quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mestres da poesia!

O texto abaixo, bem como as fotos, foram extraídos do site Interpoética, que tem hoje, sem nenhuma dúvida, um dos maiores acervos, de poesias e poetas, do Brasil. É editado, num esforço comum e voluntário da poeta Cida Pedrosa e do diagramador Sennor Ramos. Duas figuras especiais. 
O poeta é Chico Espinhara, figura marcante, não só pela escrita severamente contundente, bem como pelo seu proceder diário. Conheci e convivi com Chico um bom tempo, antes de sua viagem derradeira, e posso afirmar que este poeta tinha vísceras de versos em reversos!

Francisco Espinhara
um poeta que se vira pelo avesso

 


O poeta no lançamento de Bacantes

 Nasceu em 1960, na cidade de Arcoverde e faleceu em fevereiro de 2007, no Recife. Foi um dos coordenadores do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco, na década de 80, e participa da vida literária local ativamente.

Foi editor do Jornal Alternativo Lítero Pessimista e publicou os livros: Vida Transparente (1981); Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco - histórico e coletânea (2000); Sangue Ruim (2005); os livretos: A batalha pelo poema, Teje preso, seu rapaz e Dose dupla. Participou das antologias do Conselho Municipal de Cultura - Revista Arrecifes (1985), Poesia do Recife (1996) e produziu o CD Vários Poemas Vários - 25 poetas contemporâneos (1999).

Em julho de 2006, publicou o livro Bacantes, organizado pela INTERPOÉTICA, firmando um etilo próprio de escrever pequenos contos, já iniciado no livro Sangue Ruim. No dia 22 de dezembro de 2006, durante a festa de comemoração do Natal dos poetas pernambucanos, lançou o livreto Claros Desígnios em parceria com o poeta Erickson Luna. Firme na luta e no ofício, o poeta continua produzindo a todo vapor, apesar das dificuldades vivenciadas no momento. Abaixo publicamos texto de Cida Pedrosa sobre o Livro, Bacantes. (os editores)


EPITÁFIO N° 529

Não vou a enterros.
Que o morto
Se guarde no que é seu.
Se incorro em erro,
Perdoem-me: irei ao meu.



 

E É DE FEL A ÁGUA E É DE SOMBRA A SORTE E DE SOLIDÃO MATEI A MORTE

por Cida Pedrosa

Esqueça Bacantes se por agora não tens motivo nenhum de pranto. Sim, é de vida e de morte este livro, quem não quiser chorar não o leia, quem não quiser se compadecer com seu excesso de fraternidade não o abra, quem mora nas conchas e se esconde entre as falsas luzes não se aproxime dele, pois sua lucidez é contagiosa, sua ruptura estética incomoda as entranhas, sua coragem revira nossas tripas pelo avesso, sua ternura é tanta que constrange o mais indelével coração.

Não poderia ser diferente vindo de quem vem. O poeta e contista Francisco Espinhara é um desses homens que não passam em vão pelo mundo, vive a vida como ela é e se apresenta, com total honestidade. Assim são os textos deste livro, um grande canto de amor e de morte, onde as personagens, elas, as bacantes, se confundem com o próprio autor. Quem é o autor e quem são as bacantes? Esta talvez seja a grande interrogação desta obra.

Como conheço Chico há mais de 25 anos e nos consideramos amigos irmãos, sinto-me à vontade para dizê-Io: toda Ela é ela e ele mesmo. Digo isso com a confiança vinda dos amores fraternos e antigos. Ele - o bacante - é um desses amigos cuja história se confunde com a nossa própria história, cuja vida se entrelaça tanto com a nossa que seu nome é palavra obrigatória na nossa própria biografia. Vide tudo que já vivemos juntos e separados, nestes tantos anos. Quem quiser pode pesquisar nas "bocas de inferno" das margens do Capibaribe, Madeira, Jari, que fluem para o mar.

Bacantes é dividido em duas partes e mais um epílogo. O meu presságio é de que Aproximação, primeira parte do livro, fala de um amor recente e como se deu a chegada desse amor na vida do autor. Esta é uma parte descritiva em que o leitor é levado a conhecer o sentimento do escritor por uma bacante, aqui ele é pura rendição e já anuncia que as personagens ou a personagem, na verdade, são sombras vivas do seu próprio eu e isso fica claro quando termina o último canto desse capítulo dizendo: "... tão eu mesmo: ela sou eu". Ao ler a segunda parte, Pluralidades, me dou conta de vários amores perpassando um amor presente, em desejo, loucura e densidade, aqui se arrastam a dor a par e passo com o desejo, a vida a par e passo com a morte. São várias mulheres em uma só mulher, são vários homens em um só homem, o próprio autor. Quanto mais lemos esta parte, mais angustiados ficamos, tudo se encaminha, como nas tragédias, para um grande final... doloroso e só. A cada página lida a dor aguça e nós somos postos à prova quando o autor afirma no penúltimo canto de Pluralidades: "Era como quase eu mesmo me crucificando para contemplar, a olho nu e a sangue, os vestígios do que nunca existira" e finaliza o último canto, sentenciando as bacantes: "Ela se fez em nuvens ácidas: fazer da vida o que a vida lhe fizera: bacante". Chegamos ao final, com um gosto de céu e inferno na boca e tomamos um susto ao ler o Epílogo: nele tudo se esclarece. Sete são as bacantes, seis mulheres de carne e osso e uma última, diáfana e bela, a lhe beijar os lábios. Fica claro a partir daí que o autor desenhou em poesia-prosa, que aqui chamo de cantos, como cantos são os cantos da Divina Comédia, de Dante Alighieri, a vivência densa com as bacantes, passantes de sua vida, a partir do marco da bacante Ana Raio, mulher que lhe encomendou, por bruxaria, as outras seis como diz o autor no último canto do livro: "mais seis diabas, tais ela mesma, iguaizinhas-iguaizinhas, fariam de mim o mais triste dos homens". O desfecho deste canto nos faz fechar o livro e concretizar em nós a nossa dor e, então, nos é anunciada a chegada da última bacante: (A sétima bacante, dançarina da noite infinda, me selou nos lábios o peso da lápide.)

Quem pensar que estou falando aqui de um livro de amor nos moldes tradicionais, recolha-se a outras leituras. Este é um livro que provoca a partir do título: Bacantes. Provoca no conteúdo e na forma. Bebe na tragédia de Dante, nos Cantos de Maldoror, de Lautréamont, dialoga com Rimbaud e sua temporada no inferno. Bebe, dialoga, mas se refaz em uma forma nova, de dicção muito própria, para desaguar em um canto urbano e moderno. Por isso, por ser um canto, quiçá um mantra, Bacantes deve ser lido de um fôlego só, para não perder em impacto e densidade.

Aqui termino esta tarefa de falar sobre este livro, que não carece de apresentação, pois é início e fim de si mesmo. E, eu que não sei escrever cantos, ouso afirmar: é de fel a água e é de sombra a sorte e de solidão vai matar a morte.

 

Alguns cantos do livro Bacantes

 

O que me fez depor as armas ante o semblante trêmulo não foram as suas carícias na minha fronte torneada a suores, mas sim a sua visão vesga a sempre errar a seta num alvo a esmo, desde que também alvo e esma, nunca seta.

...

Ela habita a caverna. Eu habito a mesma caverna bem lá no fundo, no fim sem fim.

Ela acende o fogo e o fogo me chega por imaginá-la acender o fogo. Nunca nos encontraremos, mas convivemos na mesma toca.

...

Por assim dizer, seus sexos eram flácidos, folote. O meu sexo, na acoplagem, flutuava num vácuo, numa vastidão de longínquas ruínas. Tudo aquilo não me servia, mas era tanto-e-tanto para mim.

...

Tudo era muito fácil: não era uma questão de abrir e fechar de olhos, mas de uma abrir e fechar de pernas. Para ela era assim.



Lançamento do Livreto Claros Desígnios

 

Confira a poesia de Francisco Espinhara nas seções Cardápio de Poesia e Livros Virtuais

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Mais um Mafuá da goitana!!!


O projeto Mafuá do Matuto é uma iniciativa que visa consolidar um espaço da cultura sertaneja no Mercado da Madalena, através de apresentações mensais de poetas, cordelistas, cantadores de viola e músicos. O Mafuá foi contemplado pelo edital do Funcultura 2008 e a segunda edição do evento ocorrerá no próximo sábado, dia 18 de abril. Na ocasião haverá apresentações do poeta popular  Chico Pedrosa, do músico Dudu do Acordeon  e da banda Vates e Violas. Os shows acontecem a partir das 13hs e o acesso é gratuito.

Inf. 81 8851-0177

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Lançamento em breve!!!



Próximo mês de maio, o poeta, cantador e produtor João Eudes, estará lançando sua mais nova produção. É o CD de cantoria, gravado por Sebastião Dias e Diomedes Mariano, que faz parte da coleção Violeiros do Pajeú, que, em breve, sairá com outros poetas. O registro trás ainda uma participação do próprio João Eudes, um exímio cantador e grande poeta. O lançamento acontecerá no Bar e Restaurante Arriégua, que fica na Cidade Universitária e já é ponto de encontro dos amantes da arte do verso e da cultura do povo sertanejo, em geral. Na ocasião haverá cantoria com os poetas que compõem o CD, além de outras atrações a confirmar. É esperar pra ver!

Obs; Oportunamente divulgaremos os detalhes do lançamento.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Poesia e educação!!!


SINTEPE   LANÇA   COLETÂNEA 

Neste próximo dia 23 de abril, no Teatro de Santa Isabel, com início às 19h, o SINTEPE – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco – homenageia a cultura pernambucana através do lançamento da Coletânea Poética do 1° Concurso de Poesia em homenagem a Solano Trindade. A coletânea reúne a poesia dos vencedores do concurso que foi realizado em 2008 e reuniu 333 poetas inscritos de todo o Brasil. Foram selecionados três autores na categoria público geral, e 20 na categoria trabalhadores da área de educação. No público geral, o primeiro e segundo lugares são nomes já conhecidos no Recife: o poeta Malungo e Biaggio Pecorelli. No terceiro lugar ficou o mineiro de Uberlândia Muryel de Zoppa. Na categoria dos trabalhadores em educação os três primeiros lugares ficaram com as poetizas: Rozana Nascimento, Regina Carvalho e Tânia Sampaio. 

Na comissão julgadora estavam André Telles, poeta e mestre em literatura, Heloísa Arcoverde, ensaísta e mestre em literatura e o poeta e jornalista Raimundo de Moraes.  

Segundo o presidente do SINTEPE, Heleno Araújo, “o concurso é uma forma de coroar as ações afirmativas e de promoção da igualdade racial desenvolvidas, por isso a homenagem, na passagem dos seus 100 anos, ao poeta e símbolo da luta em defesa da negritude Solano Trindade, que emprestou seu nome ao Concurso. Também é uma forma de articular a categoria e a sociedade em ações culturais.  

A coordenação de editoração da coletânea ficou sob responsabilidade da Interpoética e da Andararte, ONG que inicia seus trabalhos em 2009 através de um ponto de cultura ancorado pelo site www.interpoetica.com. 

O lançamento do livro é aberto ao público e tem a seguinte programação: 

Festa de lançamento do livro do SINTEPE

 

23/04/2009 - Teatro Santa Isabel, das 19h às 23h 

Abertura - Diretoria do SINTEPE

Recital dos poemas vencedores com o Grupo Vozes Femininas

Show com a banda Fim de Feira (participação especial do poeta Chico Pedrosa)

Sessão de autógrafos e coquetel  

Os convites podem ser adquiridos na Sede do SINTEPE 

Contatos:

SINTEPE (2127 8876)

Os Vates no Mafuá!!!

Esta é a banda Vates e Violas que, neste sábado próximo, dia 18 de abril, estará se apresentando no palco do projeto Mafuá do Matuto, que acontece no Mercado da Madalena, a partir das 13h.

O evento conta ainda com a participação do poeta Chico Pedrosa, nosso mestre maior, e do forrozeiro Dudu do Acordeom. É pra esquentar, de cum força, o Sábado no mercado.

Os Vates vão fazer o show do seu CD “Quem não viaja, fica!”, lançado recentemente, e que vem tendo uma grande aceitação por parte do público e da crítica.

Vale à pena conferir!




terça-feira, 14 de abril de 2009

São José do Egito ou Itapetim!

O poeta Saulo Passos, agora cutucou de mermo a pendenga maior do Pajeu. Leiam seu artigo, que foi publicado ontem no Diário de Pernambuco. Isso vai dar o que falar!


Qual a capital da poesia: Itapetim ou São José do Egito?

 

Saulo Passos

saulopassos@uol.com.br

 

            Esta indagação, provocada pelo Prof. Jorge Cândido da Unicap, é fruto de sua dúvida sobre a terra natal dos poetas Rogaciano Leite, os irmãos Batista (Louro, Otacílio e Dimas) e Job Patriota – para ficar somente nesses, que figuram no nosso Livro: Itapetim, Ventre Imortal da Poesia - parceria do Dr. Marcos Nunes -, como filhos legítimos de Itapetim e que agora setores da mídia, incentivados por pessoas sem compromisso com a verdade, divulga, sem fonte de pesquisa, esses poetas, como filhos de São José do Egito.

 

            Ninguém tem dúvida de que eles nasceram dentro dos limites de Itapetim, onde também nasceram centenas, como comprova o livro acima referido com dois centos deles. O esbulho cultural em pauta, que não se firma no lugar do natalício, mas num critério injusto e contraditório, tem como objetivo elevar São José do Egito à condição de capital da poesia, uma vez que seus mais famosos poetas – infelizmente, não excedem a meia dúzia -, embora sejam de boa qualidade, são conhecidos apenas na região. Os de Itapetim, com a viola debaixo do braço, viraram celebridades nacionais ou, a exemplo de Rogaciano Leite, extrapolaram fronteiras.

 

Por isso, nada mais fácil do que arrancar dos seios da mãe de tantos poetas, uns três ou quatro filhos famosos, que ela, talvez, disso, nem se desse conta. Assim nasceu a idéia “fantástica” e o seguinte  “critério”: os nascidos em Itapetim, quando distrito de São José do Egito, neste caso, a este pertenciam. Só numa mente atrasada é que se pode conceber tamanho disparate. E, como a ganância é cega, o “critério” genérico terminou por expulsar de casa sua principal figura.

 

O poeta Antonio Marinho, cuja estátua se encontra no centro daquela cidade, como seu poeta maior, em face da “norma”, não é filho de São José do Egito, pois quando ali nasceu em 1887, esta era distrito de Ingazeira. Imagine-se, por outra, este “critério” aplicado à história do Brasil. Nossos árcades: Claudio Manoel da Costa, Tomás Antonio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e até o Aleijadinho seriam portugueses, uma vez que eles nasceram na época do Brasil-Colônia de Portugal; José Bonifácio e o Mártir da Independência, Tiradentes, da mesma forma seriam cidadãos portugueses; e, o Presidente Lula, seria filho de Garanhuns e não de Caetés como é.

 

O vate Manoel Filó, que, erroneamente, figura como de lá, através do mote: São José do Egito ganhou fama/Com os filhos do chão de Itapetim, já advertira do prejuízo que  esta insolência tem causado àquela comunidade por causa dessa implicância sem cabimento, ofensiva e sem nenhuma sustentação plausível.

 

Da mesma forma, o grande cordelista Chico Pedrosa em reprimenda a essa idéia absurda, em tom jocoso, certa vez em Brasília, comparou São José do Egito com Mossoró. “Mossoró – disse ele – não tem um torrão de sal que salgue uma piaba, pois todo o sal vem de Macau e Areia Branca, e desse jeitinho são os poetas de São José do Egito...”.

 

Essa referência, aliás, é unânime nos poetas, que gostam de ver conservado seu amor pelo torrão natal. Vê-se, por fim, que essa conduta se constitui numa falta de respeito àqueles que lutaram pela emancipação e vibraram em sua festa. Por isso, no desejo de reparar o erro histórico - principalmente da mídia -, em reverência à verdade dos fatos e, em especial, à memória de minha avó Elvira, que não tolerava atribuir-se que seu irmão, Rogaciano Leite, pudesse ser de São José do Egito, concluo: Itapetim jamais quis ser capital ou berço de coisa alguma, que o seja São José do Egito, mas que construa seu telhado utilizando-se de suas próprias telhas.

 

Saulo Passos é poeta, engenheiro, matemático e advogado.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Estreando no JBF!

Acabei de estrear minha coluna, "No Pé da Parede", no JBF [Jornal da Besta Fubana] editado pelo Papa Berto I, o nosso famoso escritor Luiz Berto. Esta Gazeta da Bixiga Lixa, é uma mistura de fuleragem com poesia, classificados estranhos, humor e uma certa ojeriza ao nosso líder maior, "O Cara", por quem nutro grande simpatia. Mas vale a pena conferir e participar do JBF. Com certeza um grande canal de informação inútil, como nos diria o próprio editor. Clique aqui! E divirta-se!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Bio Doido, quem não conhece?!


Quem nunca ouviu falar em Bio Doido?! Figura folclórica e bastante conhecida de São Jose do Egito. Bio, não era só engraçado, era um gênio de respostas curtas e definitivas. Tanto que os senhores de mais conhecimento de São Zé, faziam questão de indagar Bio, pra ter o privilegio de ouvi-lo numa resposta que desconcertava a pergunta. Como ele mesmo dizia, Bio não era doido o ano todo, ele era doido todo ano. No período do inverno ele tomava conta de sua roça, numa terra que tinha na zona rural. Ficava uns seis meses sem ir à cidade. Mas quando ia! Certa vês ele tava oferecendo uma terra pra vender a alguns comerciantes na feira quando um deles perguntou;

- A terra lá é grande Bio?

- Prus lado num é muito não, mas pra baixo, tudo que tiver lá é meu!

Em outra ocasião, pedia sementes de algodão ao dono de um armazém para o plantio, quando este lhe perguntou se a terra era nova, se tinha sido arada, renovada;

- E a terra Bio, é nova?

- É da idade das outras que tão lá.

Mestre Bio Doido, dono de tantas histórias, já é falecido, morreu com mais de setenta anos em São Zé, suas proezas estarão sempre na lembrança daqueles que conviveram com ele e repassadas às futuras gerações. Ou seja, não há de morrer nunca!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Um ambiente de arte e cultura!!!

Prateleira do Box
Box Sertanejo

 

Êita lugar arretado. Lugar de encontro de amigos, poetas, apologistas, admiradores da arte e toda raça de gente do sertão e plagas longínquas. La se encontra de tudo. Desde farinha de milho, produto genuinamente de São Jose do Egito, até doce de buriti do Para, passando pela legítima Cajuína do Piauí. Alpargatas de couro, pimenta, tudo de bode [queijo, lingüiça, carne...], pequi, arroz da terra, um belo rosário de cachaças e mais uma infinidade de coisas. Isso tudo agregado a um rico panorama de nossa rica cultura popular, em livros, CDs, DVDs, folhetos de cordel, de tudo quanto é artista que preze, é claro, pela qualidade. Nelcita e Neurides Ferraz, fazem a linha de frente, com um atendimento personalizado de deixar qualquer um sem querer sair de lá, indo embora morrendo de saudades e doido pra voltar logo-logo. Os livros, CDs e DVDs são os mais variados dos grandes poetas, músicos e escritores da terrinha. Uma rica mostra do que temos de mais contundente e representativo, fazendo assim, do Box Sertanejo, um lugar indispensável para uma visita. Seja pra quem mora em Recife e região, ai eu aconselho, no mínimo todo sábado, ou pra quem nos visita, a passeio ou a trabalho. O Box fica no aprazível Mercado da Madalena, que fica na Rua Real da Torre, no bairro da Madalena, na cidade do Recife. O contato por telefone é 81 3446.8596. Faça uma visita e comprove!


No Box. Em pé;  Neucita [uma das propietária] e os poetas Cícero Moraes e Kerlle de Magalhães.  Sentados; o Mestre Chico Padrosa, Jorge Filó e o  poeta Caio Menezes.

Minha página na BioPoética Pernambucana!

JORGE FILÓ
 

Jorge Renato de Menezes nasceu em Recife em 1969. Poeta cordelista e produtor cultural. Viveu a infância entre as cidades de Recife, Tuparetama, São José do Egito e Arcoverde. Nesta última, viveu da adolescência a fase adulta, quando mudou-se para o Recife, onde reside até hoje.  Membro daUnicordel - União dos Cordelistas de Pernambuco. Produtor da banda Vates e Violas. Como gosta de dizer, Jorge Filó é neto, filho, sobrinho, irmão e amigo de poetas e toca sua vida “respirando e transpirando poesia”. É filho de um grande nome da poesia popular nordestina, Manoel Filó, que faz parte da família poética do Pajeú, região do Sertão pernambucano farta em bons poetas e repentistas. Além de escrever cordéis Jorge é um hábil sonetista e escreve seus sonetos sob o pseudônimo ou quem sabe heterônimo de Anacreonte Sordano. Poeta antenado com seu tempo edita com regularidade o blog  No Pé da Parede com o qual se articula na internet e divulga a pluralidade da cena literária nordestina. Transita nas diversas cenas literárias de Recife e foi um dos percussores em unir as manifestações da poesia alternativa e da poesia popular, transitando com igual desenvoltura em eventos culturais dos mais diversos gêneros, tendo seus poemas publicados pelos fanzines alternativos em circulação.

 

Livro:
A igreja do diabo ou a contradição humana - Editora Coqueiro, 2004.

Alguns cordéis:
A medusa moderna ou besta fera da televisão - Editora Coqueiro, 2005;
Dois dedim de prosa entre Jesus e Lampião - Prefeitura do Recife, 2007.

Participação em coletâneas:
Petrus Apostolus Princeps Apostolorum – Um mote santo e algumas sacras glosas – Organizada pelos Autores, 2006;
Amores Perfeitos na Beira do Mar (organizada por Marcos Passos) - Edições Bagaço, 2007.

Em CD
A revolução dos pebas – como recitador, em parceria com a banda Fim de Feira, 2008.

 

Links relacionados:

cardápio de poesia

figura da vez

entrevista

corda virtual:

Quero César Leal me abençoando 
Pra tornar imortal minha geração

NO TERREIRO DA PAZ SALU DESCANSA
SILENCIA A RABECA GENIAL

Samico

 

blog do poeta
nopedaparede.blogspot.com


Constante do site Interpoética


quinta-feira, 2 de abril de 2009

Navegue nesta idéia!!!

Clique aqui! E faça um belo passeio pelo universo da poesia, em sua várias formas e variações. Parabéns a poeta Cida Pedrosa e ao diagramador Sennor Ramos, pelo belíssimo trabalho.