segunda-feira, 30 de março de 2009

Ôh poeta GRANDE!

Dedé declamando no lançamento

RETRATOS

(Lançamento do livro “Retratos do Sertão” - de Marcos Passos)

 


 

Em matéria de RETRATO,

Estamos dando lição:

Tem “Retrato do Nordeste”,

Cordel de Ismael Gaião;

“Paisagem do Interior”,

Do doutor Jessiersão;

Do grande Jorge de Sousa

Tem “Retrato do Leão”;

De Evilácio - “O que Admiro”,

Um show de admiração!

“Relicário”, de Felipe,

Que retrata a região;

“Cuia de Poeta Cego”,

De um ‘bodeco’ nosso irmão;

“Palavras ao Plenilúnio”,

Do insuperável Cancão;

“As Curvas do Meu Caminho”,

De Filomeno Emoção;

“Sertão Caboclo”, de Chico,

Que dispensa explicação;

“Poetas Encantadores”:

Zé de Cazuza – explosão!

De Edivaldo Bronzeado:

“Mão e Pedra” ou “Pedra e Mão”;

“Um tal de Jó Patriota”,

Doce sertanejação!

“Histórias de Beiradeiro”,

Contadas por Zelitão;

 

Versos como os de “Dió,

Paraibano e Tião”;

“Hereditariedade”,

De Vinícius – poetão!

“Um Toque de Poesia”,

De Greg do Violão;

E mais: “Visão Sertaneja”,

De um Zé lá do meu torrão;

Grupos como UNICORDEL:

Resistência e tradição!

Bandas como “Fim de Feira”,

Garotos que longe vão!

Como “Vates e Violas”,

Que reconhecidos são!

Maciel, Irah, Sevi,

Josildo: constelação!

Bia, Matricó, Marinho

E outros mais que tudo dão

Pra defender nossa gente

E retratar nosso chão!!

E agora, um Marcos marcado,

Matuto do pé rachado,

Altamente iluminado,

Deixa o Sertão Retratado

Nos “Retratos do Sertão”!!!

 

Dedé Monteiro

Recife, 28/03/2009

Quem perdeu, perdeu mermo!!!

Foto da festa

Uma festa para poesia

 

Na tarde deste sábado, último passado [28 de março], a antiga Casa de Detenção do estado de Pernambuco, hoje transformada em Casa da Cultura, recebeu, acredito eu, o maior e mais seleto time de poetas com um pé, ou a cabeça, no sertão nordestino, posto que tínhamos gente de praticamente todos os estados da nossa nação nordestina. Assim como na festa, que serviu, tanto no ajuntamento dos poetas e apologistas admiradores, bem como, e principalmente, para o lançamento do livro Antologia Poética Retratos do Sertão o livro trás poetas de todos os quadrantes deste país Brasil de Poetas. O livro é uma coletânea idealizada por Marcos Passos, poeta de São José do Egito, e produzido por Marcone Melo, que é de Iguaraci, ambos radicados no Recife, e é composta por oitenta e oito poetas, que cantam as belezas do solo sertanejo. Na coletânea temos o mais jovem, Rafael Moura, e o mais idoso, Zé Catôra, poeta vivo, além de algumas homenagens póstumas. E a festa?! A festa foi um deleite para os olhos e ouvidos atentos. Uma ruma de gente que sabia exatamente porque estava ali, para se embebedar de boa poesia e boa música. A festa emburacou pela noite e só parou por questões burocráticas, que sempre atrapalham a poesia, no horário de funcionamento da Casa. Citar nomes aqui seria um grande risco, pois não daria pra citar todos que estiveram presentes, e deixar de fora um deles, já seria um erro grave. Vale dizer que foi uma das mais belas festas para a poesia que presenciei nestes meus dez anos de Recife. Só tenho a dizer que me orgulho em fazer parte desta belíssima antologia, e parabéns a Marcos Passos e Marcone Melo!!!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vem ai, a Biopoética Pernambucana!

O mestre Elomar com Xangai, Dércio, Saulo e orquestra.

A poesia de Gerusa Leal!

Um cordel para uma foto!


Destrinchando os Cardeais, além do Papa e da Musa.

Jessier Cabra arretado
É o primeiro da fila
Um poeta de valor
Que não corre nem estila
É um matuto descente
Um sertanejo contente
Que leva a vida tranqüila.

Segundo o Dr João Veiga
Outro cabra sem medida
Um doutor da medicina
Que cura qualquer ferida
Só não faça gozação
Nem venha com oração
Que a amizade é garantida.

O terceiro “benza Deus”
É nosso Papa querido
Cabra da bixiga lixa
Que nunca gasta o uvido
Nem a fala com besteira
É um cabôco primeira
Luiz Berto é garantido.

O quarto é Adelmo Nobre
Que o próprio nome pondera
Tem nobreza e fidalguia
Amigo que não se altera
Sem prazo de validade
É pra toda eternidade
O apreço que nos dera.

O mestre Paulo Carvalho
Que é doutor por vocação
É o quinto desta fila
De grandiosa equação
É fotografo e poeta
E faz parte da seleta
De cardeais, seleção.

O nosso vate Evilácio
Outro poeta doutor
É nosso sexto elemento
Desta tropa de valor
Na sua verve me inspiro
Poeta do “eu admiro”
Da natura um sabedor.

Já o poeta seguinte
É o mestre Natanael
O cardeal de Brasília
O sétimo menestrel
Desta fila de doutores
Poetas e sabedores
Cumprindo bem seu papel.

Nosso oitavo cardeal
Que é poeta também
É o mestre Zelito Nunes
Que sabe de onde vem
Cabôco que tudo pode
Com essa lapa de bigode
O meu respeito ele tem.

Agora vem mestre Xico
Bizerra da poesia
Esse mais um cardeal
Que lançava neste dia
Da coletânea, no mote
O oitavo Forroboxote
Que só nos deu alegria.

Mas agora vou me ater
A falar só de grandeza
Que tem a musa maior
Com dotes de realeza
Nossa cantora primeira
A mais bela, Irah Caldeira
Da foto a maior beleza!


Jorge Filó

Em cometário no JBF [Jornal da Besta Fubana]

terça-feira, 24 de março de 2009

Mais um lançamento imperdível!

Ésio, Greg e o site Interpoética!

Tem texto novo do pesquisador, poeta e escritor, Ésio Rafael no site Interpoética. O tema da vês é o livro "Um Toque de Poesia" do jovem poeta Greg Marinho, lançado recentemente. Vale demais conferir, o texto de Ésio e o livro de Greg. Para o texto basta clicar logo abaixo, para o livro, basta ir no Box Sertanejo, que fica no Mercado da madalena, e deliciar-se com os dois.


Uma festa para poesia!!!


Lançamento da Antologia Poética Retratos do Sertão 

O Nordeste é uma região de território vasto e de grande diversidade cultural. Nele convivem manifestações populares como a música, as danças regionais, o teatro, o cordel e várias outras representações do mundo rural e urbano. Diante de tal realidade, é imperativo que toda essa diversidade seja difundida e divulgada pelo país – até para que os cidadãos conheçam melhor suas raízes. 

Foi baseado numa proposta de difusão da arte dos poetas nordestinos, de pouca ou nenhuma projeção literária, que o poeta declamador, apologista, produtor e escritor Marcos Passos idealizou sua Antologia Poética Retratos do Sertão, que reúne oitenta e oito poetas, todos retratando o sertão alegre com seus costumes e sua natureza exuberante. 

O lançamento acontecerá no dia 28 de março, às 15 horas, na Casa da Cultura de Pernambuco, Rua Floriano Peixoto, s/nº, Bairro de Santo Antônio. Da programação constam apresentações de vários artistas como: Anchieta Dali, Chico Pedrosa, Cristina Amaral, Dedé Monteiro, Eduardo Abranttes, Josildo Sá, Irah Caldeira, Fim de Feira, Vates e Violas, Em Canto e Poesia, entre outros. Produzido pelo músico e produtor cultural Marcone Melo, o livro conta com o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura do Estado de Pernambuco – Funcultura. 

MARCOS PASSOS – Nascido em São José do Egito (PE), desde cedo foi apresentado ao universo da poesia quando, ainda criança, teve o privilégio de assistir à cantoria de Pinto do Monteiro e Lourival Batista, sem enumerar outras memoráveis duplas de repentistas. Sua formação poética também tem como referencial a arte dos poetas escritores Augusto dos Anjos, Fernando Pessoa e Rogaciano Leite, além de outros grandes sonetistas. No ano de 1999, organizou o livro Nos passos da poesia, de autoria de sua mãe, a poetisa Beatriz Passos. Em 2007, lançou a coletânea de galopes à beira-mar, intitulado Amores Perfeitos na Beira do Mar,  com sessenta poetas. 

SERVIÇO:

Lançamento do livro: Antologia Poética Retratos do Sertão

Quando: 28 de março, às 15 horas

Onde: Casa da Cultura de Pernambuco

Ingresso: Entrada franca

Preço do Livro: R$ 25,00

Incentivo: Funcultura

Apoio: Fundarpe – Casa da Cultura de Pernambuco

Produção: Marcone Melo 

      CONTATOS:

quinta-feira, 19 de março de 2009

Mestres da poesia

Conheci o poeta Zeto, José Antônio do Nascimento, já em São José do Egito, sua terra em adoção mútua, casado com Bia Marinho, genro do Rei dos trocadilhos, Louro do Pajeú e se impregnando de poesia e viola. Além de grande intérprete, tinha seu peculiar jeito de cantar obras alheias, era um genial poeta e melodista. Tocava, cantava e compunha com uma singularidade impressionante. Quem, como eu, teve a oportunidade de presenciar sua presença de espírito, sabe bem que não exagero quando anuncio que Zeto era além de seu tempo, uma dessas pessoas que nascem décadas e até séculos, antes do tempo do seu entendimento. Seu CD Curvas, hoje esgotado, mas com planos de uma nova leva, é um registro indiscutível de sua genialidade. Gravado em apenas 04h de estúdio, sem intervalos, não deixa a desejar a nenhum trabalho mais elaborado. Nele Zeto conversa, afina o violão, declama seus, e de outros, poemas e canta suas belíssimas canções, de uma riqueza melódica impar. O verso que segue abaixo é um registro de sua verve poética, mas também de sua musicalidade. Espero, em breve, que todos possam ouvi-lo.


Tempo

És o deus do nascimento 
Estás presente na morte 
Vives a mudar a sorte 
As horas são teu alento 
Sendo irmão do andamento 
Te espalhas por todo canto 
Alguém tece o teu manto 
Depois tu mesmo o desgastas 
Te mostrando em teias vastas 
Tu és o tempo esse encanto. 


Zeto