segunda-feira, 29 de abril de 2013

Dá-lhe Pedro!


Cidade e distrito na literatura...




Segue a Jornada em Araripina

Nascente e Araripina
O distrito e a cidade
Festejam os dois a riqueza
Também a diversidade
Da arte em literatura
Valorizando a cultura
Da nossa comunidade.

No distrito de Nascente
teve encontro de escritores
Conversando nas escolas
Com alunos e professores
Teve o Baú encantado
Baladeira e seu legado
As Severinas, primores.

SESC Ler Araripina
Grande movimentação
Onde várias oficinas
Com grande aceitação
A parte recreativa
Que manterá sempre viva
Arte em comunicação.

Escritores nas escolas
Espalham em Araripina
Por várias localidades
Esta criação que ensina
Escrever é uma arte
Onde a leitura faz parte
Da Jornada esta é a sina,

A noite uma conversa
De Alexandre Furtado
Com´a mestra Luce Pereira
Num papo muito animado
Que falou sobre escrever
Publicar e também ler
Para um público lotado.

Geraldo Maia fechou
A noite em meio a canções
Do mestre Chico Buarque
Arrematando emoções
E a Jornada assim termina
Na cidade Araripina
Deixando grandes lições.


sábado, 27 de abril de 2013

SESC Ler e Faculdade de Araripina recebem a Jornada




O SESC une e promove
Artes das diversidades
A Jornada Literária
Viajou por seis cidades
Com mais de cem escritores
Trouxe e descobriu valores
Em várias atividades.

Em vinte e cinco de abril
Nos abriu Araripina
Onde fiz meu rapapé
Num papo que se destina
A falar de repentistas
Os mais altivos artistas
Desta nação nordestina.

A poesia popular
Teve oficina ilustrada
Edison Roberto foi
Da origem da toada
A cantoria de prima
Ensinou métrica, rima
E oração, pra garotada.

A noite na faculdade
Recebemos um presente
Mestre Raimundo Carrero
Um escritor competente
Teve um papo mediado
Thiago Corrêa a seu lado
Pra quem lá se fez presente.

Logo depois teve o Alto
Das Sete Luas de Barro
Com o Mestre Vitalino
Na condução deste carro
Teve a história reviva
Na arte figurativa
E assim este dia eu narro.



E a Jornada não para...



2º dia em Ouricuri.

Vinte e quatro de abril
Ouricuri se renova
Oficinas e conversas
Com o povo dando prova
Não existe faixa etária
Numa festa literária
Toda região aprova.

Na praça um Pé de Livro
Para adultos e crianças
Com o olhar na leitura
Renovam-se as esperanças
E o SESC prioriza
Arte no que realiza
Educação nas andanças.

A noite outra apoteose
Com os poetas glosadores
Demonstrando o improviso
Relíquia dos cantadores
Numa roda improvisada
Pra uma platéia lotada
Muitos admiradores.

Um verso improvisado
Encanta qualquer pessoa
Pelo valor do improviso
Esta arte pouco soa
Mas a Jornada aparece
E nossa mesa agradece
Por esta ação tão boa.

O público muito atento
A cada glosa que ouvia
Logo se manifestava
Ficava em pé, aplaudia
E mal a roda terminava
O São Saruê entrava
Com muito mais poesia.

Com Clécio, Luna e Kerlle
Viola, voz e pandeiro
Onde o novo perpetua
A raiz do seu terreiro
É o verso eternizado
No canto desembestado
Do São Saruê guerreiro.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Caindo nos braços de Ouricuri...




Aporta em Ouricuri
A Jornada Literária
Da Chapada do Araripe
Uma região solidária
Trazendo a literatura
Para abraçar a cultura
Dos que vivem nesta área.

Com encontros de escritores
Oficinas, recitais
Vendo a participação
Cada vez aumentar mais
O povo participando
Aprendendo e ensinando
Pois somos todos iguais.

Foi no Carlota Peixoto
O teatro da cidade
Onde a grande apoteose
Aconteceu de verdade
E na primeira noitada
Teve poesia cantada
Com força e liberdade.

As Benditas, que encanto
Na voz, na declamação
Susana Morais é força
Mariane Bígio, ação
Pedro Américo de Farias
Teve suas poesias
Cantadas em louvação.

Ouvimos a ladainha
De dois grandes escritores
Marcelino Freire e Pedro
Desdobraram seus valores
Deram voz aos personagens
Desfizeram engrenagens
Tornaram-se dois atores.

Pedro o homenageado
Marcelino Freire o mito
Pedro deu o seu recado
Marcelino deu seu grito
E fizeram desta hora
Da Jornada até agora
O momento mais bonito.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Lá nas terras do Exu...



Segundo dia em Exu
Distrito de Timorante
Um escritor na escola
Bota a palavra adiante
Poetas e prosadores
Falam de espinhos e flores
Desse mundo cativante.

Outras manifestações
Por lá deram seu recado
Pois música e poesia
Sempre andam lado a lado
E fez-se um dia bonito
Naquele grande distrito
Que é por Exu governado.

Na cidade houve palestra
A uma platéia cativa
José Mauro de Alencar
Fala sobre Patativa
Junto a Dinho Lima Flor
Provocaram o sonhador
Que em cada um reviva.

A noite outra catarse
Num encontro de escritores
Teve Marcelino Freire
Um dos nossos prosadores
Que com Ronaldo Correia
Acocharam tanto a peia
Redescobrindo valores.

Companhia do Tijolo
Que lá de São Paulo veio
Para cantar Patativa
Seu pensamento, seu meio
Em Exu, encerra aqui
Vamos para Ouricuri
Mudar não pede receio.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Araripe é só cultura...


Dia vinte e um de abril
Seguindo nessa empreitada
Chega a Jornada em Granito
Sua segunda parada
É o SESC produzindo
Transformando e construindo
Junto ao povo da Chapada.

Festa de literatura
Com o Baú Encantado
Que encanta todo mundo
Sendo na rua encenado
E sob o olhar da lua
Juntando o povo na rua
Teve o Cordel Animado.

Um recital de poetas
De longe e da região
Com mestres aboiadores
Seguiram a programação
Flávio Leandro em seguida
Fez da noite, a despedida
Com forró, xote e baião.

Já no dia vinte e dois
Exu se torna o abrigo
Cidade onde Gonzagão
Teve enterrado o umbigo
Com a mesma comitiva
Que em Granito esteve ativa
Com seu público amigo.

sábado, 20 de abril de 2013

Segundo dia...

Praça de Bodocó


E segue a Jornada do Sertão do Araripe

Sexta feira dezenove
Começa o segundo dia
A Jornada segue em frente
Com seu encanto e magia
Conversam os escritores
Poetas e prosadores
Fazem prosa e poesia.

Numa conversa marcada
Em um compasso cadente
Palestrei com Zé Maria
Com o Baladeira, potente
Tive um papo animado
Por Salomé, mediado
Com um grupo adolescente.

De uma beleza sublime
Pode se ver outra ação
Foi transformada uma casa
Num núcleo de educação
Onde lá se aprendia
Um pouco da poesia
De um “Poeta João”.

João Cabral de Melo Neto
Qual o nome amarra bem
Um mote de um só verso
Foi o poeta de quem
Falou-se na instalação
Casa do Poeta João
Que muita riqueza tem.

Nesta terra Bodocó
Neste sertão encantado
Na Chapada do Araripe
Um lugar abençoado
Teve a noite, na igreja
Uma prosa sertaneja
Conforme estava marcado

Zé Maria Almeida Marques
Que é um poeta nato
Junto com Cida Pedrosa
Escritora fino trato
Com José Manoel Sobrinho
Receberam seu vizinho
Samarone que é do Crato.

Teve o Baú Encantado
Animador da Jornada
A Companhia Tijolo
Também fez sua parada
Numa homenagem reviva
Esmiuçou Patativa
Um poeta da Chapada.

E a Jornada se despede
Já com o peito contrito
Mas fica pela Chapada
Este recanto bendito
De Bodocó ela parte
Deixando um baú de arte
Mas levando o de granito.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Começou!!!



Abrindo a II Jornada Literária
Chapada do Araripe...

Foi dado o Tiro da Paz
Na força do bacamarte
Com aboios e pifeiros
Elevando a nossa arte
Já começou a Jornada
Bodocó dá a largada
Com cultura em toda parte.

Conversas com escritores
Palestras e oficinas
Alunos são cavadores
As escolas são as minas
Participam professores
E todos os moradores
Sentem mudar suas sinas.

Com Belmar e Baladeira
Numa conversa informal
Com crianças que estudam
Na escola Intelectual
Salomé mediadora
Foi a grande propulsora
Deste encontro legal.

Mestre Lourival Holanda
Levou os compositores
Para falar da importância
Destes artistas doutores
Brincando com as canções
Revelou novas noções
A um grupo de professores.

Do poeta popular
Sua origem, sua história
Falando em métrica e rima
Do poder da oratória
Com seu ensinar sereno
Fez assim Meca Moreno
Pra se guardar na memória.

Hoje a noite ainda tem
Xico Sá, Sidney Rocha
Leninho de Bodocó
Que no forró não afroxa
Com o poeta Zé Maria
Une música e poesia
Onde a arte desabrocha.

Amanhã tem muito mais
Pra gente cordelizar
E o SESC convoca a todos
Que venham participar
Na Jornada Literária
Toda força é igualitária
Quem vier só faz somar.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Quinta-feira começa...

Pedro Américo de Farias é o homenageado da Jornada
Esse é só o primeiro dia!
Até o dia 27 o Araripe só respira prosa e poesia!!!

18/4 | quinta-feira

6h | Alvorada - Aboios de Seu Bindô (Bodocó), Pedro Américo de Farias (Ouricuri) e José Manoel Sobrinho (Bezerros); Banda de Pífanos do Jardim (Bodocó); Bacamarte Tiro da Paz do Cabo de Santo Agostinho
Local: Concentração na Praça Pe. Pedro Modesto, em frente à Igreja Matriz de São José

9h | Um escritor na minha escola
Cícero Belmar (Bodocó), Ivan Marinho (Maceió) e Zé de Albina (Bodocó).
Mediação: Paulo de Tasso (Juazeiro do Norte)
Local: CERU - Escola Estadual João Carlos Lócio de Almeida – Centro

Lenice Gomes (Jupi). Mediação: Juvêncio Amâncio (Belo Jardim)
Local: Escola Municipal São Francisco - São Francisco

Chico Pedrosa (Guarabira) e José Andrade (Bodocó). Mediação: Márcia Rodrigues (Recife)
Local: Escola Municipal Theodósio Leandro Hora - Várzea do Meio

José Maria Marques (Buíque), Junior Baladeira (Ouricuri) e Pedro Américo de Farias (Ouricuri).
Mediação: Salomé Oliveira (Juazeiro do Norte)
Local: Intelectual Colégio e Curso - Centro

Susana Morais (Recife). Mediação: Andrea Pedrosa (Bodocó)
Local: Sesc Ler Bodocó, Rua Luzia Couto Lóssio, s/n, Bairro de São Francisco.

Socorro Oliveira (Granito), Soleanderson Andrade (Bodocó) e Zé Maria (Exu).
Mediação: Herbert Adriano (Bodocó)
Local: EREM - Escola de Referência em Ensino Médio Arthur Barros Cavalcante - Centro

Cida Pedrosa (Bodocó), Odocílio Lopes (Bodocó) e Santina de Castro Andrade (Bodocó).
Mediação: Marcilene Pereira (Garanhuns)
Local: Escola Municipal Antônia Lócio da Cruz – Centro

18h30 | Cortejo Cultural (Terreirada) - Quadrilhas Juninas Luar do Sertão, Matutinhos e Xuxa Preta, Grupo de Capoeira Muzenza, Grupo de Dança de Bodocó, Filarmônica Bodocoense José Marcolino.
Local: Concentração em frente à Igreja de São Vicente. Apresentações na Praça Pe. Pedro Modesto/Igreja Matriz de São José

20h30 | A Romaria da Palavra - conversa com Cícero Belmar (Bodocó), Sidney Rocha (Juazeiro do Norte) e Xico Sá (Crato). Mediação: Raimundo de Moraes (Recife)
Local: Igreja Matriz de São José

22h | Lançamento do CD “O Violeiro e o Poeta” de Leninho (Bodocó) e José Maria Marques (Buíque)
Local: Patamar da Igreja Matriz de São José

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vale ver e deixar ser...


Deixa Ser arrepiar
A carapuça da pele
Deixa Ser que se revele
Ao mundo inteiro gritar
Deixa Ser se espalhar
Por esse mundão inteiro
Deixa Ser, ser o primeiro
De muitos mais que virão
Deixa Ser o coração
No seu pulsar verdadeiro.


domingo, 14 de abril de 2013

Tudo que vai acontecer...



Nesta próxima quinta, dia 18 de abril, terá início em Bodocó, sertão pernambucano, a II Jornada Literária Chapada do Araripe, que ainda passará por Granito, Exu, Ouricuri, Araripina e Trindade, todas na Chapada do Araripe.

São várias atividades entre palestras, recitais, leitura de textos, conversas com escritores, mesa de glosas, oficinas...Tudo de graça e com programação voltada para um público de todas as idades. A jornada vai até o dia 27.

Veja programação completa. Clique aqui!

Uma boa Jornada a todos e você conferi tudo aqui no blog...

Nesta quarta!!!




Mavi, um poeta navega nos sonhos
“Sentindo a saudade dos tempos de outrora”
No ciclo da vida, feliz, rememora
Seus cantos, seus versos, seus dias risonhos;
Não teme os fantasmas dos tempos medonhos,
Que as luzes das rimas irão rebrilhar;
Ponteia a viola, começa a cantar
Por entre veredas de flores e espinhos;
Procura e transmite nos seus pergaminhos
O estro gigante do seu ‘versejar’. 


Poeta Marcos Passos.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Fala Pedro!!!


O poeta, escritor e pesquisador, Pedro Américo de Farias, natural de Ouricuri, região do Araripe pernambucano, será o homenageado, da II Jornada Literária Chapada do Araripe, uma realização SESC-PE, que acontecerá de 18 a 27 deste mês em cinco cidades e dois distritos da região [Em breve programação completa].

Nesta entrevista, concedida ao nosso blog, com exclusividade, o poeta nos fala um pouco de tudo e convoca a todos para participar da Jornada, que culminará em sua Ouricuri com uma Mesa de Glosas e recital poético.

Entrevista por Jorge Filó.

Quando e como surgiu o Pedro Américo poeta, escritor e curioso de tudo?

– Primeiro veio o curioso de tudo, depois, pelos 13 anos, as primeiras leituras fora dos livros escolares, entre as quais o Tesouro da juventude. Já no Recife, depois do vestibular, comecei a ensinar em cursinhos preparatórios para supletivo e pré-vestibular (início dos anos 1970). Então, curtindo os textos na preparação de aulas fui descobrindo que eu também podia escrever, pois era só dar rédeas à imaginação e arrumar as frases da melhor maneira. Assim na poesia como na prosa, para décadas com fim, amém!

Quais suas referências literárias de sempre e de hoje, regionais e universais?

– Sou um leitor compulsivo e generalista. Gosto de tudo que tem sabor de engenho e arte, o que é encontrável em todas as tribos do mundo, na escrita como na oralidade. Homero e Pinto do Monteiro, Guimarães Rosa e Aquilino Ribeiro, Baudelaire e Manuel Xudu.

Como foi sair do Araripe, há 45 anos, e agora voltar como homenageado em um evento literário com a importância da Jornada?

– Não cultivo a vaidade pessoal como fatura de um status. Acredito na produção literária como dupla vertente: a) sou funcionário de uma instituição pública, para a qual entrei porque leio,escrevo, reviso e edito, portanto vivo de literatura; b) encaro o meu trabalho como militância política (a luta pela sensibilização e a liberdade de expressão) e como instrumento de prazer. Recebo a homenagem com muita simplicidade e com alegria, pelo que, ao meu ver, significa: reconhecimento ao meu trabalho de escritor e animador cultural (expressão gasta, mas é o que é). Esta homenagem também significa que a região do Araripe, como qualquer outra do planeta, integra o mundo do pensar e do fazer artístico. Vem por mim e vem por todos os que escrevem ou experimentam a arte literária/poética, nestes ermos distantes do colarinho engomado de todas as urbes letradas.

Que transformações, culturais e sociais, um evento como a jornada, pode legar a região do Araripe?

– Citando Castro Alves: “Oh! bendito o que semeia / Livros, livros, à mancheia / E manda o povo pensar...” – tirando o desnecessário ‘manda’, que vem do positivismo, fecho com Castro Alves na ideia de que tudo de bom, na vida como na educação – o Sesc é uma instituição educativa – consiste  em gerar oportunidade igual para todas as pessoas, estejam onde estiverem. Assim, vemos fluir a invenção e fruir o prazer do invento.
               
De que maneira Ouricuri, sua terra natal, e região, influenciam na sua escrita?

– Penso que não há nenhuma simbiose entre o meio em que nasci e a minha criação, pelo menos não no sentido da motivação inicial. O que certamente se pode perceber é que a memória registra cada momento da vida e que tal registro reflete em vários textos que criei. Esse reflexo pode ser, às vezes, visível a qualquer leitor; outras vezes, somente ao escritor. Pode acontecer de ser invisível até ao escritor. Ouricuri, hoje, igual à Itabira de Drummond, “é apenas um retrato na parede”. Mas há o bar de Pita.

Tendo estado em várias outros países com povos e costumes diferentes, o que traz do mundo para seu terreiro?

– Respondo com um poema do meu quase livro Arquivo perdido, inédito:

A poesia se reconheça
neste que declara
a língua
é de todos e a fala
de cada um

a invenção
ao alcance das onze mil tribos
do mundo
foge de vesgos padrões
nega a cor local única
universaliza-se.

 
Pedro Américo, Reinivaldo Pinheiro e Jorge Filó... 1987 Festa Universitária de São José do Egito

terça-feira, 9 de abril de 2013

Continua esquentando!!!


E a II Jornada Literária Chapada do Araripe, segue se avolumando, em qualidade e conteúdo de seus participantes... Como se diz no sertão; Arri-égua!!!

Olhai; Junior Baladeira, Ésio Rafael, Marcelino Freire, Eu, As Severinas, Kerlle de Magalhães, Edison Ropberto e Myrna Maracaja...



segunda-feira, 8 de abril de 2013

A Chapada vai esquentar


A Chapada do Araripe
Encravada no sertão
No estado de Pernambuco
Uma bela região
Neste quarto mês do ano
Vai perceber no seu plano
Uma grande transformação.

É o SESC o fazedor
Da Jornada Literária
Que leva a cinco cidades
De maneira itinerária
Poetas e prosadores
Magníficos escritores
Numa festa solidária.



A programação de cada dia está em fase de finalização. Aguardem e acompanhem aqui no blog e na pagina do FCBK clicando aqui...

terça-feira, 2 de abril de 2013

No Reino do Poetas Cantadores...



Mil novecentos e oitenta
Em São José do Egito
Mês janeiro, dia seis
Se dava início ao rito
De poetas cantadores
Magníficos condores
Do repente mais bonito.

Da esquerda, fotos de cima;

1ª FOTO - João Furiba canta com Diniz Vitorino, sob o olhar atento do poeta Oliveira de Panelas, à direita de Furiba, e Otoni Propaganda, o guia do carro da Pitu, que segura o microfone. Logo atrás se vê o Mestre Louro.
2ª FOTO - Os poetas saudosianos Antônio Pereira e João Batista de Siqueira, o Mestre Cancão, em frente à casa do aniversariante Lourival Batista.
3ª FOTO - Os poetas Pedro Bandeira e Lourival Bandeira. Dois grandes do repente e advindos de outra dinastia de poetas repentistas.
4ª FOTO - [Foto central] Vista geral da Rua da Baixa, em São José do Egito, onde ocorria o grande encontro dos poetas, que cantavam junto do povo, em meio ao povo, anônimos e poetas já consagrados.
5ª FOTO - O mais incrível de todos o gênios já nascidos naquela ribeira do Pajeú. Pela grandeza de seus poemas, pela simplicidade de seus gestos, pelo apego às coisas naturais... Cancão é indefinível...
6ª FOTO - O mais lírico de todos, Mestre Jó Patriota, um boêmio inveterado, de poemas madrugadores, recheados de um sentimentalismo próprio dos virtuosos, assistido pelo poeta e jurista Zé Silva, à sua esquerda.
7ª FOTO - Cantam o aniversariante do dia, o genial Louro do Pajeú, o rei dos trocadilhos, com o fabricador de pérolas da Serrinha Zezé Lulú, outro incomensurável repentista daquele recanto.

Em 1980, data das fotos, que foram tiradas pelo amigo Marcos Nigro, de Sertânia, sertão do Moxotó, eu tinha 11 anos de existência. Lembro vagamente, talvez não deste, mas de outros grandiosos encontros em torno das festividades do Dia de Reis e do aniversário do Mestre Louro, aos 06 de Janeiro...

Que essas imagens sirvam pra adoçar a lembrança de todos que puderam vivenciar estes, hoje tão distantes, momentos e que joguem um pouco de luz sobre os novos administradores públicos da cidade Berço Imortal da Poesia, para que se possa reviver instantes tão mágicos quanto estes.

Os jovens poetas que hoje habitam São José reclamam e clamam pela volta da poesia como tema central de seus festejos... Eu acredito!

Jorge Filó.