domingo, 28 de agosto de 2011

Mestres da poesia!

Tolos 
Anacreonte Sordano

Há quem pensa saber o que não sabe
E que vive a arrotar sabedoria
De bazofia em bazofia se enfia
Num universo que não lhe cabe.

O fanfarrão que nada conhece
Mas que alardeia tudo conhecer
De tão incauto mal vai perceber
Que nada sabe, mesmo que soubesse.

Mal sabe ele que o conhecimento
Dorme no leito da cognição
Onde o saber vem da convicção
E esta nasce do discernimento.

O eminente imbecil sofista
Mas, um neófito na pregação
Nada distingui da abstração
Só lobrigando o que está na vista.

Seria pois então o tolo algoz?
Ou um fantoche da sociedade?
Jamais serei o dono da verdade
Pois há um tolo em cada um de nós.

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