentário:
Parabéns Jorge pelo seu blog.Obrigado por lembrar do poeta de Itapetim Rogaciano Leite.
abraços
Saulo Passos
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