domingo, 22 de junho de 2008

Quadras!

Belas quadras de grandes mestres

Uns trazem flores, outros velas
Eu, não trouxe velas e nem trouxe flores
Trouxe apenas meu filho, minhas dores
E assim mesmo irei voltar com elas.

Quando Papai Noel vinha
Olhou pra minha janela
Quando notou qu’era a minha
Virou as costas pra ela.

Zé Moura

A saudade é sempre nova
Pra quem toda madrugada
Irriga as plantas da cova
Onde a mãe foi sepultada.

A meretriz faz aborto
Nos lençóis sujos da cama
Pra ver o homem que ama
Na feição do filho morto.

Num terreno acidentado
Deus passa devagarinho
Amaciando o cajado
Nas curvas do meu caminho.

Manoel Filó


A mulher me apareceu
Apaixonei-me por ela
Fui limpar o nome dela
Terminei sujando o meu.

Zé de cazuza


Como a luz pela vidraça
Entra e sai sem tocar nela
A santa Virgem da Graça
Deu a luz ficou donzela.

Manoel Xudú


Uma quadra fescenina

Com Deus não me deito
E nem me levanto
Mas com a Virgem Maria
Seria uma noite entanto.

Mario Prata


Uma quadra escatológica

O finado Zé Cagão
Cagou tão duro e ta grosso
Que morreu da impressão
De ter cagado o pescoço.

Autor desconhecido

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