quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mestres da poesia



Dúvida

Nasci, para que vim, é que não sei
Enfim, também não sei para que vim
Se vim para voltar, porque fiquei?
Neste intervalo de incerteza assim.

Não foi do pó fecundado que brotei
Não sei quem tal missão, impôs a mim
O acaso não foi, já estudei
Desta incumbência eu desconheço o fim.

Sou a metamorfose das moneras
Desagregadas através das eras
Reunidas hoje nesta luta infinda.

Sou a passagem irreal da forma
Submetido aos desígnios da norma
Do meu principio eu não sei nada ainda.

Bio de Crisanto


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Um comentário:

Pedro Torres disse...

Nasci, para que vim, é que não sei
Enfim, também não sei para que vim

Um desses que's não é quem Jorge?