terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um recado Interpoética!





Informamos aos amigos internautas as atualizações do Interpoética, que na sua primeira página traz um artigo de Ricardo Japiassu sobre a também escritora Inah Lins de Albuquerque, um poema inédito de Samarone Lima - que está lançando em breve seu primeiro livro de poesia - e uma nova cria do escritor e poeta Lara, disponível para download: Betinha Suicídio. Estamos fazendo também uma homenagem a Luiz Carlos Monteiro, um dos nomes mais lembrados do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco, e que se encantou final de julho. Confira a opinião dele sobre o livro Tríade, de Raimundo de Moraes. Na resenha deste mês o destaque é uma figura porreta lá de Garanhuns, Helder Herik, que também tem seu espaço garantido no nosso cardápio de poesia.

Renovamos o nosso convite para o lançamento de miúdos, a primeira coletânea poética de Cida Pedrosa, que vai rolar neste último dia de agosto (quarta-feira, 31), a partir das 18h30, na Livraria Poty, bairro da Boa Vista. Recital, batida de maracujá, um papo com os amigos e um revival lembrando Chico EspinharaErickson LunaFrançaJailson Marroquim e Luiz Carlos Monteiro. Esperamos vocês lá.


Fraterno abraço e até a próxima.

Os editores
. 
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É pra hoje mesmo...

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domingo, 28 de agosto de 2011

Aos poetas glosadores!


Uma imagem e um mote para quem quiser glosar...

Saber o que é surreal
O que não tem cabimento
Não cabe discernimento
No que é sobrenatural
Alheio ao que é normal
Da verdade desalinha
Perde o senso e descaminha
Do real desencontrando
Uma águia alimentando
Seus filhotes com cochinha.



Mestres da poesia!

Tolos 
Anacreonte Sordano

Há quem pensa saber o que não sabe
E que vive a arrotar sabedoria
De bazofia em bazofia se enfia
Num universo que não lhe cabe.

O fanfarrão que nada conhece
Mas que alardeia tudo conhecer
De tão incauto mal vai perceber
Que nada sabe, mesmo que soubesse.

Mal sabe ele que o conhecimento
Dorme no leito da cognição
Onde o saber vem da convicção
E esta nasce do discernimento.

O eminente imbecil sofista
Mas, um neófito na pregação
Nada distingui da abstração
Só lobrigando o que está na vista.

Seria pois então o tolo algoz?
Ou um fantoche da sociedade?
Jamais serei o dono da verdade
Pois há um tolo em cada um de nós.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Neste sábado dia 20!


Amanhã, a partir do meio-dia, Wilson Freire, autografa o seu "A mulher que queria ser Micheliny Verunschk", no Box Canto Sertanejo, no Mercado da Madalena.




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Onde reina a poesia!!!

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No meu Pajeú das flores
Tem festa, tem poesia
Onde reina a alegria
Nos versos dos cantadores.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mestres da poesia!




Se ela viesse...
Mauro Mota

Se ela viesse aqui, como eu desejo,
E me encontrasse triste, a pensar nela...
E si quebrasse, com o rumor dum beijo,
O silêncio claustral de minha cela...

Se ela viesse ouvir tudo o que eu digo
Neste momento de saudade e dor...
E se ficasse a conversar comigo
E me lançasse o olhar cheio de amor...

Se ela viesse... Ai! se ela pudesse
Sorver o pranto que minh’alma chora...
Eu não sei que faria! Até parece
Que nem a amava tanto como agora!...
Nazareth.

Timbauba-Jornal, [1928?]

Veja mais no site da Fundaj

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fachadas do sertão!!!


Sempre tive essa mesma curiosidade.

Agora me deparo, com o que acho, porque ainda não vi por completo, com algo definitivo no que diz respeito as minhas aspirações.

Vou aguarda pra ver a exposição aqui pelo Recife, quem sabe, e ver como adquirir o livro.




O que pode uma casinha tão simples e colorida? A pergunta há décadas intriga a fotógrafa e artista plástica Anna Mariani, que viajou pelo sertão fotografando e organizando as cenas que parecem saídas da ficção. O primeiro livro com suas fotografias foi originalmente publicado em 1987, logo após a participação de impacto da artista plástica e fotógrafa na 19ª Bienal Internacional de São Paulo.

Aclamadas como grande arte no Brasil e no exterior, as fotografias de fachadas de pequenas casas de lugarejos do Nordeste brasileiro, sempre retratadas em ângulo frontal, sem a presença de pessoas e com enquadramento que exclui toda a paisagem ao redor, retornam às livrarias em nova edição do Instituto Moreira Salles para "Pinturas e Platibandas", revista e ampliada pela autora.

Extraído do blog Semiótica, por José Antônio Orlando
Clique aqui e leia apresentação completa



Festa para as letras!


Mais uma vez o Recife
Se reveste de cultura
Mostrando bem seu cacife
Montando nova estrutura
Para atender todos nós
E assim “A Letra e a Voz”
Da voz a literatura.



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Uma boa iniciativa em andamento!


O cabôco Asley Ravel, que também tá na empreitada com Zelito na mega produção da mega industria do cinema caririzeiro “João Badalo e a botija encantada”, tem também outros projetos em andamento, um deles seria esse documentário a respeito da vida e da obra do mestre Pinto do Monteiro, já iniciado, mas carecendo de ajuda pra finalização.
Digo e garanto que vale assistir aos poucos depoimentos já colhidos pela produção e que seria de grande valor a concretização deste belo trabalho.
Mas isso fica a critério dos assistentes. O contato da produção consta dos créditos finais do filme.



domingo, 14 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pela passagem do ano do centenário!

Vó Mira e Vô Cabôco [Década de 1940, Arcoverde-PE]



Ermíra Francisca de Menezes.

            Mira de Seu Cabôco, como ficou mais conhecida, era [e sempre será] minha Vó Mira, mãe de minha mãe e tia do meu pai, posto que minhas avós eram irmãs, foi uma figura de uma doçura e sensibilidade únicas.

            Nascida aos 11 do 01 de 1911, este ano teria completado em janeiro seus 100 anos, feito conseguido pelo meu avô, o Seu Cabôco seu marido, que faleceu aos 102. Vó desencantou-se aos 92, depois de uma existência sublime.

            Grandes exemplos de austeridade e honestidade, nos servem, a todos da família, de espelho. Modelos de caráter e virtudes a serem seguidos e que só dignificam aos que continuam na sua jornada.

Quisera eu ter a verborragia necessária para uma homenagem à altura de suas biografias. Mas fica aqui o meu reconhecimento a todos os seus valores, hoje pautados pela presença de minha mãe e minhas tias, e a lembrança de suas memórias.

A minha Mãe, tias, irmãos, primos, sobrinhos [netos] e a todos os Menezes e seus correlatos.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Grandes poeminhas...



Assistindo o filme "O Xangô de Baker Street" lembrei dessa quadrinha de autor desconhecido [pelo menos da minha pessoa];


Com corpo de violino
Mas de recursos precários
A mulher do pagão Nino
Se tornou extra de vários!



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mestres da poesia!

O poeta em Mossoró-RN, onde mora.


Carta a Papai Noel.
Luiz Campos

Seu moço, eu fui um garoto
Infeliz na minha infança
Qui eu sube qui fui criança
Mas pela boca dos ôto.
Só brinquei cum gafanhoto
Qui achava nos tabulero,
Debaixo dos juazeiros
Com minhas vaca de osso
Essas catrevage, sêo moço
Qui se arranja sem dinheiro.

Quando eu via um gurizin
Briancando de velocipe
De caminhão e de jipe,
Bola, revólve e carrin
Sentia dentro de mim
Desgosto que dava medo
Ficava chupando o dedo
Chorando o resto do dia
Só pruque eu não pudia
Pegar naqueles brinquedo.

Mas preguntei uma vez
A uns fio dum dotô:
Quem dá isso pra vocês?
Mim respondeu logo uns três:
-Isso aqui é os presente
Qui a gente é inocente
Vai drumi às vezes nem nota
Ai Papai Noé bota
Perto do berço da gente.

Fiquei naquilo pensando
Inté o Natá chegá
E na noite de Natá
Eu fui dromi m'a lembrando
Acordei, fiquei caçando.
Por onde eu tava deitado
Seu moço eu fui enganado
Qui de presente o qui tinha
Era de mijo uma pocinha
Qui eu mesmo tinha botado

Sai c'a bixiga preta
Caçando os amigo meu
Quando eles mostraro a eu
Caminhão, carro e carreta,
Bola, revólve , corneta,
E trem elétrico até,
Boneca máquina de pé,
Mas num brinquei só fui vê
E rusuvi escrevê
Uma carta a Papai Noé.

"Papai noé é pecado
Os outro se maltratá
Mas eu vou li reclamá
Um troço qui tá errado
Qui aos fio dos deputado
Você dá tanto carrin,
Mas você é muito rim
Qui lá em casa num vai
Por certo num é meu pai
Qui não se lembra de mim.

Já tó certo qui você
Só balança o povo seu
E um pobre quinem eu
Você vê, faz qui não vê.
E se você vê, porque
Na minha casa num vem?
O rancho qui a gente tem
É pequeno, mas li cabe
Será qui você num sabe
Qui pobre é gente também?

Você de roupa incarnada
Colorida, bonitinha
Nunca reparou qui a minha
Já tá toda remendada
Seja mais meu camarada
Pr'eu num chamá-lo de rim
Para o ano faça assim:
Dê meno aos fio dos rico
De cada um tire um tico
Traga um presente pra mim.

Meu endereço eu vou dá,
Da casa qui eu moro nela.
Moro naquela favela
Que você nunca foi lá.
Mas quando você chegá
Qui avistá uma paioça
Cuberta cum lona grossa
Cum dois buracão bem grande
Uma porta vêia de frande
Pode batê, qui é a nossa.

Mais uma festa arretada!



            Sem dúvida, foi um dos mais belos encontros de poetas, promovido pelo nosso Espaço Cultural Cachaçaria Matulão, sempre em parceria com os nossos mestres, seja na musica, na poesia... foi o lançamento do livro do poeta Neném Patriota.

            Nenen arrebanhou para o pequeno, porem aconchegante, espaço a frente de nossa cachaçaria, uma gama de poetas, declamadores, escritores, apologistas e seus vários amigos dos tempos de vivência cá na capital, bem como de sua atividade como educador, já a um bom tempo

Foi uma tarde de louvação a sertanejidade, a poeticidade e ao congraçamento de novos e velhos conhecidos, admiradores da arte do povo do sertão. Todos os artistas que por lá passaram, e deram seu recado, fosse cantando, declamando, ou simplesmente parabenizando o autor, abrilhantaram ainda mais a nossa tarde.

Meus agradecimentos a todos. A Nenen Patriota, pela escolha do nosso terreiro para lançar seu belo trabalho [Casebres, Castelos e Catedrais], os cantadores e declamadores que se apresentaram, a turma da imprensa no imprescindível apoio na divulgação [jornais, rádios, blogs...] e a todos que por lá passaram e nos deram o prazer de sua companhia.

Agora é aguarda nossa próxima empreitada! Em tempo divulgaremos e novamente será um grande prazer receber a todos. Muito obrigado!


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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Poesia popular em Garanhuns!



Nossa participação, durante o FIG 2011, no SESC Garanhuns, numa conversa sobre poesia popular e recitação de versos. Um encontro arretado que ainda contou na assistência com vários poetas, escritores e apologistas, com destaque para Bráulio Tavares e Cida Pedrosa.

Agradeço a Marcilene e toda equipe do SESC, que tão bem nos recebeu a todos. Na nossa conversa estávamos eu, Ésio Rafael, Chico Pedrosa, Edson Roberto e Sandoval Ferreira. Fico agora no aguardo do próximo convite para mais um desses bate-papos regados a boa prosa e belos poemas.

Sandoval, eu, Edson, Chico e Ésio.

Deu no JC e no DP!!!

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Sobre "Casebres, Castelos e Catedrais"!

Uma crônica de Ademar Rafael.
Extraída do blog de Alexandre Morais [Cultura e coisa tal]

Em recente entrevista para Fernando Pires e Luciano Bezerra, o poeta Diomedes Mariano afirmou que a maior certificação de um cantador é fazer uma cantoria em Itapetim e ser convidado para fazer outra.

A esta sábia assertiva do amigo Dió, acrescento: “A maior certificação de um poeta e ter versos de sua autoria recitados por Nenen Patriota”.  Nenen nasceu em Itapetim e sua estreita “tarrafa crítica” retém somente o que é bom. Um verso que por ele for aprovado caminha sozinho pelo mundo.

Os eventos culturais que carregam consigo a impressão digital de Nenen Patriota são sinônimos de sucesso e perenidade. A fórmula utilizada por ele tem ingredientes próprios, constituem uma marca.

Neste ano Nenen publicou “Casebres, Castelos e Catedrais”, obra esta que alcança o mesmo patamar de “Carne e Alma” do seu conterrâneo Rogaciano Leite e “Palavras ao Plenilúnio”, de João Batista de Siqueira – Canção.

Além de ser uma obra poética de alto nível é didática em “Desvendando a história/A história desvendada”, é patriótica em “Pernambuco; Nação cultural”, é auto-afirmativa em “Viagem Condoreira”, é mundial em “Arquitetos de bravura”, é solidária em “A essência de um andarilho”, é imortal em “Meus imortais”, é filosófica em “Nega-te a ti mesmo”, finalmente é tudo em tudo.

A crônica poética “Charles, meu irmão” Nenen não escreveu apenas com o coração, fez da cada palavra uma artéria, de cada frase uma veia e do conjunto um sistema circulatório imaterial. Os astros conspiram em favor do autor, o conteúdo tira-nos da dor da perda do colega e do amigo e transporta-nos para um campo onde pode habitar exclusivamente a paz e o amor.

Somente um poeta da grandeza de Nenen Patriota poderia reunir em torno de um projeto pessoas como Mirian Correia, Sheila Patriota Leite, Margarida Silva, Geraldo Bezerra Júnior, Vinícius Gregório, Mário Leite Gomes Júnior, Helder Piancó, Pirraia e Tôta. Os textos inseridos no livro são oriundos da alma de cada autor, transitam em outra esfera.
 
Caro amigo Nenen, tenho absoluta certeza que o Pajeú, nas suas incontáveis madrugadas poéticas, vai à obra “Onde tu tá Neném”, de Luís Bandeira, extrai “... Tenho tantas frases pra te agradar...” e balbucia exclusivamente para você.


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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Postagem desagradável!!!

Mestre Quinca e eu, na passagem da formatura de uma das filhas, dia 22 de julho.


Mais um Filó que se muda!


Na última sexta passada, dia 29, ainda madrugada, faleceu na cidade de Tuparetama, nosso chão natal, a terra da família Filó, meu tio, querido de todos os familiares, Joaquim Filomeno de Menezes, para os amigos Joaquim Filó, para os de casa Quinca Filó, meu “Tí Quinca!”.

Agradeço a todos que se fizeram presentes em solidariedade a toda família do Mestre Joaquim Filó, em nome de todos. Peço desculpas e compreensão, aos que só agora estão sendo informados de seu desencantamento. A força que estes momentos exerce sobre nós, muitas vezes nos tira o senso e a orientação.

Meu Tí Quinca era assim “o guarda da torre do tombo”, não só de nossa família, bem como das que povoaram aquele pedaço do alto Pajeú. Desde nossos trisavós até a mais novas gerações.

Perdemos um grande e amado ente.