segunda-feira, 31 de outubro de 2011

É bom demais!


Atingimos a marca dos setenta mil acessos. Para muitos, muito pouco, para mim um grande feito, é claro, com a grande ajuda dos amigos poetas e admiradores da poesia, que visitam e divulgam nosso sítio.

Agradeço a todos, muito mesmo, pela contribuição valorosa que dão ao nosso espaço cultural, que divulga e promove as nossas manifestações e diversidades do fazer e pensar a cultura nossa de cada dia.

Valeu a todos e vamos simbora...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um pedaço do sertão!



Um plano infalível para os sábados. Mais ou menos ao meio-dia você se dirige ao Mercado da Madalena, na área interna do lado oposto a feira dos bichos, você encontra esse oásis da cultura sertaneja com seus representantes e produtos variados, nesta capital pernambucana.

Uma caixa de som ligada, microfone no pedestal e o violão e as cantigas de Eduardo Abrantes e seus convidados. O microfone é aberto a todos para declamar, cantar, dar um recado... Sempre se fazem lançamentos de livros, CDs, DVDs, cordéis...

Os encontros acontecem sempre aos sábados, mas de terça a domingo das 10h as 17h, o box ta lá com seus produtos vindos diretamente do chão sertanejo. Tem de tudo e mais algumas coisas. Uma boa variedade de cachaças de Minas, Paraíba, Pernambuco... farinha de milho, doces, livros, CDs, queijo, pimenta, manteiga de garrafa...

É um verdadeiro armazém de secos e molhados.

Ta dada a dica! Apareçam por lá!!!

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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Uma Balada arretada...

Esse é de longe o maior evento literário do Brasil hoje em dia. Tanto pela diversidade de temas e abordagens, das mais variadas formas de literatura, quanto pela distinção de seus convidados e ambientações onde ocorrem suas oficinas, recitais, debates, mostras...

Marcelino Freire, que é inventor e curador da balada, além de prestigio no meio literário, reunindo um time mais que de primeira linha, e força midiática pra alavancar patrocínios e divulgação, tem um fôlego de mil ventas arretado, pois participa como organizador, escritor, debatedor, mediador e ainda por cima, e o melhor de tudo, badalador das noitadas.

Vejam a programação completa clicando na imagem abaixo!


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Oitão sombreado!




Essa é a Mercearia Nabuco, mais conhecida como a Budega de Seu Artur. Fica na Rua da Harmonia, em Casa Amarela, próximo ao Parque Sitio da Trindade. O lugar é arretado. O povo que freqüenta, a maioria coroas das antigas na casa, é uma estória a parte. As acomodações são típicas de uma mercearia. Bebe-se no balcão, ou nas poucas mesas na calçada. O petisco principal, pelo menos para mim, é o pastelzinho [carne ou bacalhau], mas também têm frios [queijos, mortadelas, conservas...], cachorro quente de charque e aqui acolá sarapatel, miúdo... Quem atende é o próprio dono, Sr Artur, e seu filho Artuzinho. Vale uma visita. Funciona até as 20h, de segunda a sábado.

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Ainda para o Dia do Poeta!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Para o Dia do Poeta...




Claros desígnios

Os vícios tragam-me depressa
À parte a rebeldia que me torna em jovem

Claros são os meus desígnios
É-me incontida a busca dos momentos
Ao passo que me são estranhas
As vocações que emergem desses tempos

Diuturnos rituais à impotência
As existências curvam-se às idades
E se acrescenta à ancestral obediência
A iminência de também ser ancestral

A tal sorte a mim me cabe lamentar o
[Pouco-a-pouco

A morte tarda dos longevos
Sorrir da vida e a que ela se presta
Tão mais intenso quanto perto o fim

Os vícios tragam-me depressa
À parte a rebeldia que me torna em jovem

Erickson Luna

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um recado do poeta Aderaldo Luciano!



Olha lá, meus amigos:
Amanhã viajo para a Bélgica para fazer conferência no sábado, dia 22, sobre cordel, dentro da programação do Europalia - international arts festival, Ano do Brasil na Bélgica.
Lançarei meu novo livro para a Europa em formato digital apenas e a programação de lançamentos para o Brasil, no formato tradicional em papel, já está sendo construída.
Apontamentos Para A História Do Cordel Brasileiro foi editado por Flávio Martins para a Conhecimento Editora e em novembro divulgaremos a agenda.


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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um texto de Bráulio Tavares!


Os Indispensáveis


Depois que conhecemos Toulouse Lautrec ou Mozart e os transformamos em referência obrigatória, pensamos que não saberíamos viver num mundo sem eles. Mas saberíamos, sim. Um artista só é indispensável depois que é conhecido. Se nunca ouvirmos falar nele (ou mesmo se ouvimos falar, mas de sua obra não escutamos um pio), nossa vida corre mansa do mesmo jeito, sem um catabí a mais ou a menos. Eu, por exemplo, vivo num mundo onde não existiram os poetas Anacreonte e Alexander Pushkin, os romancistas William Faulkner e Leon Tolstoi,, os cineastas Manoel de Oliveira e Satyajit Ray, os compositores Schoenberg e Stockhausen. Sei que são indispensáveis para muita gente, e não discuto que o sejam, mas minha vida transcorreu até agora dispensando-os, sem a menor cerimônia. (Claro que não digo isso me gabando. É uma mera constatação de que a arte é longa e a vida é breve, ou que a arte é uma semibreve e a vida é uma semifusa).

Nunca li muitos autores que são indispensáveis à maioria da humanidade. Para mim, são apenas nomes na lista cronológica dum almanaque. Do mesmo jeito, conheço pessoas que vivem num mundo em que Augusto dos Anjos não existiu. Nunca o leram, nunca se interessaram por ele, e viveriam igualmente bem se Augusto tivesse morrido de escarlatina aos sete anos, sem ter escrito uma linha. Sinto em calafrio de horror quando um amigo de infância me pergunta: “Quem é esse tal de Philip K. Dick?”, e percebo que eu e ele vivemos em universos incompatíveis. Conversar com estrangeiros, então, é um terror sem fim: gente que nunca ouviu falar em Carlos Drummond, em Nelson Pereira dos Santos, em Mário de Andrade... Um gremlin sertanejo e malicioso pousa agora no meu ombro, me cutucando pra que diga: “Também é terrível conversar com cariocas ou paulistas, que fazem cara de estranheza ao me ouvir falar em Manuel Xudu, em José Pacheco, em Colombita, em Rogaciano Leite, em Delarme Monteiro...” Mas o gremlin recolhe as asas e cai fora, encabulado, quando lhe explico que a imensa maioria dos nordestinos também nunca ouviu falar nesses indispensáveis do nosso Panteão. Como dizia Joyce: “Vê agora. Esteve ali todo o tempo sem ti: e existirá sempre, mundo sem fim”.

Uma cultura compartilhada aproxima pessoas com divergências pessoais ou políticas. O nazista de um conto de Borges é admirador de Shakespeare e Beethoven, e isto de certa forma o traz para mais perto de mim do que algum vizinho meu, com quem cruzo no corredor, e que até hoje não deu a mínima para esses dois. Existem pessoas na Terra que nunca ouviram falar nos Beatles ou em Sherlock Holmes. Que planeta estranho deve ser esse que habitam.

Leia mais em:

Áh eu lá...


O evento contará com as participações dos poetas Marcos Passos [Org. da Antologia], Profº Edison Roberto [Como apresentador do recital] e de Clécio Ferreira, Gabriele Vitória e Kerle de Magalhães nos recitais. Vale conferir!


Retratos do Sertão em Arcoverde!


Nesta sexta-feira, 21 de Outubro, Arcoverde recebe dois grandes espetáculos com recital, declamações, performances, encontro de poetas de várias regiões e estilos, causos e lançamentos de livros.

O Nordeste é uma região de território vasto e de grande diversidade cultural. Nele convivem manifestações populares como a música, as danças regionais, o teatro, o cordel e várias outras representações do mundo rural e urbano. Diante de tal realidade, é imperativo que toda essa diversidade seja difundida e divulgada pelo país – até para que os cidadãos conheçam melhor suas raízes.
Foi baseado numa proposta de difusão da arte dos poetas nordestinos, de pouca ou nenhuma projeção literária, que o poeta, declamador, apologista, produtor cultural e escritor Marcos Passos idealizou sua ANTOLOGIA POÉTICA RETRATOS DO SERTÃO, que reúne oitenta e nove poetas, entre eles Chico Pedrosa, Dedé Monteiro, Jessier Quirino, Maciel Melo e a dupla de repentistas João Paraibano e Sebastião Dias, todos retratando o sertão alegre com seus costumes e sua natureza exuberante. A segunda parte do livro traz uma homenagem a quinze saudosos poetas, entre os quais Antonio Marinho, Pinto do Monteiro, Rogaciano leite, Lourival Batista, Manoel Filó, Jó Patriota.
Pernambucano de São José do Egito, desde muito cedo, Marcos Passos foi influenciado pelos cantadores de viola, quando teve o privilégio de assistir a cantorias de Pinto e Louro do Pajeú, sem enumerar outras memoráveis duplas de repentistas.
Sua formação poética também tem como referencial a arte dos poetas escritores, a exemplo da sua mãe, a poetisa Beatriz Passos, Augusto dos Anjos, Jansen Filho, Bio Crisanto, Fernando Pessoa, Rogaciano Leite, entre vários outros grandes sonetistas.
Entre suas várias apresentações, o poeta já declamou em vários palcos, a exemplo de Brasília/DF, Recife/PE (Teatro do Parque, Casa da Cultura, Assembléia Legislativa de Pernambuco, Centro de Convenções de Pernambuco, Câmara dos vereadores do Recife, Sítio da Trindade, Pátio de São Pedro), em Paulo Afonso/BA, Taquaritinga do Norte, São José do Egito, Tabira, Garanhuns, entre vários outros.
Marcos é co-autor e organizador dos livros NOS PASSOS DA POESIA - de autoria de sua mãe, a poetisa Beatriz Passos, e da coletânea de galopes a beira-mar, com a presença de 60 poetas, intituladaAMORES PERFEITOS NA BEIRA DO MAR. Está preparando uma homenagem em prosa e verso a um dos maiores compositores nordestinos, Zé Marcolino. O livro trará o título CONVERSAS SEM PROTOCOLO.
Para a apresentação e o lançamento do livro o poeta marcos Passos contará com a participação luxuosa de poetas dos mais variados matizes, a exemplo de:

Gabrielle Vitoria de Lira (Luna Vitrolira), Recife, vencedora da 6ª Recitata - concurso de poesia do Festival Recifense de Literatura A Letra e A Voz, Free portoBienal do Livro 2009. Trabalha nas  áreas de poesia, declamação performática, composição musical e atuação cênica.

Kerlle Magalhães Lima, Kerlle de Magalhães, Arcoverde-PE. Membro da União dos cordelistas de Pernambuco, fez seus primeiros cordéis aos vinte e um anos de idade, destacando-se: Em busca da chuva; O coice do preá; Lampião, arretado de escapulir torrão, entre outros

Poeta popular(declamador e glosador),Clécio Ferreira de Lima,Serra Talhada-PE. Mudou-se para Tabira aos 4 anos de idade, sendo praticamente criado nesta cidade. É músico percussionista, tendo preferência e domínio pelo pandeiro. Participou das 13º e da 15ª Mesa de Glosas do Sertão do Pajeú-Tabira-PE/ 2009 e 2011, Coletânea “Cem poetas sem livros” (Litera PE) /Recife-PE/2009 e no livro “1ª Antologia de Tabira – Prosa e Poesia”. Tabira-PE/2008.

A apresentação do evento ficará por conta do Profº Edison.

Serviço: Recital Poético e Lançamento do Livro ANTOLOGIA POÉTICA RETRATOS DO SERTÃO
Locais: Livraria Lira Cultural às 18:00.
            Budega da Poesia às 21:00.
               

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Mais uma da JPLS...

Foi no último dia 18 de setembro passado. Eu e o poeta performático Miró, na Livraria Lira Cultural, em Arcoverde. Durante a III Jornada Literária Portal do Sertão. Um encontro arretado que juntou uma tuia de amigos para ouvir poesias de gêneros tão antagônicos. Miró, com sua verve poética urbana, social, crônica... Filó[Eu], um poeta meio mato, meio cidade, com leitura de cordéis, declamando sextilhas, décimas, galopes... Foi bom demais. Mais uma vez, obrigado ao SESC-PE, pela oportunidade.


Fotos de Rodolfo Araujo.


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Não resisti a galhofa!



Tudo que existe tem fim
É esse o grande destino
Para morte há sempre um sim
Há quem pense ser divino
Outros pensam ser ruim
Pra quem morre inda menino.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mestres da poesia!

Cida Pedrosa [09/01/11]
Para poeta e atriz Silvana Menezes, musa desse mote.

É amante da beleza
O palco é a sua casa
Na poesia cria asa
Silvana, mulher tão bela
Tua alma, essa procela
Onde iludida naufrago
Em noite escura, divago
E sem saber como piso
Mergulho pra ver narciso
No espelho do teu lago.

O ruflar da poesia
Espraia-se no caminho
Pega os versos, põe no ninho
Perfuma-os com maresia
A platéia se extasia
Eu, no meu canto, sufrago
Com a presteza dum mago
Trazendo na boca o riso
Mergulhei pra ver narciso
No espelho do meu lago.

Versos no mote de Ésio Rafael e Padim [Sertânia-PE]

Quer ver mais Cida, clique aqui!

Só pra saber...

Assembléia Legislativa de Pernambuco.

Duas pulgas atrás da urêa!

Ontem a noite [Segunda, 03.10.2011] tive o privilégio de assistir a duas impecáveis apresentações na Torre Malakoff, no Recife Antigo, dentro da programação do projeto Segundas Culturais, que tem a marca da ALEPE [Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco].

A primeira apresentação, belíssima, foi do grupo de choro do Espaço Cultural Nosso Quintal, que fica no Bonji, do amigo Marcos Veloso, que fica ao lado da sede da CHESF. O grupo se apresenta por lá sempre aos sábados e toca divinamente, sob a batuta do Maestro Arimateia.

A segunda, e cada vez melhor, foi apresentação da Banda Vates e Violas, dos irmãos Miguel Marcondes e Luiz Homero, filhos do Cariri Paraibano, da lavra do Mestre das Artes Zé de Cazuza, já radicados no solo Pernambucano a duas décadas.

Com repertorio próprio e impecável, os irmãos, que contam com uma banda afinada, com presenças de figuras como Nido do Acordeom, último sanfoneiro a acompanhar o Mestre Luiz Gonzaga, com o percussionista André Pernambuco, entre outros, encerraram a noite com chave de ouro.

Ai, duas coisas me deixaram intrigado, depois do que vi ontem, e como diz aquela máxima “perguntar não ofende”, eu pergunto a quem possa interceder;

1ª - Sendo o evento [Segundas Culturais] realizado pela ALEPE, nossa assembléia de deputados, casa esta que conta com [Gorda] dotação orçamentária, porque não se pagam cachês aos artistas? Que tipo de valorização seria essa, que só visa expor a imagem? como se apenas isso pagasse as contas dos trabalhadores da arte!

2ª - Sendo o evento [Segundas Culturais] realizado pela ALEPE, nossa assembléia de deputados, porque nenhum deles, repito, nenhum, dos deputados prestigia o evento? Pelo menos minhas lentes oculares não registraram a presença de nenhuma das excelências.

Bom, tirando minhas indignações e indagações, que não devem ser só minhas, o evento foi brilhante e está de parabéns a equipe da ALEPE que o coordenou. Agora é esperar pra ver se tenho prestigio suficiente pra obter respostas.


De novo Cancão!


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O poeta e professor Aleixo Leite Filho e o poeta repentista Diniz Vitorino com Cancão num registro do apologista Urbano Lima
Eu, cada vez que folheio o livro Palavras ao Plenilúnio do poeta Cancão, impressionado fico. Não só pelo rigor na rima, na métrica e na oração, mas também por ser Cancão a figura impar que é. Vejamos o que escreveu sobre ele o pesquisador, escritor e folclorista Francisco Coutinho Filho, no seu livro Violas e Repentes, de 1953, Cap. XII, pp 65/69.
“João Batista de Siqueira, conhecido pela alcunha de Cancão, é um agricultor pobre, de mãos calosas, acentuadamente introspectivo, vive preso a tristeza indissimulável de um desgosto íntimo. Ajusta-se aos derivativos de uma existência calma e conformada, no árduo trabalho da roça e no doce cultivo da poesia. É um lírico de remígios impressionantes(…) Vive na reclusão voluntária do seu tiquinho de terra no sitio Queimadas, do município pernambucano de São Jose do Egito. Nasceu lá, no dia 12 de maio de 1912. Deixou de cantar em 1950. Freqüenta a cidade, sede do município, algumas vezes, nos dias de feira, aos sábados(…)”
Em 1953, era essa a imagem de Cancão, assim como foi até o “fim da vida” em 1982, de uma simplicidade sem antecedentes. Geraldo Amâncio, grande poeta repentista, numa tarde de 06 de janeiro do ano que não me lembro, com certeza inicio da década de 1980, observava Cancão que cochilava numa cadeira enquanto Pinto do Monteiro cantava com o aniversariante do dia, Lourival Batista, em sua casa em São Zé – casa de Louro. Geraldo, logo após, indo cantar com Louro, nos primeiros acordes da viola, Cancão desperta, ao que Geraldo emenda;
Cancão as vezes parece
Não saber quem canta bem
Pinto cantando ele dorme
Eu vou cantar ele vem
Mas todo gênio e ingênuo
Não sabe o valor que tem.
Lendo e relendo seu livro, uma coletânea lançada recentemente pelo poeta Lindoaldo Junior, numa compilação de seus três livros; Musa Sertaneja, Flores do Pajeú e Meu Lugarejo, alem de poemas inéditos, fico impressionado com a magnitude de seus versos. Do poema Meu Lugarejo, extrai esta belíssima estrofe;
(…)
Esvoaçam preguiçosas
As abelhas pequeninas
Tirando néctar das rosas
Das regiões campesinas
Os colibris multicores
Pelos serenos verdores
Perpassam com sutileza
O orvalho cristalino
Lembra o pranto divino
Dos olhos da natureza.
(…)
A benção Mestre Cancão, cultivador de versos geniais e malassombrados, habitante do mundo do invisível, ainda tão presente e real em nossas vidas!