quarta-feira, 1 de maio de 2013

Belo, belo, belo...



Uma Jornada enriquecedora

Nas trilhas da Chapada do Araripe, região que abrange os estados de Pernambuco, Piauí e Ceará, numa geografia incrivelmente singular e bela, estive por dez dias acompanhado e acompanhando escritores, poetas, prosadores, contadores de histórias e de causos... por seis cidades da região, em solo pernambucano.

Era a II Jornada Literária Chapada do Araripe, uma realização do SESC-PE, com a primorosa execução de José Manoel Sobrinho, diretor de cultura do SESC Pernambuco, com curadoria da poeta e escritora Cida Pedrosa e do pesquisador Sennor Ramos, ficando a logística a cargo de Carminha Lins. Competências a toda prova.

Esta segunda edição da Jornada do Araripe foi dedicada ao poeta, escritor, livreiro, pesquisador e mais uma ruma de coisas ligadas às artes da escrita, Pedro Américo de Farias. Cidadão de Ouricuri, uma das cidades agraciadas por onde passou o cortejo de escritores convidados. Tudo muito bem arrumado.

O rosário começou a ser desfiado por Bodocó, terra natal de Cida Pedrosa, Lourival Holanda, José Maria Marques e Cícero Belmar. Todos presentes à Jornada, num retorno às origens, agora como escritores renomados, retribuindo com conhecimento e sabedoria, o que colheram em suas infâncias neste pedaço de chão sertanejo.

Seguimos depois para Granito e Exu, passando ainda por Timorante, distrito que pertence a Exu, onde tivemos grande recepção. Aportamos em seguida em Ouricuri, terra do homenageado de todo o evento, Pedro Américo de Farias, que se revelou um grande declamador e des-aboiador, como ele mesmo se coloca, nos presenteando com uma ladainha de seus poemas.

Daí, a Jornada toma o rumo de Araripina, cidade pólo da região, que se transformou, assim como todas as localidades pelas quais passamos, num imenso tabuleiro de encontros de escritores, recitais, conversas, oficinas, apresentações musicais, teatrais... Tudo muito bem orquestrado pelos organizadores deste maravilhoso evento.

Citar nomes incorrerá, sem dúvida alguma, em cometer injustiças, pela grande quantidade de escritores que por lá estiveram. Mas é imprescindível registrar a presença marcante dos escritores Raimundo Carrero, Marcelino Freire, Ronaldo Correia de Brito, Sidney Rocha, Xico Sá, Samarone Lima, Alexandre Furtado, Luce Pereira, Raimundo de Morais, José Mauro de Alencar... além dos Bodocoenses já citados, e muitos outros.

Na Jornada houve de tudo um muito. Teatro, música, oficinas [HQ, cordel, escrita, leitura...], encontro de escritores nas escolas, leitura de textos, recitais, roda de glosas, ladainhas poéticas... Uma verdadeira revolução literária que envolvia a todos, da criança ao idoso, estudantes, professores, trabalhadores rurais, e a gente simples e carente de cultura e arte, comum a todas as regiões mais distantes dos grandes centros urbanos.

Fazer parte de tudo isso é transformador, é algo que enriquece e abre novos horizontes para convivência com o outro, com as coisas mais simples e cotidianas. Meu muito obrigado a todos, José Manoel, Cida Pedrosa, Sennor Ramos, Carminha Lins... Pela oportunidade de ter feito parte de algo tão grandioso e belo.

A Chapada do Araripe agora mora em mim.

Um comentário:

Jose maria almeida marques disse...

viva deus e morra o cão intupido de carvão