segunda-feira, 31 de maio de 2010

É nesta quinta!!!

 

Vamos divulgar e prestigiar este grande nome da nossa rica música da nação sertaneja.

Anchieta Dalí, além de grande compositor, é cantador, arranjador, produtor, e o scambal, dele mesmo e de vários outros nomes da nossa música nordestina.

Neste seu novo trabalho, o poeta faz uma miscelânea de forros, xotes, e baiões, que produziu, sozinho ou em parceria, com nomes como; Maciel Melo, Carlos Vilela, Abdias Campos, entre outros.

Vale conferir os dois, a apresentação e o CD.
Esse é um convite pra ninguém perder!!!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Já é amanhã!!!



Amanhã [sexta, 28 de maio] no nosso ESPAÇO CULTURAL CACHAÇARIA MATULÃO, mais um grande encontro, mais uma grande reunião, de poetas e fazedores de arte, da nossa cultura sertaneja.
Uma das mais festejadas cantoras desta nova geração forrozeira, lança seus mais recentes trabalhos [CD e DVD], DiAmoR. Patrícia Cruz, nos brinda com uma apresentação do mais autentico forro Pé-de-serra, festejando a chegada do nosso tão esperado período junino.
Vale conferir!

Serviço:

O que? Lançamento CD e DVD, DiAmoR
Patrícia Cruz
Quando? Dia 28 de maio 2010
Onde? Espaço Cultural Cachaçaria Matulão [Box 34, Mercado da Boa Vista]
Que hora? Das 16h às 20h [horário do mercado]
Entrada grátis!



Mais uma da PassaDisco! É hoje!!!





quarta-feira, 26 de maio de 2010

Um texto de Marcelino Freire!

Capa do livro de Marcelino

Marcelino Freire é Moxotozeiro de Sertânia-PE, hoje radicado em Sampa e no mundo. Dono de uma verve inconteste, é hoje um dos mais festejados escritores brasileiros, sem nenhuma dúvida. Sua escrita, contundente, testemunha isso!



Eu não sou da paz.

Não sou mesmo não. Não sou. Paz é coisa de rico. Não visto camiseta nenhuma, não, senhor. Não solto pomba nenhuma, não, senhor. Não venha me pedir para eu chorar mais. Secou. A paz é uma desgraça.

Uma desgraça.

Carregar essa rosa. Boba na mão. Nada a ver. Vou não. Não vou fazer essa cara. Chapada. Não vou rezar. Eu é que não vou tomar a praça. Nessa multidão. A paz não resolve nada. A paz marcha. Para onde marcha? A paz fica bonita na televisão. Viu aquele ator?

Se quiser, vá você, diacho. Eu é que não vou. Atirar uma lágrima. A paz é muito organizada. Muito certinha, tadinha. A paz tem hora marcada. Vem governador participar. E prefeito. E senador. E até jogador. Vou não.

Não vou.

A paz é perda de tempo. E o tanto que eu tenho para fazer hoje. Arroz e feijão. Arroz e feijão. Sem contar a costura. Meu juízo não está bom. A paz me deixa doente. Sabe como é? Sem disposição. Sinto muito. Sinto. A paz não vai estragar o meu domingo.

A paz nunca vem aqui, no pedaço. Reparou? Fica lá. Está vendo? Um bando de gente. Dentro dessa fila demente. A paz é muito chata. A paz é uma bosta. Não fede nem cheira. A paz parece brincadeira. A paz é coisa de criança. Tá uma coisa que eu não gosto: esperança. A paz é muito falsa. A paz é uma senhora. Que nunca olhou na minha cara. Sabe a madame? A paz não mora no meu tanque. A paz é muito branca. A paz é pálida. A paz precisa de sangue.

Já disse. Não quero. Não vou a nenhum passeio. A nenhuma passeata. Não saio. Não movo uma palha. Nem morta. Nem que a paz venha aqui bater na minha porta. Eu não abro. Eu não deixo entrar. A paz está proibida. A paz só aparece nessas horas. Em que a guerra é transferida. Viu? Agora é que a cidade se organiza. Para salvar a pele de quem? A minha é que não é. Rezar nesse inferno eu já rezo. Amém. Eu é que não vou acompanhar andor de ninguém. Não vou. Não vou.

Sabe de uma coisa: eles que se lasquem. É. Eles que caminhem. A tarde inteira. Porque eu já cansei. Eu não tenho mais paciência. Não tenho. A paz parece que está rindo de mim. Reparou? Com todos os terços. Com todos os nervos. Dentes estridentes. Reparou? Vou fazer mais o quê, hein?

Hein?

Quem vai ressuscitar meu filho, o Joaquim? Eu é que não vou levar a foto do menino para ficar exibindo lá embaixo. Carregando na avenida a minha ferida. Marchar não vou, ao lado de polícia. Toda vez que vejo a foto do Joaquim, dá um nó. Uma saudade. Sabe? Uma dor na vista. Um cisco no peito. Sem fim. Ai que dor! Dor. Dor. Dor.

A minha vontade é sair gritando. Urrando. Soltando tiro. Juro. Meu Jesus! Matando todo mundo. É. Todo mundo. Eu matava, pode ter certeza. A paz é que é culpada. Sabe, não sabe?

A paz é que não deixa.

Marcelino, eu e Lirinha.
Jornada Literária de Arcoverde, 2009.

Para saber mais de Marcelino, clique aqui!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Poetas do Matulão!!!




Cachaçaria que cabe
Tudo que é tipo de ensaio,
Cabe Vates e Violas,
Luminosos feito um raio,
Na tarde/noite da sexta
Deste 21 de maio.

Dedé Monteiro

Eita festa da bexiga,
Esta que eu vou perder
Não escutarei Dedé
Nem Jorge Filó vou ver
Não estarei no mercado
Mas aqui em outro Estado
O que me resta é torcer.

Ademar Rafael - Marabá-PA

Não quero ficar de fora
Se a obra é do Filó
E se há VATES E VIOLAS
Quem não for vai ficar só
Convite vir do Dedé
Eleva ainda mais a fé
Que é boa que nem jiló 

João Alderney

Mercado da Boa Vista
É uma alegria só
Vamos lá prestigiar
O grande Jorge Filó
Mesmo não sendo de graça
Vou lá prá beber cachaça
Até ficar só o pó.

Clênio Cordeiro

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Um tributo ao Mestre Nido!!!




Nido do Acordeom é um dos mais versáteis músicos de Pernambuco. Tocou desde Luiz Gonzaga, passando por Miúcha, Milton Nascimento, enveredou pelo Mangue Beat, e por ai vai.

Hoje toca com a Banda Vates e Violas e com o Velho Xaveco do pastoril profano. Sua sanfona foi do Mestre Sivuca, o que comprova seu tempo de uso, bom uso por sinal. O tributo que presta amanhã, em Candeias, é mais uma forma de ajudar o grande música a adquirir um novo instrumento.

Esperamos todos lá, pra curtir muita música boa e de qualidade inquestionável.

Mestres da poesia!

Jessier Quirino



MEU NOME NÃO TEM SUSTANÇA
Eu quero trocar meu nome
Prum nome mais verdadeiro
Pois Nuca de Zebedeu         
Não tem sustança nem cheiro.
Quero um nome de Doutor
Graúdo, respeitador:
Astragildo de Medeiro.


Astragildo de Medeiro
Ô nomezim arretado
Com ele bem adubado
Eu era um filosofeiro
E dizia em toda altura:


– O Raso não tem Fundura
No Planeta Brasileiro!


O Raso não tem fundura
Ia pro Repórter Esso
Ia ser grande sucesso
A minha filosofura
Os doutor naquela altura
Espalhava o boateiro
E dizia: “Meu cumpade,
O dono dessa verdade
É Astragildo de Medeiro”.


Já um nome apeiticado
Já um nomezim reimoso
Já não é considerado
Já não pode ser famoso:


…O Raso não tem Fundura
Com bravura digo eu.


Os doutor logo adverte:
Pelo que se assucedeu
A má-palavra se herda
Pois quem falou essa merda
Foi Nuca de Zebedeu.


Visite o site do poeta.

Vai juntar uma ruma de gente!

Olha ai, o povo já ta chegando.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Vem ai, mais uma obra!!!

É nesta quinta!

É nesta sexta! [14 de maio]



A banda Forró de Pernambuco originou-se em 2005, de forma casual, quando seus integrantes se conheceram no Mercado da Boa Vista. No início, eles se juntavam numa mesa do mesmo mercado, ao som de violão e alguns instrumentos de percussão, não necessariamente aqueles tradicionais do forró, como zabumba e triângulo. Com o incentivo dos ouvintes, que admiravam o repertório cantado, os integrantes Robério Medeiros (violão e voz), Léo de Carpina (triângulo e voz), Rogério Severo (zabumba) e Pedão Cabeça Branca (agogô) resolveram investir na compra dos instrumentos adequados e contactar alguns sanfoneiros para compor a banda e tentar algumas apresentações com um caráter mais profissional. Não foram fáceis as primeiras apresentações, uma vez que a banda não dispunha de equipamento de som, e a coisa era na base do gogó. De lá pra cá as apresentações se sucederam, a maior parte para amigos e admiradores que iam tomando conhecimento da banda em propaganda boca a boca. Em 2009, um marco na trajetória da banda foi o lançamento de um CD promocional independente (patrocinado mais uma vez por amigos e admiradores), o que deu uma dimensão maior ao grupo em termos de perspectiva para o futuro. A proposta do Forró de Pernambuco é sempre cantar e divulgar a boa música do Sertão Nordestino imortalizada pelos grandes mestres como Gonzaga, Jackson, Trio Nordestino, Dominguinhos, entre outros.

Serviço:

O quê: lançamento do cd Forró de Pernambuco
Onde: recanto cultural Cachaçaria Matulão
             (mercado da Boa Vista, box 34)
Quando: sexta-feira (14/05)
Hora: a partir das 16horas

Como de costume, teremos a presença de vários músicos e poetas!

terça-feira, 11 de maio de 2010

Voltou com tudo!

A Passa Disco veio com o maior gás, depois de ter passado uma temporada proibida de realizar seus eventos, e faz seu segundo num ajuntamento de gente de primeira linha [ver convite].

A gente, digo todos que fazem, promovem, ou simplesmente curtem, as nossas mais autenticas manifestações culturais, devem comparecer a mais esta grande festa de louvor a nossa arte e nossos artistas.

Eu estarei lá, com certeza!



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mais uma Corda no Interpoética!

Mais uma vez é renovado o desafio no site Interpoética na seção Corda Virtual. O mote da vez agora, foi extraído por mim de uma música do forrozeiro, de Serra Talhada-PE, Assizão.

Nessa vida de vaqueiro
Todo mundo é carnaval

Participe enviando suas estrofes para o Interpoética, para isso clique aqui!