quinta-feira, 20 de março de 2008

Um soneto

Poetizando

Nenhum verso no mundo satisfaz
Meu desejo ancestral do improviso
Quanto mais faço versos, mais preciso
Fazer versos e mais e mais e mais.


O repente em mim só sente paz
Quando explode na caixa do juízo
Cada verso pra mim é pra Narciso
Um espelho a mostrar que sou capaz.


O repente acelera o pensamento
Cada verso retrata um sentimento
Que nenhum outro ser, por si, revela.


A não ser um poeta improvisando
As belezas do mundo vislumbrando
Do batente que Deus tem na janela.


Jorge Filó

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