sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Poeta França


Os dose bares de França
Palcos para sua verve
O motor do sangue ferve
Num poema feito dança
No cabelo a negra trança
Na boca um farto sorriso
No bolso parco o juízo
Na mente um herói infante
Eterno poeta errante
Te tornas-te mais preciso.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Recital Unicordel

Nesta sexta-feira, dia 26-10, a partir das 19 horas, o gracejo e a irreverência da poesia popular nordestina voltam a se espalhar no Restaurante Feijão & Cia., com mais uma edição do projeto SEXTA DE VERSOS. O cordel, o repente, a embolada e a poesia matuta se misturam nas declamações dos integrantes da União dos Cordelistas de Pernambuco (Unicordel) e seus convidados. Haverá também exibição do documentário sobre o cordel contemporâneo, produzido pela jornalista e pesquisadora Maria Alice Amorim.

A Unicordel é um movimento que tem o propósito de divulgar e promover a literatura de cordel, visando a despertar a consciência da comunidade para a sua importância como genuína expressão da cultura pernambucana, como instrumento de formação e e informação, além de fonte de prazer e entretenimento. Criada em abril de 2005, a Unicordel ao longo dos seus dois anos de existência vem promovendo recitais, oficinas, palestras e debates nos mais diversos ambientes (restaurantes, bares, mercados públicos, empresas, escolas, faculdades, sindicatos, etc).

O Feijão & Cia fica na Rua São Francisco, nº 60, bairro do Paissandu (Por trás do Hospital Português), servindo petiscos e bebidas diversas (com destaque para a cerveja sempre gelada), com preços bem camarada. Fone: 3231-6293.

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Evento: SEXTA DE VERSOS
Data: 26/10//07 (sexta-feira)
Hora: 19 horas
Local: Restaurante Feijão e Cia - Rua S. Francisco, nº 60 - Paissandu (por trás do Hospital Português)
Preço: R$ 3,00
Realização: União dos Cordelistas de Pernambuco-Unicordel
Informação: Altair Leal (3371-5564 / 92587151) - Honório (3441-1326 / 8896-5649) e Gilberto-Feijão&Cia (32316293)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Momentos da Bienal - Armazem Cultural Cariri Pajeú e Unicordel-PE


Eu, o poeta José Moura, que está lanaçando seu livro de poesia e um CD com cantorias de Pinto do Monteiro, e o poeta Meca Moreno.


Zelito Nunes apresenta Leda Dias no estande Cariri e Pajeú


Isso sim é uma tropa de elite; Arievaldo Viana (poeta do Ceará), Felipe Jr. (poeta de São José do Egito), Marcos Passos (poeta também de Sãoze) Eu mermo (também de lá), Maciel Melo (poeta cantador de Iguaraci, Pajeú) João Badalo (o escalafobético de Monteiro-PB) e Jr. do Bode (poeta de Bodocó-PE)

Jr. do Bode na Bienal


O poeta Jr. do Bode está na VI Bienal do livro de Pernambuco lançando seu primeiro livro “Cuia de poeta cego/ Tem verso de toda cor” Jr. estará todos os dias da Bienal, que acontece no centro de convenções de PE até o dia 14 de outubro, nos estandes da Unicordel-183, e no Armazém Cultural Cariri e Pajeú-177. Compareçam e prestigiem este jovem poeta pernambucano!

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Unicordel-PE na Bienal


A Unicordel vai estar com todo gás na VI Bienal do Livro de Pernambuco. Várias atividades serão realizadas no estande 183, tais com; recitais, oficinas de xilogravura, músicas, vídeos, tudo voltado para o universo do cordel. Então! Não deixe de visitar nosso estande!

O estande Cariri e Pajeu na Bienal do Livro de Pernambuco homenageia os poetas sertanejos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Izabel Goveia, uma poeta sertaneja universal


Versos da poeta de Afogados da Ingazeira, Izabel Goveia (na foto), uma cabôca de 21 anos que faz versos como gente grande. O mote é de Severina Branca, outra poeta pajeuzeira de São Jose do Egito. Duas sertanejas que usam a poesia para expressar o que sentem.

O SILÊNCIO DA NOITE É QUE TEM SIDO
TESTEMUNHA DAS MINHAS AMARGURAS

No cenário desbotado do meu quarto
Pela janela a luz da lua, ilumina
A presença da alma feminina
Com os restos de beijos e abraços,
A camisa esquecida deixa os traços
Da lembrança que passa desprezada,
Um pedaço de coisa já passada
Do amante que ha muito tem partido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Pelas ruas eu já perambulei
Procurando a resposta da tristeza,
Mais o que encontrei foi a frieza
Da verdade esmagando um sentimento,
Enrolei-me no lençol do sofrimento
Só por causa da tua ingratidão,
Mais se hoje implorasse o meu perdão
Eu chorando aceitava o teu pedido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Sou agora uma amante esquecida
Parecendo um cadáver sem ter dono,
Minha alma já entregue ao abandono
Esqueceu-se do meu corpo e foi embora,
Mais a dor que meu peito tem agora
Só me lembra aquele que partiu,
Sem nenhuma piedade me feriu
Fazendo-me perder todo o sentido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras

Sou um vulto açoitado pela noite
Solidão que habita a madrugada,
Um mendigo deitado na calçada
Com os olhos de quem não tem comida,
Sou saudade de coisa já perdida
Só um feto doado ao abandono,
Sou um cão que se perdeu do dono
Sou as rugas de um velho esquecido,
O silêncio da noite é que tem sido
Testemunha das minhas amarguras.