Jorge Renato de Menezes, poeta conhecido artisticamente por Jorge Filó, nasceu em Recife em 1969. Viveu a infância entre as cidades de Recife, Tuparetama, São José do Egito e Arcoverde. Nesta última, viveu da adolescência à fase adulta, exercitando a produção cultural, quando se mudou para o Recife em 1998, onde reside até hoje.
terça-feira, 3 de junho de 2008
Do livro "As curvas do meu caminho"
Em cantorias com o primo irmão Heleno Rafael, Heleno de Tia Mariquinha ou Caicai, como pai costumava chamar, sempre tiveram o tema das coisas do sertão como mote central de suas pelejas. Eis ai uma pequena mostra destes encontros poéticos, sempre com deixas de Heleno.
Conheço a acrobacia
Do noiteiro bacurau.
Manoel Filó
Admiro o Serra-pau
Num galho de aroeira
Sem sebo para o serrote
Trabalhar a vida inteira
Serrando só pelo vício
Sem precisar da madeira.
Outra vez Heleno
O homem fica sem jeito
Na ausência da caseira.
Manoel Filó
Quando falta a companheira
Na vida de um passarinho,
Ele busca um pau bem alto
Para construir seu ninho;
Devido ser menos triste
Para quem mora sozinho.
Mais uma vez Heleno:
Quando a lua já vai perto
De se esconder no poente.
Manoel Filó:
Bonito é vê-se uma enchente
Ao clarão da lua cheia
Se alargando no baixio
Trazendo bancos de areia
Salvando um campo de milho
Que a folha virou correia.
OBS. Na foto acima, estão minhas duas avós – as duas últimas da esquerda pra direita, sendo a primeira, Mãe Tête, mãe de pai, e a derradeira, Vó Mira, mãe de mãe – e a primeira das quatro, é Tia Mariquinha, mãe do poeta Heleno, todas irmãs.
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