terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Um recado de Alexandre Morais


Recital e muito improviso no 5º Pajeú em Poesia


Cerca de 40 poetas estão sendo esperados na grande confraternização da poesia regional, dia 25 de dezembro, em Afogados da Ingazeira. Neste dia acontece o 5º Pajeú em Poesia, uma realização do Minstério da Cultura, coordenada pela Funarte com incentivos do Programa Mais Cultura. E é por conta desta iniciativa que a entrada será franca.



Já confirmaram presença nomes como Chico Pedrosa, Dedé Monteiro, Dudu Morais, Zé Adalberto, Vinicius Gregório, Genildo Santana, Belinha, Mariana Veras, Thiele, Gonga Monteiro, Henrique Brandão, Diomedes Mariano, Paulo Monteiro, Adelmo Aguiar, Denilson Nunes, Afonso Pequeno, Lima Júnior, Zé de Mariano, Galdêncio Pereira, Júnior Cordel, Edezel Pereira, Severino Pereira, Thiago Monteiro, George Alves, Welington Rocha e Elenilda Amaral. O homenageado do ano é o poeta repentista João Paraibano.



Esta edição do evento tem a missão de apresentar e revelar novos talentos, jovens entre 17 e 29 anos. 20 jovens poetas, homens e mulheres, vão compor o elenco de recitadores e glosadores. O encerramento ficará por conta dos cantadores repentistas.



Serviço:
5º Pajeú em Poesia - Edição Jovens Poteas
Casa de Eventos Beto Show, em Afogados da Ingazeira/PE
Dia 25/12/12, às 16 horas
Entrada franca
Informações: 987) 9935.4210 - Alexandre Morais


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Foi prestando demais...



Gostaria de agradecer, enormemente, a presença de todos e todas que compareceram no sábado último passado, na nossa festa de lançamento de livro e também de confraternização dos poetas. Minha alegria em contemplar tão singular momento foi imensurável. Muito obrigado mesmo!

Não vou citar nomes, alguns que eu jamais esperei encontrar numa festa de lançamento de um livro de minha lavra, mas que lá estivem, pois todos e todas foram importantíssimos naquele momento e na vida cotidiana de cada dia. Não posso esquecer a turma da imprensa, jornais, blogs, sites... Sinto-me honrado com o apoio.

Um grande abraço em tod@as!

Agradecer cada um
Era o que eu mais queria
Pra novamente abraçar
Quem já abracei no dia
A vocês muito obrigado
Meu dia foi recheado
De poeta e poesia!

Jorge Filó.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Extraído do JBF...


FRANCISCO BERNARDO DE MENEZES – CHICO DE DEDÊS

cd1
Chico e sua companheira no velho casarão de Dedês onde moravam
Nasceu no sítio Olhos D’água, hoje município de Ouro Velho no Estado da Paraíba, em 1930. Foi ajudante de caminhão, agricultor e morava com a mulher na mesma casa centenária, sem reboco  e de chão batido, onde nasceu.
Chico escondia por trás do vasto bigode toda uma vida de aventuras, arruaças e histórias engraçadas. Gago e desconfiado, não fazia amizade à primeira vista. Num contato mais próximo, tornava-se aquilo que se pode chamar de “amigo de infância”, tal era o seu desprendimento e a sua lealdade.
Aos   oitenta anos, o seu patrimônio era um centenário casarão com paredes de tijolos nus, uma pequena  aposentadoria rural que recebia, alguns trocados que ganhava na atividade rural e um monte enorme de histórias que fizeram dele sem dúvida o sujeito mais importante daquelas plagas.
Sábio como era ,  se não foi pro céu, foi  por que não quis. O caminho ele conhecia.
cd2
Da direita  para a esquerda: Manoel Filó, Zelito Nunes, Sebastião Dias, Chico de Dedês, Dulau e Nildinho, num congresso de Cantadores em Monteiro-PB
A MISSA DA CABRA
Chico tinha uma cabra ladrona que tava entrando no roçado de um sujeito lá perto dos Olhos Dágua aonde ele morava. Um dia na feira do Boi Velho o camarada encontrou-se com ele e pediu providências e Chico prometou dar um jeito.
Na outra semana , outra reclamação:
- Mas Chico, será que vai ser preciso eu ir pra polícia?
- Pode deixar Fulano, que não vai mais acontecer.
Dois dias depois o cabra encontrou Chico:
- Chico, assim não dá, você tem que dar um jeito nessa cabra!
Chico respondeu :
- Agora meu velho, a única coisa que eu posso fazer é rezar uma missa pra alma dela pois eu já matei a coitada, vendi o couro e até já comi a buchada.
Chico, que já vinha doente, passou mal e foi levado pra Monteiro. Lá o médico, depois de examiná-lo, recomendou:
- Seu Chico eu vou mandar aplicar um soro no senhor.
E Chico respondeu:
- Doutor, eu prefiro que o senhor me dê o leite ou o queijo, o soro não vai resolver meu problema não.
Melhorou e voltou pros Olhos Dágua. Dois dias foi de novo pra Monteiro.
Dessa vez , não voltou mais.
Aí , todos os olhos do lugar se encheram d’água com a sua partida.
cd3
Em frente à casa de Paulo Preto na Boa Vista dos Barões, município de Prata-PB; na foto Chico de Dedês está em pé; sentados: Nerise, Edelzuita Rabelo, Zelito Nunes, Santanna, Antonio de Catarina, Edleuza, Luciano Nunes e outros

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Lançamento novo Livro-cordel...


No próximo dia 15, deste último mês do ano de 2012, estarei lançando meu novo livro-cordel “Os de cá, com os de lá ou Um encontro inusitado”, com edição participante de uma coleção de livros editados pelo Ponto de Cultura Interpoética, dos amigos Sennor Ramos e Cida Pedrosa, e que já teve publicados os livros dos poetas Cida e Miró, dois grandes ícones da poesia contemporânea.

O livro apresenta dois cordéis, um primeiro enaltecendo tanto a poética do cordel, quanto seus fazedores, os chamados Cordelistas. O segundo trabalho traça um paralelo entre as gerações atuais fazendo um passeio por várias outras gerações, reverenciando grandes nomes, não só do cordel, mas também do repente, da glosa e da viola.

Com apresentação primorosa da Doutora em Literatura de Cordel, Maria Alice Amorim, hoje uma das mais respeitadas autoridades em cordel, e com diagramação perfeita e bem acabada de Sennor Ramos, o nosso livro é um verdadeiro presente de fim de ano. Espero que agrade a todos, pois a mim, já agradou bastante, e aguardo todos para uma grande festa de lançamento e de confraternização entre os amigos.

Grande abraço em todos...

Serviço:
Lançamento do livro-cordel
“Os de cá, com os de lá ou Um encontro inusitado.”
Onde? Box Canto Sertanejo [Mercado da Madalena]
Quando? Dia 15 de Dezembro de 2012
Que horas? A partir das 12h
Inf. 81-9975.2645 ou poetafilo@gmail.com

Participação de vários artistas; declamadores, cantadores, prosadores...

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Patativa em homenagem...


O Canto do Patativa é uma homenagem que se presta a um dos grandes poetas brasileiros, o Patativa do Assaré. O projeto inclui um cordel biográfico e uma coletânea com 12 poemas: Dor gravada, A triste partida, O paraíso das aves, O boi zebu e as formigas, O peixe, Filho de gato é gatinho, Vaca Estrela e Boi Fubá, entre outros, transcritos no livro e ainda declamados em um CD encartado. A coordenação editorial é de José Mauro de Alencar, que também responde pela autoria do cordel sobre Patativa. 
O livro teve o seu projeto premiado pelo Ministério da Cultura, na categoria Livro, CD e DVD, em primeiro lugar.




José Mauro de Alencar nasceu no Crato – CE. Participou das coletâneas: Amores perfeitos na beira do mar, Retratos do Sertão, O que eu admiro – fábulas acordeladas de bichos nadantes, andantes e voantes das terras deste mundo-sertão, Luna, caos e lama. Publicou os livros: Cuia de poeta cego / tem verso de toda cor, Fiz do choro das cordas da viola / o maior ganha-pão da minha vida – uma biografia com poemas do violeiro repentista Zé Vicente da Paraíba. José Mauro de Alencar vive entre Olinda, o Mar e o Rio Capibaribe, sem esquecer o Sertão do Araripe. Atualmente responde pela Gerência do Memorial Luiz Gonzaga.



Ficha técnica do Projeto
Coordenação editorial: José Mauro de Alencar (Edições Ararype)
Xilogravuras: Severino Borges
Revisão: Pedro Américo de Farias
Design gráfico: Patrícia Lima
Foto: Ana Siqueira
Ilustração de capa: José Mauro de Alencar 
Viola: Flavio Souza
Acordeon: Jaiminho de Exu
Estúdio de gravação: ZRG-Estúdio / Zé Roberto 


Mais informações: http://cuiadepoeta.blogspot.com.br/ 




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Uma Ópera de Lourinaldo...

Capa do CD

Nasceu em Venturosa, Pernambuco, é filho do poeta Joaquim Vitorino, escreve versos desde 7 anos. Depois de iniciar sua carreira artística no Nordeste brasileiro, aos 16 anos, cantando com vários poetas famosos, como o seu irmão, o cantador Diniz Vitorino, e tantos outros, mudou-se para São Paulo, dando seqüência à sua profissão.

Apresentou-se em vários programas de televisão, dentre eles: Som Brasil, com Rolando Boldrin e depois com Lima Duarte, na Rede Globo; teve participação marcante no programa de Moacir Franco, na Rede Record.

Organizou vários festivais e cantorias na CPC-Umes, tem  dois CDs solo e um em parceria com o poeta cantador Oliveira de Panelas, várias músicas gravadas por artistas da MPB, como por exemplo Adauto Oliveira, Fortaleza.

Lança agora seu mais ressente trabalho, o CD Ópera de Cordel, com direção musical do poeta e cantor Maciel Melo, um belo ajuntamento de poesias e canções autorais.

Serviço:

O que? Lançamento do CD "Ópera de Cordel."
Participação e direção de Maciel Melo.
Artista: Lourinaldo Vitorino.
Onde? Box Canto Sertanejo. [Mercado da Madalena]
Quando? Neste sábado. [Dia 24]
Que hora? A partir do meio-dia.

Presença de vários artistas; Declamadores, cantores, apologistas...
VENHAM TODOS!!!

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Assim caminha a "humanidade"...

O termo “Industria da Seca” já está tão batido e banalizado, que hoje não exprime mais o contesto ao qual se emprega. Não dá mais a dimensão que deveria dar. As pessoas falam, citam isso e ninguém mais é capaz de potencializar o quão grave, desumano, cruel e toda sorte de adjetivo pejorativo, isso implica.

Seres humanos, gente de verdade, aqui, bem aqui, no nosso sertão, sendo, de forma imposta, obrigados a se humilhar, passar fome, sede e viver sob as mais terríveis condições para qualquer ser vivo. Agora pasmem, isso tudo patrocinado por seus iguais, sua própria gente.

Não são políticos/administradores do sul/sudeste, ou estrangeiros quem nos exploram, são nossos próprios representantes. Algo inconcebível em qualquer civilização, em qualquer circunstância. Vá entender o bicho homem!!!



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Ainda a velha industria...


A água que falta a gente
Não é culpa da estiagem
Vem da falta de coragem
Da política, que é ausente
É de uma raça que mente
E engana o próprio irmão
Vem da falha na ação
De quem jurou não falhar
E ao invés de trabalhar
Trás é vergonha a nação.

Foto do JC de hoje!

De sábado a oito...


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Adiamento...


Infelizmente não estarei com meu novo livro em Arcoverde. Por questões operacionais, a gráfica não terá tempo para entregar.
Vou participar do evento declamando e falando sobre cordel, com o livro já lançado "A Igreja do Diabo ou A contradição humana". Agradeço a compreensão de todos e em breve marcaremos nova data para o lançamento.

Então é isso, amanhã as 19h, na Praça da Bandeira, em Arcoverde, participando da 2ª Feira do Livro e do Conhecimento.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Primeiro em Arcoverde

Todos estão convidados para o primeiro lançamento do meu novo livro-cordel na 2ª Feira do Livro e Conhecimento dos Sertões, em Arcoverde.

Uma realização da LiraCultural Livraria, em conjunto com vários outros parceiros de Arcoverde e região.

O livro é mais um lançamento das Edições Interpoética, com diagramação de Sennor Ramos e texto de apresentação de Maria Alice Amorim, nossa Doutora em cordel pela PUC SP.

Aguardo todos lá...


domingo, 28 de outubro de 2012

Novo livro!


Em breve, ainda este mês de novembro próximo, estarei lançando meu mais novo livro-cordel, com diagramação e edição esmerada de Sennor Ramos e luxuosa apresentação de Maria Alice Amorim, uma das nossas maiores conhecedoras do gênero, com doutorado pela PUC, tendo o cordel como tema.

O livro contem dois poemas de cordel, um em setilhas e outro em sextilhas, sendo o primeiro, um poema de apresentação e exaltação do poeta cordelista. Já o segunda é do que trata o título do livro “Os de cá, com os de lá Ou um encontro inusitado”, e retrata uma grande reunião de jovens poetas da atualidade com grandes vultos da arte do verso.

Aguardo mas este parto com ansiedade e espero contar com a presença de todos os amigos para fazer-mos uma grande festa para a poesia nossa de todo dia. Logo divulgaremos as informações para que todos compareçam. O livro sairá pelas Edições Interpoética, sendo parte da coletânea onde já foram publicados os livros Miúdos, de Cida Pedrosa, e DizCrição, de Miró.

Grande abraço...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Viva! Viva! Viva!!!


Mais uma Jornada cumprida. De volta, renovado e já esperando outras jornadas. Muito bom estar em Buíque, Pesqueira e Arcoverde. Muito bom poder compartilhar de conversas com José Maria, Marcos Passos, Antonio Marinho, Maria Alice, Felipe Junior, Sennor Ramos, George Silva, Kerle Magalhães, Aurilene Oliveira... Maravilha falar de poesia, de cordel, de literatura.

Agradecer ao SESC-PE, não só pela minha participação nesta IV JLPS, mas por tudo e por todos que ali estiveram esses onze dias, é de estrema precisão, em seus sentidos mais amplos. Dizer um “MUITO OBRIGADO” pela iniciativa, pelo empenho e pela dedicação com que realizam este evento, é um dever mínimo. Sua hipérbole ainda seria um eufemismo.

Para definir com exatidão, só um PQP... Foi do K...

Agradeço a tod@s na figura do maestro José Manoel Sobrinho. VALEU!!!


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Programação completa...




Terá inicio nesta quarta, dia 10, a 4ª Jornada Literária Portal do Sertão, uma realização do SESC-PE, ao qual agradeço o convite, que este ano abrange as cidades de Arcoverde, Tupanatinga, Sertânia, Buíque e Pesqueira, além de vários distritos destes municípios.

A programação, que vem crescendo a cada edição, tem neste ano grandes nomes da literatura, não só local ou do estado, mas com representantes do meio nacional.

Fico feliz em participar de tão grandioso evento que leva ao interior do estado um evento de altíssimo nível e que desperta, cada vez mais, o interesse do povo da região pela arte e pelas letras.

Clique aqui e veja a programação completa.

domingo, 30 de setembro de 2012

Minha jornada...


Minha participação na 4ª JLPS [Jornada Literária Portal do Sertão]

Dia 11.Out | 16h | Buíque

Mesa “O DNA da poesia se escreve no sangue”
Com: Jorge Filó, Antônio Marinho, Marcos Passos e mediação de José Maria Almeida Marques. [Arena das Letras, Anfiteatro, Centro]

Dia 18.Out | 16h | Pesqueira

Mesa “Literatura de cordel nas ondas da internet”
Com: Jorge Filó, Maria Alice Amorim, Sennor Ramos e mediação de Felipe Junior. [APLA, Praça da Rosa, Centro]

Dia 19.Out | 09h | Arcoverde

Ação: Um escritor na minha escola
Com: Jorge Filó, George Silva e Kerle Magalhães [Escola Antônio Japiassu]

É motivo de grande felicidade e honra poder estar em mais uma jornada. Na ocasião já estarei com meu novo trabalho editado e em breve comunico local, data e hora do lançamento em Arcoverde. Aguardo todos lá. Esta, JLPS, é uma grande ação do SESC-PE e é muito bom poder participar.


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Vendendo o peixe [livro]...



Pra quem ainda não tem, Fábio Cabral, nosso amigo dono da maior e melhor loja de discos [CDs e vinis] do Mercosul, que também abre espaço para literatura, é claro, seguindo o mesmo víeis cultural, coloca em suas prateleiras o meu livro-cordel “A Igreja do Diabo ou a contradição humana”, uma adaptação de um conto do escritor Machado de Assis para a linguagem de cordel, que já está na sua 2ª edição.

Ta dado o recado!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Pausa para as eleições...




Já vinha, há várias eleições, sem muita empolgação nas campanhas políticas. Não só pela falta de comprometimento da maioria dos que se arvoravam a concorrer a algum cargo, mas também pelo nível das campanhas, dos debates, da forma, em si, do fazer política. Tudo muito superficial e aquela velha briga entre os novatos, sem ter nenhum preparo, muitas vezes herdando o espólio do pai, como se eleitores fossem gado, e os veteranos, já tão cheios de vícios e cada vez mais vorazes.

Então eis que nos se apresenta, para as eleições 2012, como uma bela alternativa, a empolgante figura da amiga, poeta, escritora, advogada social, ativista cultural e, acima de tudo, humana, sensível e sem apegos artificiais, de Cida Pedrosa. Uma mulher que sempre batalhou por causas sociais, que sempre promoveu a arte e valorizou os artistas, os poetas, que sempre enalteceu as belezas de sua [nossa] cidade.

Meu voto é de Cida Pedrosa como um último suspiro de possibilidade de termos alguém que definitivamente nos represente enquanto classe artística e sociedade como um todo. Sou de Cida para, junto com ela, construirmos uma cidade mais justa, mais cultural, mais humana. Voto 65613, com muito orgulho, e convoco a tod@s para nos unirmos num só grito, num só canto, num só verso... Se dêCIDA você também!!!

domingo, 23 de setembro de 2012

Uma mesa enfeitada de poesia...



Uma noitada para ficar guardada nos arquivos mais que especiais da memória. Primeira Mesa de Glosas, oficial, do Bar Acalanto, no Recife. Uma festa de repente e poesia, com grandes apresentações dos glosadores participantes, junto com intervenções de declamadores e oradores, que encantaram o público que esteve presente no Bar Acalanto, nesta noite de quinta passada [dia 20.09].

Uma noite de puro improviso, coordenada por este poeta, Jorge Filó, e Marcos Passos, este, apresentador e chefe do cerimonial da noite. O material [motes e temas] foi devidamente confeccionado, pelos dois já citados, com o auxilio, mais que luxuoso, do poeta e pesquisador Ésio Rafael, e foi magistralmente improvisado pelos Mestres Adiel Luna, Clecio Rimas, João Luiz, Kerle Magalhães, Gleison Nascimento e Thiago Martins.

O poeta Ésio Rafael abriu a noite fazendo um pequeno preâmbulo do que seria uma mesa de glosas, sua origem, seus grandes mestres, esclarecendo a platéia do que ia acontecer ali, para depois Marcos Passos iniciar a chamada dos poetas participante para a mesa e dar inicio aos trabalhos. A mesa, onde o verso é feito de improviso, foi intercalada por recitais de vários outros mestres presentes.

Antonio Marinho, Maciel Correia, Luciano Pedrosa, Miguel Marinho, Wolnei Mororó, Helton Moura, Cida Pedrosa, foram alguns dos nomes que deram seu recado, recitando seus poemas para uma platéia selecionada e extremamente respeitosa com os artistas. De fato, uma noite que foi muito além de nossas expectativas, por ser uma primeira experiência. Faremos mais, faremos melhor, com certeza. Esta parceria entre os poetas e o Bar Acalanto, do amigo Marquim, só esta começando.

Então, para quem não pode ir a este primeiro encontro, pode aguardar que outros mais virão. A Mesa de Glosas já é uma instituição dos nossos poetas e será, devidamente, elevada a quintessência nos nossos eventos. Meu muito obrigado a todos que fizeram parte desta bela experiência, e que ainda me deram uma canja para re-relançar meu livro. Valeu!!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Vamos todos!!!




Festa para poesia.

Realizaremos nesta próxima quinta [dia 20], a partir das 19h, no aconchegante e cultural Bar Acalanto, nossa 1ª Mesa de Glosas do Acalanto, juntamente com uma noite de autógrafos do livro-cordel “A Igreja do Diabo ou A contradição humana”, do poeta Jorge Filó. Uma adaptação de um conto do grande escritor Machado de Assis.

Os poetas que comporão a mesa, já definidos, são; Maciel Correia, Caio Menezes, Clécio Rimas, Adiel Luna, João Luiz, Kerle de Magalhães, Gleison Nascimento e Thiago Martins, com possíveis mudanças, com a inclusão de novos membros. O mediador da mesa será o poeta Marcos Passos. Como declamadores estarão presentes Antônio Marinho, Ésio Rafael, Pedro Américo, Dionésio Felipe e muito outros. Teremos uma noite inteiramente voltada para arte do improviso, posto que as glosas são feitas de repente.

As mesas de glosas já vêm sendo praticadas desde tempos remotos, tanto pelos próprios repentistas como pelos apologistas do repente ou poetas de bancada. Por não ter o ritmo acelerado do repente propriamente dito, nem o auxilio da viola, a glosa tem seus grandes mestres tanto dentro como fora dos que fazem profissão da arte do improviso, da cantoria de viola. Recife vem se tornando um grande seleiro de poetas praticantes desta modalidade.

Por tanto, convidamos a tod@s para essa grande noitada de poesia feita no calor do improviso, pelos melhores poetas da cidade, além de desfrutar de um dos mais agradáveis ambientes para boemia do Recife que é o Bar Acalanto, um recanto que acalanta amigos e todos que buscam por um ambiente agradável e de bom gosto.

Serviço

O que? Mesa de Glosas do Bar Acalanto/Noite de autógrafo
Onde? Bar Acalanto [por trás do Mercado da Encruzilhada]
Quando? Nesta quinta [20 de setembro]
Que horas? A partir das 19h.
Entrada franca/Livro R$ 20,00 [Vinte Reais]
Inf. 81.9975-2645 [Jorge Filó]

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Uma boa viagem...

Uma cidade musical.



Carnaíba é Pajeú...oa viagem....

            Encravada em pleno Vale do Pajeú, rio que em seu curso, segue contrário ao mar, indo em direção a Floresta, sertão adentro, está a pacata, bela e musical Carnaíba. Limpa, bem cuidada, como deve ser toda cidade, e como é da obrigação de todo gestor público. Essas são características da maioria das cidades do Vale, tirando a parte musical, peculiar a Carnaíba, terra que tem no compositor Zé Dantas, sua maior referencia.

            Estive por lá derna de terça, dia 28 do mês passado, ficando por lá até domingo, dia 02 de setembro, onde fui participar, como coordenador e declamador, a convite do produtor cultural e carnaibense João Eudes, nos dias 31.08 e 01.09, do 1º Pajeú das Flores do Repente e da Viola, um festival que reuniu a nata dos profissionais da arte do improviso. Dez dos melhores repentistas da atualidade estavam lá pra abrilhantar este primeiro encontro de cantadores, de muitos outros que virão.

            Intercalando as duplas de repentistas estiveram presentes com seus recitais os poetas Chico Pedrosa, Dedé Monteiro, Iponax Vila Nova e eu, como já citado. O evento foi apresentado pelo poeta e mestre de cerimônia, Felisardo Moura, que não deixa de ser uma atração aparte, por tratar-se de um grande conhecedor da arte e dos artistas do repente. Para se obter um resultado final, foi formada uma comissão julgadora, com nomes como Lula Terra, Ésio Siqueira, Luiz Gonzaga, Gonga Monteiro e Luiz Homero, este último, substituído por mim na segunda noite.

Vale salientar que esta comissão não julga o poeta, e sim seu desempenho naquela apresentação, como o tema a ser desenvolvido, com conhecimento, a métrica e a rima perfeitas, além de outros critérios. O resultado final, de forma individual, onde o cantador era classificado e não a dupla, seria dado através da soma dos pontos da primeira e da segunda noites, sendo divulgado apenas ao término do evento. Classificaram-se em 1º, 2º e 3º lugares, respectivamente, os cantadores;

Dió, Valdir e João.


Valdir Teles – R$ 3.000,00
Diomedes Mariano – R$ 2.500,00
João Paraibano – R$ 1.500,00

O poeta, músico e produtor cultural João Eudes, organizador do evento, que teve o apoio do Gov. do Estado e do FunCultura, fez a entrega dos prêmios juntamente com autoridades locais. Além da premiação em dinheiro, todos os repentistas receberam um cachê individual de R$ 1.500,00, além de hospedagens e alimentação. Foram dois dias de uma grande festa, de uma grande reunião de mestres do improviso. Voltei renovado e com a certeza de que a arte se perpetuará...

Valeu a todos!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Festa em Carnaíba.


Nesse próximo fim de semana, sexta e sábado [31.08/01.09], a cidade de Carnaíba, no sertão do Pajeú, se transformará no maior palco para a arte do repente e a da viola. Dez dos melhores repentistas da atualidade estarão disputando o “I Pajeú das flores do repente e da viola”, num grande festival que movimentará toda região, que faz do Rio Pajeú, um veio de poetas, como em nenhuma outra região.

Nomes consagrados como os de João Paraibano, Sebastião Dias, Valdir Teles, todos de grandeza incontestável, estarão participando do grande evento, que ainda conta com declamadores como Dedé Monteiro, Iponáx Vila Nova, Chico Pedrosa e Jorge Filó. O encerramento é com chave de ouro e trará a banda Vates e Violas, numa apresentação de seus CDs mais recentes.

Uma comissão julgadora, com membros reconhecidamente gabaritados, fará a avaliação dos concorrentes, que terão uma premiação em dinheiro [1º, 2º e 3º lugares], alem dos cachês, já previamente combinados. O julgamento será individual e as duplas, assim como o material a ser cantado, serão sorteados momentos antes do inicio da disputa. A premiação será individual.

O evento, nos dois dias, terá inicio sempre às 20h [Oito da noite] e será comandado pelo poeta, radialista e experiente apresentador Felisardo Moura, que sempre representa uma atração a parte. Com curadoria e organização do poeta e cantador João Eudes e apoio do estado de Pernambuco, através do FUNCULTURA, esta primeira edição promete ser o ponta pé inicial para um circuito em várias outras cidades da região pajeuzeira.

Mais informações com João Eudes:
Fone 81.9129-2217 ou joaoeudesmamulengo@ig.com.br

Todos estão convidados!

Clique na imagem.

sábado, 25 de agosto de 2012

Eita agosto...



Pai Zé.

Esse mês de agosto nunca foi muito amistoso com os nossos. Alguns deles acharam de fazer a viagem derradeira justamente nesse mês do desgosto. Semana passada homenageei meu pai, Manoel Filó, falecido há 07 anos no dia 21 deste, agora vem meu avô paterno, o poeta José Filomeno de Vasconcelos, Zé Filó, o patriarca de uma dinastia de 14 irmãos[ãs], que se desdobrou em umas centenas de descendentes.

Nascido no século trasado, no ano de 1896, encantou-se há 30 anos exatos, num mesmo 25 de agosto, do ano de 1982. Hora sisudo, por vezes brincalhão, foi dos primeiros poetas de nossa linhagem que se seguiu adiante nos filhos, netos, sobrinhos, bisnetos...

De sua verve, saíram estrofes memoráveis e de elevado destaque no meio poético dos cantadores repentistas, que, embora nunca tenha cantado, sempre foi admirador e conviveu com esses artistas. Seus versos e motes, de bancada, sempre nortearam o universo da poesia do sertão, das coisas de sua terra e de sua gente.

Deixo aqui uma de suas pérolas e coloco o mote em aberto para os glosadores que forem tocados pela inspiração...

Uma saudade infestada
Toda vida eu sempre tive
Que não sei como se vive
Sem ter saudade de nada
Até mesmo um camarada
Quando faz uma partida
Nos deixa por despedida
Uma saudade encravada
Não ter saudade de nada
É não ter nada na vida.

É um orgulho arretado pertencer a essa arvore genealógica...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Domingo em Olinda!!!



Vai ser grande o movimento
Só pra ver o lançamento
Da sensação do momento
Não perca esta ocasião!
Tem forró, xote e baião
Pra meninos e meninas
Com o trio d´As Severinas
Nos oito pés em quadrão!

E eu lá...

Ano 07...



Hoje, dia 21 de agosto, completam sete anos do fim do passeio do meu velho pai pelo plano terreno. Não é uma data redonda, nem do encantamento nem da idade, que seria de 82 anos no próximo dia 13 de outubro, mas quem precisa, seja lá do que for, pra lembrar e exaltar, uma ausência tão presente.

Sinto sua falta sempre e em momentos específicos chego a senti-lo, sem o atrito inerente a matéria, claro. Lição que ele mesmo me ensinou.

Elimino a ofensa do atrito
Atravanco os portões da ventania
Faço a caixa do mar ficar vazia
Boto um teto no vão do infinito
Desintegro as pirâmides do Egito
Compro o ouro que tem no Vaticano
Recupero o desastre Iraquiano
Boto um cabo na concha do espaço
Atravesso o Atlântico pelo braço
Nos dez pés de martelo alagoano.

Quando conheci/decorei esse martelo, com seus versos de grandeza e de feitos impossíveis, tema comum entre os poetas, não percebi a força do verso “Elimino a ofensa do atrito” , que no caso, seria eliminado apenas o que feri e machuca, pois em tudo existe atrito. No afago, no beijo, até mesmo num leve sussurro.

Esses versos servem para demonstrar um pouco do gênio que foi o Mestre Manoel Filó. Homem simples, com pouca formação convencional – aprendeu a ler e escrever – mas de uma sensibilidade e percepção das coisas da vida, da natureza e do seu universo sertanejo principalmente, que saltavam aos olhos pela sua elegância, aos ouvidos pela fala ponderada e firme, e a todos os sentidos pela sua nobreza de conduta e majestade de seus poemas.

Sete anos!

Uma saudade, não finda
Um amor que nunca cessa
Uma vontade, sem pressa
De um dia encontrá-lo ainda
Uma dor que já não brinda
Quando ardia o coração
Um sentir de cada irmão
Minha mãe, fé e verdade
Sete versos de saudade
Pra ganhar sua benção.

Depois nois bole nisso...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Tá chegando o dia... Todo o Pajeú aguarda...


Ôh coisa arretada...


“Tesouros do Cariri”, com esse título o poeta e produtor paraibano, Marco Di Aurélio, vem fazendo documentários, em forma de curtas, com os mais valorosos artistas desta rica região do solo da Paraíba.

Dentre eles, destaco a cantora e compositora de Zabelê, Sandra Belê, uma artista dessas que orgulha qualquer um que tenha o mínimo de apreço a sua terra, a seu chão sertanejo. Ainda tem o auxilio luxuoso de músicos de primeira linha.

Parabéns a todos, artistas [veja os outros curtas da série], equipe de filmagens, depoentes e ao Mestre Marco, um marco no resgate e na preservação cultural de todo uma nação sertaneja. Segue o vídeo;

Mais um que viajou...


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dois momentos...


Ultrapassamos a marca dos 80 mil acessos ao nosso blog. Coisa muita pra quem esperava pouco, ou não tinha pretensão alguma, quando começou a futucar por essas paragens internéticas, sempre divulgando e mostrando as nossas manifestações culturais. Isso muito me alegra.

Agradeço a tod@s que contribuem e participam desta pequena contribuição na promoção e elevação da cultura do nosso povo sertanejo.

Aproveito para expressar minha alegria em estar presente nas comemorações pela passagem do centenário do poeta João Batista de Siqueira, Cancão, em São José do Egito. Um deleite...

Na foto abaixo, alguns dos participantes da roda de glosa, ponto Maximo da homenagem ao Pássaro Poeta, com grande presença de público, e de inspirada noite dos poetas glosadores participantes.

Parabéns a tod@s que fizeram parte da organização do evento.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ta chegando o dia...


Venha ver no Pajeú
A poesia jorrando
O repentista inspirado
Seu poema fabricando
Retirando o improviso
Do porão do seu juízo
Pra depois o ver brilhando.