segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nova trindade Batista!!!


Canturis melodiais
Entre canções sublimadas
Com perfeição entoadas
Por arcanjos divinais
Entre seus tons ancestrais
Dose certa de magia
A lúdica melodia
De cantos embevecidos
Acalentando os ouvidos
Em Canto e Poesia.

Saberes diVersos...

Atenção, amigos!!! 

Quinta-feira (29/08) a apresentação do nosso projeto será na Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP

Justificativa:

A literatura poético/sertaneja do Estado de Pernambuco, especificamente, nunca fora devidamente levada a termo. Tratam-na de maneira passageira em suas grades curriculares sem a devida atenção, igualmente à folha de calendário, onde os dias passam despercebidos.

As escolas das redes oficiais de ensino, desde a educação básica até as academias, ainda não dispensaram a merecida importância, o peso e a riqueza da nossa linguagem escrita e falada dentro do universo da poesia dita popular, escrita e de improviso.

O projeto: CARIRI, MOXOTÓ E PAJEÚ: Poesia, verso e prosa tem como fundamento difundir a nossa linguagem poética, desde o século XVI, a partir da serra do Teixeira (que divide duas regiões sertanejas nordestinas: em Pernambuco, o Pajeú e na Paraíba, o Cariri), ao ciclo do gado, incluindo a poesia oral, junto ao início das nossas lendas. 

Objetivos:

Contribuir com ações literárias que estimulem a leitura, a produção textual, a compreensão e identificação dos interlocutores com as chamadas poesias populares e eruditas.

Estimular o interesse das instituições nos seus vários níveis, para o reconhecimento da poesia popular escrita e oral, que representa o homem sertanejo como patrimônio cultural da região.

Público Alvo:

Consumidores de poesia de cordel, estudantes, professores de história e literatura, apologistas, jovens e adultos de todas as classes sociais e de ambos os sexos, que se interessam pela poesia popular, universitários, jornalistas e formadores de opinião.


*Com um recital poético, este projeto culminará numa justa homenagem à poesia de grandes nomes da história poética destas regiões, que se refina na capital até chegar aos meios literários mais complexos.


Esperamos todos lá!

Abraços!
Marcos Passos


domingo, 25 de agosto de 2013

Tem muito angu nesse caroço!




NOTA DE ESCLARECIMENTO DA CIA DE EVENTOS SOBRE OS ÚLTIMOS FATOS ENVOLVENDO A BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE PERNAMBUCO

A Secretaria de Educação de Pernambuco precisa esclarecer porque pretende deixar os professores da rede estadual de ensino sem direito a política pública de concessão de bônus, que é feita na Bienal do Livro desde 2001 por todos os Governos que passaram no Estado. Justificar esta decisão falando de uma suposta "insegurança jurídica" não procede, uma vez que a Justiça já se pronunciou em duas ocasiões confirmando que a realizadora da Bienal é e sempre foi, desde 2001, a Cia de Eventos.

Não tem qualquer fundamento o Secretário de Educação do Estado, Ricardo Dantas, afirmar publicamente que a Cia de Eventos é “contratada” da Andelivros e que “se apropriou da marca da Bienal”, uma vez que o Tribunal de Justiça de Pernambuco já havia se pronunciado confirmando que a Cia de Eventos é a verdadeira realizadora da Bienal. No dia 22 de agosto, a respeito de nota publicada pela Andelivros na imprensa local, carregada com termos semelhantes ao que foi dito pelo Secretário de Educação, a Justiça afirmou que se trata de uma mentira a informacao de que a Cia de Eventos teria se apropriado da marca da Bienal e que era uma “contratada” da Andelivros.

Diante desses fatos, entendemos que tanto a Cia de Eventos como a sociedade merecem uma explicacão por parte do Governo do Estado, não apenas sobre a real motivação da retirada da politica pública de capacitaçào do professorado do Estado, como também pela retirada do apoio da Empetur a um evento do alcance e relevância da Bienal Internacional do livro, terceira maior feira do País. 

A edição de 2011 da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco foi apoiada pela Empetur com R$ 330.000,00, referente à locação do Pavilhão de Exposições do Centro de Convenções. Porém, além de a Empetur ter repassado arbitrariamente a reserva do pavilhão do Centro de Convenções para a Andelivros no início deste ano (reserva devolvida para a Cia de Eventos por força judicial), a Empetur até o momento não sinalizou com nenhum suporte ao evento e ainda está cobrando o valor de R$ 546.316,26 para a locação do espaço e mais R$ 109.263,25 para cobertura de despesas com energia elétrica, ar-condicionado e extras, num total de R$ 655.579,51.

Essa ausência inédita de apoio à Bienal, bem como a oneração do evento em mais de meio milhão de reais é incompreensível, tendo em vista que o evento desperta uma grande expectativa no meio educacional, nos círculos literários e no mercado livreiro. A importância da Bienal para Pernambuco é reconhecida não apenas pelo próprio público e pelos agentes dos meios culturais, mas também pelas próprias esferas políticas, que inseriram a Bienal de Pernambuco no Calendário Oficial de Eventos do Estado através de projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa em 2011.

Mesmo diante de tantas dificuldades, a Bienal do Livro de Pernambuco acontece entre os dias 04 e 13 de outubro no Centro de Convenções.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Palco ZETO!!!

Neste sábado próximo, dia 24 de Agosto, na cidade de Canhotinho-PE, teremos a abertura do Espaço Cultural Estação da Poesia, onde teremos, o bem empregado, Palco Zeto! O espaço tem a administração da poeta, e irmã do poeta, Graça Nascimento. Neste dia, a poesia dará o mote da festa com vários convidados, que se revezarão no palco que leva o nome do inesquecível mestre José Antônio do Nascimento, ZETO!


Eu estarei lá!


É só seguir!


Meu amigo Ésio e a poesia...




O BRASIL É UMA RIMA
EM SEU CONTEXTO GERAL

Esse é o mote. E se esse é o mote, então vamos lá. A começar por nossa língua mãe. A língua portuguesa surgiu através das discussões orais, dos debates coletivos longe dos textos eruditos escritos pelos homens cultos da Roma Imperial. Assim dizem os historiadores. 

Aqui no Brasil, colonizadores, índios e africanos deram o grau necessário para que fosse se definindo com o tempo, o nosso patrimônio genético cultural. Daí, as dimensões geográficas com os seus respectivos agrupamentos instituíram modos de vida, sotaque, linguajar, pantins e mungangas. 

Sim, o Brasil é uma rima composta de ritmos, cadências e sincronias que o diferencia de outros povos. Uma das prováveis explicações para essa ocorrência repousa nas características comportamentais e fenotípicas dos nossos patrícios. A ginga, a gíria pontual, o charme, a boa malandragem, os sotaques. 

Sim, o Brasil é uma rima. Na música, a capacidade dos artistas é de deixar pasmos outros companheiros de outras culturas. João Gilberto, dentro do espaço, compasso, intervalo, ou outro nome que eu não sei dizer, estica ou alonga a voz. Jackson do pandeiro dá pra se notar que ele encurta. Enquanto o Padim, compositor de música carnavalesca, de Sertânia, imprensa. E, imprensar espaço para que caiba a letra da música de carnaval com o bombo correndo atrás, não é mole. O nome dele é Anacleto Carvalho.

Sim, o Brasil é uma rima, por todos esses e mais outros motivos ainda. De Roberto Carlos a Chico Buarque de Holanda. 

No Nordeste, a rima é muito mais forte muito mais característica. Ora! Nós reunimos partes desses predicados num só folego: rima, métrica, ritmo, cadência, oração e ainda falamos cantando. Temos a resposta imediata, na bucha, na lata, na sabedoria: - Tudo bom, Lourivá? – Tudo regulau. – Tinhas coragem de comer essa cabocla? – ca boca tinha. Ah! Sim, somos também chegados a um drama. O resultado é que todos os Estados nordestinos juntos formam um grande - CORAL DRAMÁTICO, como parte da nossa intransferível e honrada composição. E a gente num fala cantando mesmo. 

Na literatura - As Pelejas de Ojuara e O - Romance da Besta Fubana resumem o que estamos querendo dizer, sem que haja necessidade de evocarmos eternamente os já tão consagrados mestres da literatura nordestina. 

Nossas características são identificáveis facilmente, mesmo estando nós em uma difusa e cosmopolita metrópole. Em São Paulo, o nordestino é logo identificado por Estado e até por região devido ao carrego forte do sotaque. Certa vez, estávamos na Praça da República, centro, quando um cidadão de característica mediana nos aborda, conduzindo um pedaço de papel na mão. Com um olhar contrafeito, pergunta:

- O senhor pode me informar onde fica a Secretaria de Educação, por aquiiiiiiiiiiiii?- É porque me deram esse endereço num sabe, deu a gota e até agora, não encontrei porra nenhuma! 

- Poeta, você chegou quando de Pernambuco? Perguntei por curiosidade. Ele me deu toda a atenção e respondeu:

- E o senhor, chegou quando do Pajeú? 

- Por que a pergunta? Rebati.

- Porque só quem chama todo mundo de poeeeeeta, são os caba ou do Pajeú ou do Cariri paraibaaaaaaano.

No diálogo, eu havia juntado os elementos supra, para a devida perícia. 

O Recife é a maior cidade do interior do Estado. Uma mistura de elementos. Mesmo tendo nascido na capital, há um grande percentual de moradores de origens interioranas. O reflexo disso, nós vemos na música carnavalesca, Nelson Ferreira, nasceu em Bonito; Capiba – Surubim; Carlos Fernando - Caruaru. Na literatura/poesia/ cinema/ teatro/ artes. Gilvan Lemos - São Bento do Uma; Carrero – Salgueiro; Luzilá – Garanhuns; Lourival Holanda, Cícero Belmar, Cida Pedrosa - Bodocó. Luiz Berto - Palmares; Vital Santos - Caruaru, Luiz Marinho- Timbaúba (?), Cláudio Assis - Caruaru (?). 

No caso dos nossos cantadores, esses distintos e seculares fenômenos oriundos da serra do Teixeira, que divide dois Estados nordestinos. Pajeú, do lado de Pernambuco e Cariri, do lado paraibano. Eles condensam todas essas habilidades e censo poético, na medida em que criam na hora, versos imortais, apreendidos pelos ouvintes de cantoria, quando não tínhamos gravadores, mas muita cumplicidade. Essa décima em sete sílabas, improvisada pelo genial poeta Lourival Batista, o - Louro do Pajeú, está registrada em tudo quanto é livro em torno do assunto, momento em que ele externa o seu lamento em cima da sua própria sorte:

- É muito triste ser pobre
Para mim um mal pereNne
Trocando o P pelo N
É muito alegre ser nobre
Sendo com C fica cobre
Cobre figurado é ouro
Sendo com T fica touro
Como a carne e vendo a pele
O T sem o traço é L
Termino só sendo Louro 

No caderno Policia da – Folha De Pernambuco, quarta-feira, 21/08/13, pg 02, diz a manchete:- ENFERMEIRA BALEADA/ POR HOMENS DESCONHECIDOS. Eis aí uma prova inconteste de como nós, nordestinos, não só falamos metrificado, como escrevemos de maneira metrificada mesmo que inconscientemente. Trata-se de uma equipe de jornalistas de formação Acadêmica, mas que não foge das nossas origens. Esse é um - mote em sete, devidamente metrificado, portanto, dentro do ritmo e da cadência das nossas tradições poéticas do poder da palavra improvisada. Poderíamos até “pegar na deixa” e finalizar um um verso dizendo:

Quem cuida bem dos feridos
Hoje está avariada
“Enfermeira baleada
Por homens desconhecidos”.

Tá vendo aí, Luiz Berto? Mas, o Papa tem o poder de mando. É só pedir para que João Veiga reze por ela.


Os exemplos citados são apenas algumas referências no sentido de compor o texto, mas há uma gama de valores na cidade que destrói essa irreal e secular demarcação de terra poético/literária dispostas em poses e narizes bossais.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Bebendo e aprendendo...


WORKSHOP: CACHAÇA, na teoria e na prática.

Com o intuito de reunir apreciadores e especialistas em cachaça, a Araripe Produções irá promover no restaurante Antiquário, próximo dia (16) O Workshop: Cachaça – Na teoria e na prática, ministrado por Vicente Lemos, proprietário da Cachaça paraibana Volúpia, uma das mais premiadas e vendidas do país. O evento contará com a participação de Moisés Moura, idealizador do Museu da Cachaça de Lagoa do Carro, onde podem ser encontrados os principais rótulos e marcas.

O Workshop abordará a História da cachaça, sua destilação e os diferentes processos, trazendo dicas para conhecer melhor este produto tão brasileiro através de degustação e compartilhamento de experiências. Os participantes durante o evento receberão brindes e poderão conhecer a nova embalagem da Volúpia 275ml.

Os poetas Zelito Nunes e Jorge Filó ficarão responsáveis pela descontração do tema, mostrando os causos e poemas inspirados neste destilado que agrada a todas as classes e diferentes públicos, conquistando cada vez mais o paladar pernambucano.

Os interessados em participar, devem se inscrever pelo telefone 81 9287-0220, ou pelo josemauroalencar@hotmail.com A inscrição é gratuita e as vagas serão limitadas.


Serviço:
Workshop: Cachaça – Na teoria e na prática
Data: 16.08.2013
Horário: sexta-feira, de 14h às 17h

Local: Restaurante Antiquário, Rua do Cupim – 250, Graças, Recife - PE.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Zé de Cazuza...

José Nunes Filho, o mestre Zé de Cazuza, poeta repentista da cidade de Prata-PB, foi tema de matéria em um programa global sobre memória. Conhecido como O Homem Gravador, por saber de cor uma centena de milhares de versos de vários cantadores repentistas.

Após a exibição do referido programa, o poeta, que é Mestre das Artes da Paraíba, é indagado por um conhecido no meio da rua em Monteiro, que saiu-se com essa;

- Eita seu Zé, ta famoso agora né? Saiu na Globo...

O mestre, sempre genial, rebate;

- Famoso eu já era, se não eles não tinham vindo atrás de mim...


O gênio se faz por sua obra!