quinta-feira, 31 de maio de 2012

Um convite arretado...




Queridos[das] poetas.

Não sei se é do conhecimento de todos, mas Fábio Cabral, dono da loja Passa Disco [Shopping Sítio da Trindade, Recife], junto com mais um magote de cabras bons, criou há algum tempo aAcademia Passa Disco da Música Nordestina [APDMN], onde nomeia gente ligada ao meio, sempre com um Patrono ilustre.

Recebi recentemente o convite para assumir uma vaga, junto a grandes nomes da nossa música – Fiquei besta que só peru novo – desta Academia, e para minha grande honra terei como Patrono o Mestre Zé Marcolino. Indicação dos acadêmicosPaulo Carvalho e Xico Bizerra, por saberem da grande amizade entre meu pai e o Mestre Zé.

Pra acabar de lascar tudo, na data marcada haverá o maior lançamento dos Festejos Juninos de 2012 no Brasil, a coletânea “Pernambuco Forrozando Para o Mundo”. Um ajuntamento de mais de 40 artistas, já consagrados e da nova geração, com fino trato e acabamento de luxo, como bem merece a nossa música.

Faço então, um convite a todos que, na medida do impossível, se façam presentes a esta grande festa para música nordestina e a esta bela homenagem a esses dois grandes poetas, Zé e Mané, onde serei apenas um instrumento de guia.

Aguardo todos lá...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Um texto de Bruno Lins...

Bruno, Renata Rosa, André Nunes e Herbert.

Se você, por alguma curiosidade, inventou de consultar algum site de música, cultura ou variedades, nesses últimos dias, entre o escândalo da nudez de Carolina e o apoio de Obama ao casamento gay nos States, provavelmente ouviu falar de um cara chamado Herbert Lucena.

A notícia que correu os grandes portais de internet do Brasil, antes mesmo de ser divulgada nos sites de notícia da nossa resignada província, é a de que, o ilustre cantor, compositor e artista pernambucano Herbert Lucena, concorre, em 2012, à quatro categorias, na mais importante premiação musical do País, o Prêmio da Música Brasileira.

Lucena disputa, ao lado de grandes músicos, os prêmios de Artista Revelação, Melhor Cantor Regional, Melhor Disco Regional e Melhor Design Gráfico, no que pode se considerar um feito inédito, posto que é a primeira vez que um pernambucano, e me arrisco a dizer, um brasileiro, concorre a tantos canecos numa só edição do Oscar da MPB.

Nos idos de 2008, tive a oportunidade de estrear em disco, com o grupo Fim de Feira, através do cuidadoso trabalho de produção de Herbert Lucena. No ano seguinte, lá estávamos nós, no Rio de Janeiro, na mesma premiação, do lado de gente como Milton Nascimento, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Quinteto Violado, Elba Ramalho e Chico César.

Vencemos e comemoramos juntos a categoria Melhor Grupo Regional. Nesse mesmo ano, Herbert concorreu também pela produção do brilhante trabalho com a Mazurca de Agrestina. Ou seja, já disputava dois prêmios como produtor, numa só edição. Se alguns jornalistas o chamam de azarão é porque certamente não abriram os olhos para este pequeno detalhe.

Entretanto, o reconhecimento do trabalho de Herbert por parte da dos curadores musicais do Sudeste nos sugere muitas alegrias e algumas reflexões.

A primeira questão é justamente o lance da produção fonográfica de Pernambuco, sobretudo no campo dos artistas e grupos ligados ao forró. Redundância, falta de ousadia e desleixo com a obra em si, são aspectos recorrentes nas produções de quem trabalha nesse segmento. Ao contrário disso, o disco de Herbert aposta em grandes parcerias, arranjos criativos, pluralidade rítmica sem forçação de barra, conteúdo nas letras e um trabalho gráfico impecável.

Muita gente pode argumentar: “Ah, mas fazer disco muito elaborado hoje em dia sai caro e não vende!” Pode até ser que não venda tanto assim, mas gera conteúdo, interesse, forma novos públicos e coloca nossa arte no mais alto panteão da cultura nacional. Isso é pouco?

Por outro lado, as pessoas que fazem parte do nosso Poder Público ainda insistem em ignorar músicos como Lucena. Gestores do meu e do seu dinheiro que pagam dez vezes mais a grupos e artistas que vivem do passado, que vêm de fora cobrando cachês milionários ou que apelam pra música chula e de mal gosto, não merecem meu respeito. A propósito, o próprio título do disco de Herbert trata justamente disso “Não me peçam jamais que eu dê de graça tudo aquilo que eu tenho pra vender”.

As quatro indicações de Herbert ao antigo prêmio Sharp e Tim, são demonstrações inequívocas de que apostar num produto de qualidade sempre rende bons frutos. Outros artistas daqui, pelo esmero e empenho que dedicam ao seu trabalho também poderiam facilmente estar no lugar do nosso companheiro. Ocorre que este ano ele nos representa, e ao invés de chamá-lo de Azarão eu prefiro dizer Favorito.

Bruno Lins é Jornalista e músico da banda Fim de Feira.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Enquanto isso no sertão...



A seca que nos assola
Não provem da natureza
Pois nasce da má vontade
Casada com a safadeza
De políticos astutos
Degenerados, corruptos
Que só miram sua riqueza.

É hoje mermo...


Mais um evento arretado
Com as coisas da nossa gente
Com nossa alma contente
Tudo fica melhorado
Com um poeta “arrombado”
E uma ave cantadeira
Esse encontro de primeira
Com mais duas carambolas
Bia e Vates e Violas
Maciel e Irah Caldeira.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Cordel em HQ...




Ragu Cordel é uma publicação da editora independente Ragu, são doze livretos no formato dos tradicionais cordéis nordestinos -  (10 x 15cm, com 20 páginas de miolo em preto e branco, capa em duas cores e impresso em papel offset 90g) – embalados em uma caixa rígida de papelão impressa em policromia. As histórias em quadrinhos são adaptações de textos do universo da poesia popular nordestina: músicas, obras de autores da literatura de cordel, ou histórias sem texto que remetem a “causos” da tradição popular do nordeste.

São 12 quadrinistas pernambucanos e 5 poetas que compõem o conjunto de autores da edição. Os desenhistas: Mascaro, Lin, Ral, Flavão, Jarbas, Silvino, Samuca, Fernando Duarte, Rafael Anderson, Moa, Zalma e Raoni. Os autores dos textos: Luciana Rabelo, Siba, Adiel Luna, Cancão e José Soares.

A edição tem o apoio da Provisual Gráfica - tiragem de 1000 exemplares.

O valor da caixa com os 12 livretos é de R$ 30,00.

Para a noite do lançamento, o músico Tonino Arcoverde apresentará o seu recente CD “Depois da Chuva”, com poesia de Cancão. As violas de Eduardo Buarque e Publius Lentulos acompanham Tonino nessa empreitada.

A exposição Pinturas de Mascaro apresenta pela primeira vez a produção de pinturas em acrílica sobre tela e acrílica sobre madeira, do quadrinista, ilustrador e editor de arte do Diário de Pernambuco. São trabalhos que criam um  universo particular povoado de uma estranha e curiosa fauna humana. Encontros inusitados, realidades distorcidas e ambientes oníricos estão presentes neste conjunto de pinturas que flerta com o movimento pop surrealista e mantém presente as influências dos quadrinhos e da ilustração.

A exposição fica na Casa do Cachorro Preto  até o dia 27/05, das quintas aos domingos, das 16 às 21h.

O lançamento e a abertura da exposição acontecerá na Casa do Cachorro Preto em Olinda, novo espaço alternativo com foco na tradição das artes gráficas, desenho, gravura, ilustração...

Domingo, 20 de maio de 2012 às 17h, naa Casa do Cachorro Preto ( Rua 13 de Maio, 99 – Cidade Alta - Olinda).

Contatos: 9654.9603 – João Lin (joaolin@joaolin.com.br)
        9199.0587 – Mascaro (mascaroilustra@gmail.com)

Extraído do site Flores no Ar.

Eleições 2012...



Um voto já consolidado...

Eleições Dois Mil e Doze
Não vou ser de muita prosa
Pois já estou engajado
Na força vitoriosa
E convoco a toda gente
Seja um elo da corrente
De eleger Cida Pedrosa.

Guerreira e corajosa
Nossa competente CIDA
Vai bem nos representar
Pois é forte e decidida
Peço a todos sem segredo
Vamos votar sem ter medo
Pense nisso e se deCIDA.

Vamos firmes nessa lida
À vitória gloriosa
Todos juntos decididos
E de forma harmoniosa
Vote com o coração
Nesta próxima eleição
Bote fé, CIDA PEDROSA!

Jorge Filó

Deu no jornal...


Vai acontecer em Petrolina...


domingo, 13 de maio de 2012

Um texto de Ésio Rafael...


Em fim, os 100 anos de Cancão!



Pernambuco está vivendo em 2012 o centenário de alguns de seus filhos Ilustres.  Uns menos, outros mais cortejados, ao passo que outros nem mesmo são lembrados.  Por exemplo, Luiz Gonzaga e Nelson  Rodrigues, um já está rolando, no caso do Luiz, outro a imprensa já começa a pressionar para que haja alguma atitude das autoridades constituídas, no momento em que já saiu até entrevista com Nelson Rodrígues carreada por Geneton Moraes, hoje, correspondente da “Globo” em Londres. Justo! Nada mais justo. Afinal, Luiz por motivos óbvios merece todas e mais homenagens não só através do governo, mas do povo em geral. Nelson saiu daqui muito pequeno, o povo não o conhece, mas foi ele um Ilustre pernambucano que mudou a história (dentre outras funções) do teatro brasileiro.

Claro que existem outros centenários dignos de comemorações. Apenas são desconhecidos. Mas, ninguém vai ficar catando “centenaristas” por aí. Devem existir outros pernambucanos ilustres que lá do túmulo estão aniversariando também, mas nunca fizeram questão em vida, quanto mais em outra esfera. Há também aqueles proscritos que foram Ilustres tanto quanto os mais badalados.
Mas nós estamos aqui para falarmos dos Cem Anos de um fenômeno poético, bastante conhecido nas regiões do Cariri paraibano e principalmente do Pajeú pernambucano, trata-se do poeta João Batista de Siqueira, conhecido por Cancão, nascido no Sítio Queimadas, município de São José do Egito-PE, em 12 de maio de 1912. Apelidado de Cancão por ter sido um menino irrequieto e buliçoso, tal qual o pássaro, comum no nosso Estado. O maior contraste do Cancão já homem feito: contido, angustiado, sofrível e por demais  generoso.

Cancão – o Pássaro Poeta foi criado por ali mesmo nas atividades do  campo em contado direto com os pássaros e a natureza, personagens mais  fortes dos seus futuros  poemas. Vejamos o que disse Francisco Coutinho Filho, escritor, pesquisador, funcionário público federal, autor do livro, hoje um clássico – Violas e Repentes, publicado em Recife em 1953: ”Cancão é um agricultor pobre, de mãos calosas. Acentuadamente introspectivo, vive preso à tristeza e conformado no árduo trabalho da roça e no doce cultivo da poesia”.

Começou sua vida poética tocando viola e cantando de improviso até que em 1950 largou a profissão trocando a viola por um bico de pena, depois de perceber “que não dava pro serviço”. Com essa decisão ganhou a poesia, ganhou a região e todos nós. “Se acaso existisse um Deus da poesia, nas regiões do Pajeú e Cariri, seu nome com certeza, seria Cancão”.

Cancão é referência na boca e no sentimento poético das velhas e novas gerações, como destaque poderíamos registrar dois exemplos  recentes: O músico Tonino Arcoverde gravou um CD exclusivo com poemas de Cancão; e o poeta Lirinha vocalista da ex-banda Cordel do Fogo Encantado, gravou o poema “Tempestade”, além de recitar este e outros poemas de Cancão em seus shows. Em Natal-RN, o poeta egipciense,  Gilmar Leite, em ensaio escrito em 2009, diz: “Sempre encontrei em prefácios de livros de poesia, mais conceitos literários do que o sentido fenomenológico do mundo vivido pelos poetas. Esses conceitos cristalizados geralmente determinam a concepção do belo ao induzir os leitores a uma opinião já formada, desviando a sua capacidade de mergulharem com as suas próprias percepções”. Mais adiante do texto, o poeta Gilmar encerra o seu ensaio poeticamente: “Cancão, pureza da alma, exemplo de humildade, encantador que usou a poesia para elevar nosso espírito, pincel vernáculo dos poemas campesinos, voz singela dos humildes, plantador de sonhos e fantasias. Obrigado por nos proporcionar um mundo belo, cheio de auroras e esperanças, nesses tempos de tantos  ocasos  e  incertezas. Acredito que o poeta do “Pajeú das  Flores”  deve  estar nesse instante no paraíso celestial da  poesia, declamando poemas, acendendo estrelas e jogando orvalhos nas madrugadas celestiais”. 

Como poderia um homem simples mortal como Cancão que não chegou a concluir o curso primário nas bancas das difíceis escolas da época, numa cidade que embora historicamente “propícia às musas”, distante do poder, das decisões, das academias literárias, do foco da mídia. Ele, um misto de suposto submisso junto aos seus pares, caminhantes das feiras livres, em direção à bodega onde a literatura de cordel representava o avanço literário e tecnológico dos mais assíduos leitores, num vai-e-vem das cidades esquecidas pelos homens de BENS, ser considerado – O Deus da poesia? Apesar de todas as especulações ainda não foi bem explicado o fenômeno – Cancão. Um poeta incomum de linguagem sofisticada e incompatível com o dialeto em que fora criado,  adiantando-se que ele teria lido apenas, apenas? Fagundes Varela, Cassimiro de Abreu e Castro Alves. Todavia, isso não autoriza certos escritores e pesquisadores afirmarem categoricamente que Cancão psicografava os seus escritos, numa tentativa talvez inconsciente de não se conformarem com a capacidade intelectual do mestre, subtraindo-lhe a essência inata metafórica de sua poesia.

No livro: PALAVRAS AO PLENILÚNIO, do poeta Lindoaldo Campos, onde reúne a obra pulicada de Cancão e mais alguns textos, o poeta adverte: “Desde logo, ressalte-se, todavia, que a evidenciação de tais aspectos não tem por propósito filiar o Vate Egipciense a qualquer escola literária, mas, apenas e tão somente, delinear o seu estilo através de uma fórmula concisa, em que sejam ressaltados seus aspectos mais relevantes. Neste sentido, poder-se-ia ousar dizer que ela se ajustaria a uma espécie de impressionismo, tendo em mira que é sedimentada, toda ela, na pormenorização plástica dos elementos naturais, em que ressai a vivacidade de cores fortes e nítidas, que glorificam a variedade e a exuberância de minudências da natureza. Depois o poeta cita: Raul Brandão “na tentativa de retratar seus sítios ignorados, termina por confessar:
“o que eu queria dar só o podem fazer os pintores – os tons molhados, os reflexos verdes, o galopar das nuvens fugindo sobre a imensa superfície polida, e, por fim, ao cair da tarde, a agonia dolorosa da luz.”

Ora (continua), não é precisamente isto que Cancão logra fazer?  Então vejamos:

A água branda descia
Pelo pequeno gramado
A relva, fresca e macia,
Era um tapete rendado
Se ouvia lá da colina,
Soluçar uma cascata
E o sol com seus lampejos,
Dava os derradeiros beijos
No rosto verde da mata
(Depois da Chuva)

Em meados dos anos setenta, aconteceu um fato digno de registro. Estávamos em visita à “Velha Grécia”. Corria um sábado dia de feira. Dez horas da manhã, o sol já trêmulo. Fomos à casa de Cancão localizada no quadro da feira, para uma visita evidentemente poética e de prazer: Eu, Celis e Marcos Nigro (todos de Sertânia). Lá o encontramos nu da cintura pra cima, de mãos espalmadas tateando na parede do corredor da casa, em direção à cozinha. Embriagado 10h da matina? Imaginamos silenciosamente.  A mãe dele havia morrido há 15 dias. Era esse o motivo do desespero. Cancão chorava feito criança e dizia inconformado: – Eu quero mamãe!

Sua esposa, dona Amélia nos recebeu com o mesmo calor do sertanejo  comum.  Foi até o quarto do casal e nos trouxe uma caixa de sapatos repleta pelas bordas de poemas escritos pelo mestre em variados tipos de papéis. Inesquecível!

Esse é o perfil do homem que “viajou” em 1982, julho, precisamente.  Cancão deixou três livros: Musa Sertaneja (1967) com o prefácio do sertaniense, Wlisses Lins de Albuquerque; Flores do Pajeú (1969); Meu Lugarejo (1979). Acreditamos que publicado pela UFRPE, quando o poeta Joselito Nunes era diretor da gráfica daquela Instituição.

Em 2007, o escritor, Lindoaldo Campos prestou esse impagável serviço à população leitora de poesia e pertencente à irmandade, Cancão, ao compilar os poemas do mestre malassombrado, em um só livro: “PALAVRAS AO PLENILÚNIO” para o deleite de todos nós. Livro este, patrocinado pelo governo da Paraíba – UFPB (edição esgotada).
O projeto 100 ANOS DO PÁSSARO POETA, idealizado pelo poeta egipciense Marcos Passos, coordenado por ele, Ésio Rafael e Lindoaldo Campos, encontra-se  na: Secretaria de Cultura do Governo do Estado.  É um projeto de pequeno porte, onde consta uma estátua do mestre, a ser erguida em São José do Egito-PE, oficinas literárias, rodas de glosa, debates e o lançamento da segunda edição do livro “PALAVRAS AO PLENILÚNIO”, também encaminhado à CEPE. É a oportunidade do Governo do Estado fazer com o poeta Cancão o que o Governo do Ceará fez com Patativa do Assaré, que hoje é reputado como o maior poeta popular da América Latina.

Convocamos algumas pessoas que possam nos ajudar, pois, não é mole, concorrer com aniversariantes mais visíveis. Cancão está longe, são mais de quatrocentos quilômetros de distância daqui para São José do Egito: “A Velha Grécia”, no dizer de Wlisses Lins no seu discurso de posse na Academia Pernambucana de Letras. Estamos longe da claridade e do foco da pilha, dos que têm a chave do poder. O Projeto: Pernambuco Nação Cultural nos têm dado apoio logístico, no sentido de divulgarmos os Cem Anos de Cancão na confecção do selo: Cem Anos do Pássaro Poeta, momento em que fomos à Nazaré da Mata para traçarmos um perfil biográfico do poeta, divulgando o seu nome na Mata Norte pernambucana. No próximo dia 16, vamos à Petrolina, na região do São Francisco para fazermos a mesma coisa, desta feita, numa cidade sertaneja, onde já se conhece Cancão, inclusive professores universitários residentes naquela cidade sertaneja que cultivam o gosto pela poesia do mestre. Tudo isso com o apoio do escritor: Wellington de Melo,  Coordenador de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado, que  conhece  e reconhece Cancão. 

E… SALVE CANCÃO!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Festa para João Furiba...



O Mestre João Furiba, repentista de uma geração de cantadores imortais, entre os quais estão; Pinto de Monteiro, Antônio Marinho, os irmão Batista e tantos outros, estará neste sábado, aos 88 anos, lançando sua biografia [Convite anexo]. Uma Historia cheia de estórias e acontecimentos insólitos, dignos das grandes figuras humanas.

É imperdível qualquer contato que se possa ter com o iluminado Furiba, uma figura impar entre seus pares. Cômico, irônico, ácido, irreverente, assim é sua verve para o repente. Um cantador de viola de inúmeras habilidades.

Apenas uma de suas magníficas passagens;

Cantando com o renomado e imortal cantador Pinto de Monteiro, com quem fez dupla por décadas, sempre sendo subjugado a apenas “bater esteira” para o mestre, pega ele numa deixa mau calculada, numa falha sem precedente do “Cascavel do repente”.

Finda o verso Pinto;

Vou acender minha luz
Pra seguir o meu roteiro.

E Furiba rebate sem pestanejar;

Olhem Pinto de Monteiro
Caindo nos pés da cruz
Pois sou um analfabeto
Mas agradeço a Jesus
Pois digo muita besteira
Mas não digo acender luz.

Então, todos ao Paço!

Abraços...